AS CRIATURAS DA NOITE

4 Diversão macabra

Sentindo à água quente escorrer por seu corpo, Nina fechou os olhos e se deixou cair escorregando lentamente pela parede, abraçou seus joelhos e começou a chorar em silêncio, tentando esquecer o pesadelo de horas antes, sonhara que estava dentro de um armário tapando a boca para não gritar, quando de repente alguém abria a porta de uma vez e a arrancava lá de dentro.

Aquele maldito pesadelo a assombrava desde que era apenas uma criança, e sempre a deixava daquela forma, assustada e com medo, era tudo tão real, e sempre que acordava de alguma forma não conseguia se lembrar de quem abria o armário, sentia um frio mortal e horripilante ao acordar, havia um mistério por trás daquele pesadelo, e de tantos outros que a assustava a noite.

Era como uma lembrança ruim que queria apagar e não conseguia, mas precisava esquecer o pesadelo e se concentrar na missão de encontrar adam lawrence e a sociedade, antes que eles a encontrassem.

E tinha lola, depois que subira para seu quarto fora impossível não chorar, tinha sido tão grossa com sua mãe que detestou a si mesma, pior que isso estava tão estressada que fora fria e dura com Tathiana Miller quando ela ligara preocupada.

Quando havia se tornado tão fria consigo mesma e com os outros? Porque estava agindo daquela forma com lola só porque ela se preocupava como uma louca? E Tathiana, a garota só queria saber como ela estava, se ainda tinha pesadelos durante a noite, não merecia ser tratada com tanta arrogância, tudo bem que as duas não se entendiam por causa de um garoto, mas havia deixado suas intrigas com Thathy para trás, e mesmo que as duas houvessem namorado o mesmo garoto, não a odiava.

Realmente não entendia o que estava acontecendo, sentia que iria enlouquecer se não encontrasse seu pai, e tivesse todas as respostas que envolviam seus pesadelos.

__ Nina...

Abrindo os olhos de repente, nina se ergueu abruptamente ao ouvir alguém sussurrar seu nome do lado de fora do banheiro, engoliu um seco e tremeu quando um calafrio percorreu sua espinha, sua intuição lhe dissia que havia alguém do lado de fora, e não era lola, ela teria batido primeiro, cobrindo o corpo com a toalha, ela abriu a porta do box lentamente e saiu na ponta dos pés.

Estava com medo, não tinha nenhuma arma com ela, e sentia que havia algo do outro lado, colocando o ouvido na porta ela espreitou os olhos e tremeu, havia apenas o silêncio dentro do quarto, o barulho de algo quebrando fez com que ela prendesse a respiração e abrisse a porta de uma vez, mas não havia nada no cômodo, ascendeu as luzes e quase gritou quando thafarel, seu gato de estimação se ergueu sobre a cama e miou, ele havia derrubado sua estaca que deixará em baixo do travesseiro, e agora a encarava fixamente como se a admirasse.

__ Oi Taffarel, tentando me matar de susto não é?

Disse ela e pegou o gato no colo que ronronou quando ela tocou suas orelhas, amava aquele gato, o encontrara em uma noite em que vagava pelo jardim daquela mesma casa, depois de acordar de um pesadelo, lola havia sugerido o nome, e depois não conseguiu mas deixa-lo, o gato se tornara seu melhor amigo em seus dias tristes, a fazia sorrir pelas manhãs quando lambia seu rosto acordando-a.

__ Sabe Taffarel eu adoro você.__ Continuou e colocou thafarel sobre a cama.__ Agora preciso me vestir. Só não olhe pra mim. Você é menino.

Tirando a toalha ela a jogou sobre a cama e sorriu ao notar que thafarel estava sentado sobre a cama, olhando para a janela, abrindo seu closet ela pegou uma calsinha na gaveta e a vestiu, depois um sutiã, e estava prestes a vestir seu pijama quando thafarel miou novamente e se virou com um pedaço de papel na boca.

As vezes achava o gato um tanto estranho, ele a obedecia de uma forma sombria e estranha, observava cada um de seus passos e a seguia o tempo todo, era como se entendesse tudo o que dizia.