__Ian vamos! -Noah chama ele que olha diretamente para mim.
Meus olhos devem estar caindo no chão de tão arregalados que estão.
Sebastian se afasta de mim mantendo uma distância considerávelmente segura.__Srta Bittencourt quero que vá para sua mesa - Noah diz me encarando seriamente.
Apenas concordo com a cabeça e olho para Sebastian e depois para Ian.
__Com licença -digo passando por entre eles.
Okay! Eu não sei definitivamente oque aconteceu ali.
Que tipo de pessoas se comportam dessa maneira em uma empresa, ainda mas irmãos?
A forma como se olharam representando ódio um pelo outro.Caminho rapidamente pra fora daquele corredor e sento na minha cadeira começando a organizar os papéis novamente, pra me distrair do que aconteceu naquela reunião.
São muitos documentos, pego uma pasta cinza e vou separando a papelada.
Leio uma por uma, para arrumar tudo certo.
Tenho uma certa doença por coisas arrumadas e limpas. Tudo para mim tem que está no devido lugar, principalmente documentos.Nesse aspecto puxei meu pai, ele era muito "ardido" para limpeza.
Quando tinha 6 anos ele era caminhoneiro, o caminhão era hiper limpo. Quando o chefe dele ia entrar no caminhão ele mandava tirar o sapato para não sujar.Minha mãe sempre disse que sou parecida com ele, principalmente meus olhos.
Quando me falavam o quanto era igual a ele eu chorava, porque não queria ser parecida com ele.__Lívia? -Levanto minha cabeça vendo Ian perto da porta.
__Deseja alguma coisa senhor? -pergunto, e vejo que minha voz saiu mas baixa que o normal.
__Não quero receber ninguém e nem uma ligação, a não ser meu irmão. -ele diz com a sobrancelhas franzidas e sorri. __ Não me chame de Senhor Lívia, me sinto velho. Me chame de Ian apenas. - ele sorri e eu sorrio apenas concordando com minha cabeça.
__tudo bem - me viro novamente para frente e continuar meu trabalho.
__E me desculpe -Ian diz e eu o encaro. __Pelo meu irmão e por mim. As vezes somos... -ele olha para cima tentando pensar na palavra certa. __Acho que intimidadores demais. - ele sorri torto. E o pior é que são mesmo.
__Não se preocupe, irei me acostumar -eu espero.
__Claro. -ele sorri e entra na sala.
Eu passo a manhã toda arrumando todos os documentos e agendando reuniões.
Olho para meu relógio e vejo que já é hora do almoço. Pego minha bolsa e vou em direção a sala de Helena. Irei chamar ela para almoçar comigo
Quando estou chegando perto de sua porta ela sai com a bolsa e sorri quando me vê.__Estava indo te chamar - faz careta e eu nego com a cabeça sorrindo. __E aí como foi? - ela pergunta enquanto encaminhamos ao elevador.
__Você não faz nem idéia do que aconteceu -digo olhando para minhas mãos que continuam suando. __Estou querendo é já pedir demissão. -brinco.
__Nossa. Não gostou do Heitor? -pergunta rindo.
Entramos no elevador e tem um homem com roupa despojada com cara de poucos amigos.
Olho para Helena com o olhar de como "falo depois".O homem ao nosso lado parece perdido no mundo da lua. Helena olha para mim querendo rir e reviro meus olhos.
Como pode ser tão boba as vezes?As portas do elevador se abre e saímos as duas rapidamente. Quando saímos do prédio Helena solta uma gargalhada me fazendo olhar pra ela rapidamente.
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Janela De Vidro
ChickLitQual é o limite para o amor? Qual é o limite para a dor? Lívia Bittencourt é uma jovem de 23 anos, mas que se vê sem caminho quando perde os pais. Mais depois de algum tempo ela resolve juntamente com amiga recomeçar uma nova vida. Mais do nada um c...