Fomos de carro mesmo, e por esse fato, não poderia beber muito.
Chegamos na festa 23:40. Não era muito longe mas o trânsito estava péssimo.
A festa já estava cheia e o som muito alto. A Mel saiu me puxando, acho que estava procurando o Júlio ( provavelmente o dono da festa ). Ela parou perto de um homem muito bem vestido e bonito, cumprimentou ele e logo nos apresentou.
- Manu esse é o Júlio, Ju essa é a Emanuelly, minha amiga.
- Prazer Manu - disse me dando um beijo na bochecha - aliás, posso te chamar assim? - perguntou sorrindo.
- O prazer é meu, pode sim - retribui o sorriso.
Dava pra perceber que o Júlio era uma pessoa super legal, e também que a Mel estava " afim " dele, porque eu conhecia minha amiga, e como conhecia.. E se bem que olhando pros dois daria um belo casal.
Olhei em volta de onde estávamos e algo, melhor dizer, alguém, me chamou atenção. Um homem forte, alto, olhos azuis meio cinzas, cabelo arrumado, e muito, muito lindo ( não, não é exagero ). Ele vestia uma bermuda jeans com alguns detalhes verdes e uma camiseta cinza que realçava seus músculos e me analisava de cima a baixo. Não parecia ser daqui, nunca havia o visto antes.
- Manu, Terra chamando - disse Mel passando a mão em frente aos meus olhos, me tirando do meu transe.
- É difícil me importar com a Terra chamando com um gato daquele logo ali - falei baixo.
- Hã? - perguntou sem entender.
- Não, nada, o que foi? - disse sorrindo imaginando a reação dela se ela tivesse escutado.
Acho que seria capaz dela ir lá e falar que eu estava afim dele, doida do jeito que é.
- Estou te chamando a horas. Quer beber alguma coisa?
- Quero sim, vamos lá - respondi.
Ela me puxou para um tipo de balcão onde tinha alguns bancos em frente e o barman lá dentro.
- Oi, quero duas caipirinhas por favor - pediu Mel.
- Só um minuto - ele respondeu.
- Okay - falou pro barman - Manu, o Júlio é um gato né ?!
- Sim amiga, mas não faz o meu tipo.
- Mas... - suspirou.
- Mas o que? - perguntei.
- Mas você estava pensando tão longe quando tava te chamando.
- Fica tranquila, não era nele.
Ela ia falar mais alguma coisa mas o barman chegou com as caipirinhas.
- Aqui está - disse nos entregando.
- Muito obrigada - agradecemos juntas.
Bebemos nossas bebidas enquanto olhávamos para a pista de dança em silêncio. Não vi mais o cara do início da festa, Mel disse que iria no banheiro e eu fiquei sentada ali mesmo.
Passei os olhos pelo local e meu olhar cruzou com aquele par de olhos lindos. Ficamos nos encarando por um longo tempo, até que a Mel voltou.
- Vamos beber vodka?
- Pode ser.
- Duas vodkas por favor - pediu pro barman - vamos dançar depois e mostrar pra essas ai - apontou com a cabeça pras mulheres dançando na pista de dança - como se dança de verdade.
- Eita, isso ai, vamos botar pra quebrar - sorri - só não procura confusão.
- Relaxa.
- As vodkas gatinhas - falou nos entregando.
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O Destino
RandomSINOPSE Emanuelly é uma menina de 20 anos que mora com sua melhor amiga em São Paulo. Ela cursa faculdade de Medicina e trabalha em uma loja de roupas. Emanuelly perdeu os pais em um acidente de carro quando tinha 16 anos, entrou em depressão mas c...