— Jason? O que está fazendo aí? — Pergunta minha mãe, a olho um pouco confuso.

— Esperando que Nathaniel saia daí. Mas, eu não tenho todo tempo do mundo, diga ao "grande Whittemore" que quando ele quiser falar comigo, ligue pra marcar hora. Com licença.

Então quer dizer que ontem Ana jantou com Nathaniel e aquele infeliz decidiu investir nela?! E agora está com planinhos de casar-se?

Ao adentrar o carro, fechei meus olhos em uma tentativa de entender a mim mesmo e aquela sensação dentro de mim. Meus olhos ardiam e meu coração estava acelerado, odiava pensar que Nathaniel ia aproveitar-se da venda da casa para conquistar Ana. Dirijo rapidamente até o meu apartamento, dentro de poucos minutos estou no estacionamento e em menos de um minuto já estou na sala do meu apartamento, pego uma garrafa de uísque e um copo e começo a beber.

Em poucos minutos esvaziei a garrafa, sentia uma raiva, uma frustração... Levanto-me e ainda com a garrafa de uísque na mão, jogo-a com força contra a parede, quebrando-a em milhares de pedaços.

— Jason? — Pergunta Ellie a me olhar. A olho um pouco desconcertado.

Naquele instante lembro-me de quando Ana estava com as mãos amarradas e com uma fita na boca, logo sinto um arrepio subir em meu corpo:

— Ela disse: Você é um ótimo profissional, nunca duvide disso! — Disse olhando para a parede manchada com o resto de uísque que havia na garrafa.

Sento-me no sofá a pensar, por que estou dessa forma? O que aquela mulher fez comigo? Só me trouxe problemas, a prova disso é que eu mal posso andar.

— Filho, você está bem? — Pergunta Ellie a me olhar.

— Não sei. Acho que estou enlouquecendo! — Retruco.

Ana:

Pelo menos eu dormi bem, e acho que era o que eu estava precisando desde que eu cheguei à essa cidade. Um vento leve mexia as cortinas que refletiam a luz do sol e clareavam o quarto, meus olhos abrem-se lentamente e sinto aquela brisa bater em meu rosto, levanto-me e caminho em direção ao banheiro para tomar um bom banho. Visto-me básica, pois iria tomar café no restaurante do hotel mesmo, ao chegar na recepção percebo que Nathaniel está a falar com o recepcionista e perguntava se eu estava em meu quarto, aproximo-me:

— Bom dia Nathaniel. — Digo o olhando, ele sorri ao me vê.

— Bom dia senhorita. Deve ter ouvido que eu perguntava por você, não consegui falar com você, seu celular está desligado e eu tinha urgência! — Diz Nathaniel o puxo pelo braço levemente.

— Ao chegar eu acabei dormindo e mal me importei com meu celular. Me desculpe. Vamos tomar café? Estou morrendo de fome! — Retruco e ele me acompanha.

Nathaniel diz que estava a minha procura, pois fará uma reunião com os sócios de sua empresa, para acertarem um valor para a casa. Segundo ele, esta seria uma ótima forma de conquistar bons compradores, eu assenti. À tarde nós dois iríamos a antiga casa, pois seria importante que eu a visse antes de ser vendida, ali eu tinha diversas lembranças da minha infância.

Ao chegar as duas da tarde, sigo com o meu carro para a antiga casa, Nathaniel disse que me encontraria por volta das 2:30, mas optei por ir mais cedo e relembrar os momentos ao lado de meus pais. O primeiro lugar sem dúvidas foi a piscina, naquela piscina eu e meus pais tivemos momentos únicos, as festas, as pequenas comemorações ou apenas um fim de semana em família, as brincadeiras com meus amigos da escola. Sigo lentamente para o jardim que dava para a porta principal da casa, meus olhos fecham-se e uma lembrança vem a minha mente.

Dançando sobre o fogoWhere stories live. Discover now