30 Segredos

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Quando as mãos de Adam seguraram seus ombros e a puxaram de seu esconderijo, tudo o que Nina conseguiu fazer foi gritar, estava com raiva, sentia medo, e um forte desejo de que Adam nunca houvesse aparecido e se instalado em sua vida, o vampiro cínico e gostoso que dizia querer por fim na guerra, seu quase herói, na verdade era só uma fachada para esconder o monstro que era por dentro.

O desgraçado a usará só por que ela se parecia com uma garota que estava morta a séculos, ela era somente uma sombra do que Celeine Greyson fora no passado, mesmo estando morta a desgraçada ainda estava presente na mente de adam, e ela era o motivo que a mantia viva em seu subconsciente, e tudo por que eram idênticas.

Mas... Porque estava tão irritada com o fato dele não enxerga-la? Estava com ciumes? Não, jamais sentiria isso por ele, esse sentimento idiota... Mas por outro lado estava tão apaixonada que era difícil admitir a sí mesma...

Sim, estava com ciumes, sentia ciúmes de uma morta, adam deveria amar a ela e não a Celeine, por que ela era real e também o amava da mesma forma que ele amava sua ancestral.

Saber que estava em segundo plano doera profundamente, fazendo com que seu coração apertasse em tristeza e raiva, se sentia vulnerável e solitária.

As mãos geladas dele a trouxeram de volta ao presente e ela engoliu um seco, não conseguia abrir os olhos enquanto ele a apertava com força, fazendo com que seus braços doessem, deveria ter apenas pego o diário e ido embora, talvez se não tivesse lido o que havia escrito nas páginas nada daquilo teria acontecido, teria dado o fora dali sem ter que encontrar adam, e agora estava completamente perdida.

Teria que enfrenta-lo, que ser forte e não deixa-lo no controle, não quando seu coração estava partido, se sentia solitária e morta por dentro, pensou que ele era diferente, que a amava e que também sentia a mesma paixão descontrolada que ela, mas não, ele não sentia isso, e talvez nunca sentisse, por que não era à ela que ele amava, e isso estava doendo em seu coração.

Saber que não era importante, que não existia, que mesmo devendo odia-lo seu coração se negava a expulsa-lo de seu interior, não conseguia esquecer isso, todos os momentos que tivera com ele, o toque de suas mãos e lábios, de seu corpo quando trasaram, não conseguia abrir não disso, se sentia até feliz com ele.

E agora era como acordar de um transe profundo, como acordar depois de um pesadelo, tinha sido enganada, traída e  fora tão ingênua por acreditar nas palavras dele, no que ele dizia sentir, nas mentiras e juras de amor, tudo parecera tão real, e bom demais pra ser verdade, deveria ter desconfiado antes, percebido antes de se envolver com ele, antes de se entregar de corpo e alma, antes de se machucar.

Agora era tarde demais para tentar voltar atrás, tarde demais para ignorar seu coração, e os sentimentos que se formaram dentro dele. Tal qual a mais completa escuridão da noite, ela tinha se perdido em seu amor platônico e obscuro capaz de faze-la esquecer o que e quem era, seu verdadeiro objetivo.

Tal qual a escuridão eterna teria que escolher uma opção de saída que não fosse a da solidão. E se estivesse errada? A duvida fazia com que desejasse a própria morte, que fosse para o inferno e queimasse no mas ardente fogo infernal, na vã tentativa de queimar os sentimentos conflitantes em seu peito.

A dor que sentia seria seu martírio eterno, a lembraria que o amor machuca até mesmo o coração mas rebelde e frio, e no seu coração, havia uma enorme ferida aberta.

E Adam fora o culpado por tudo.

Mas agora que descobrira a farsa estava confusa e assustada demais para olha-lo nos olhos e não chorar, estava chateada e magoada. Como ele fora fazer isso? Foi por isso que não a deixou morrer? Fora esse o motivo que o levou a desafiar a sociedade e seu próprio irmão? Por que queria mostrar a todos que celeine estava viva?

AS CRIATURAS DA NOITE Where stories live. Discover now