- Vamos lá, já está vindo. Tenta o mais forte possível. - a medica pediu.

Respirei o mais fundo que pude.

- Aaaaaaaaaaah. - gritei com todo o restante das minhas forças.

Ouvi um choro fininho mas, literalmente, agudo invadir a sala.

- Parabéns, é uma linda menininha. - disse se aproximando com a minha filha que já estava enrolada em um pano e a colocando no meu colo.

Meus olhos lacrimejaram, a vontade de chorar veio à tona, eu havia conseguido. Olhei pro Eduardo que estava ao meu lado e seus olhos também estavam lacrimejados. Olhei para minha filha nos meus braços e desejei que aquele momento nunca acabasse, era uma sensação única saber que ela veio de dentro de mim, e agora estava ali, nos meus braços. Ela era tão linda, delicada e frágil, a partir daquele momento eu tinha mais do que certeza que faria qualquer coisa e daria minha vida por ela. Dei um beijo em sua testa enquanto algumas lágrimas já escorriam pela minha face.

- Minha filha. - falei com a voz embargada.

- Nossa menina. - Edu se aproximou e deu um beijo na testa dela, logo depois me dando um selinho.

- Prometo que vou cuidar de você e te proteger como minha própria vida. - sussurrei pra ela.

- Nós prometemos. - Eduardo corrigiu.

Nos encaramos e ficamos algum tempo daquele jeito, somente conversando por olhares, só nós entendíamos o quando queríamos saltar, gritar e cantar o quanto estávamos felizes.

[...]

A enfermeira entrou no quarto empurrando um carrinho com a minha filha dentro. Não me cansava de apreciar sua beleza, não porque é minha filha.

- Está na hora de tentar amamentar mamãe. - a enfermeira disse sorrindo. Me entregou minha filha em meus braços.

- Ela é tão linda. - Nat disse se aproximando e passando a mão em sua cabecinha.

Todos os meus amigos já haviam vindo nos ver, apenas Nat, Nando e Ali estavam aqui agora, tirando o Eduardo, porque não podiam ficar muita gente no quarto.

A enfermeira me explicou pacientemente a forma correta de amamentar.

- Se ela não pegar não é um problema, já que algumas crianças só coseguem mamar depois de alguns dias ou semanas. - ela explicou.

Aproximei o rostinho da minha filha do meu seio, de início ela rejeitou mas logo abocanhou-o começando a sugar à procura de leite. Comecei a sentir uma dor, mas logo fui me acostumando, ela havia conseguido.

- É lindinha, já tem sorte desde pequena. - Alice comentou sorrindo.

- Vou deixar vocês a sós. Logo volto para buscá-la. - a enfermeira disse e se retirou.

- Nat - Ali chamou - Vamos na lanchonete, estou morrendo de fome. - se eu bem conheço a minha amiga, aquilo era apenas uma desculpa para sair do quarto.

- Vamos sim. Manu, logo voltamos. - Nat disse e elas saíram do quarto, me deixando a sós com a minha pequena e o Eduardo, que depois de alguns minutos resolveu se pronunciar.

- Sabe o que eu estava pensando? - me encarou e eu balancei a cabeça negativamente - Ela não tem um nome.

- É verdade. - concordei - Vamos decidir agora. O que você sugere? - perguntei.

- Que tal Ana Júlia? - sugeriu.

- Edu, por favor, já temos uma Ana na "família" - fiz aspas com os dedos - E uma Júlia tambem. - completei.

O Destino Where stories live. Discover now