Capítulo 50

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Cinco meses depois

Minha barriga de nove meses estava enorme e consequentemente me impedindo de fazer várias coisas. Eduardo pediu que Fernando desse esse mês de férias pra ele, e o Nando sabendo que eu preciso de alguém que fique comigo caso eu precise de algo autorizou, portanto Edu está aqui em casa esse mês. Nat quase não para em casa, está trabalhando em um caso judicial muito importante. Eu parei de estudar e de trabalhar - por enquanto - mas copio tudo o que consigo da Ali. O Jean estava na casa da Ali, a mãe dela se dispôs a cuidar dele essa semana, já que o médico disse que era provável que essa semana meu bebê nascesse, mas hoje é sexta, e nada. Cada dia que passa o Jean fica mais lindo e fofo, estou apaixonada por ele.

- Amor, me ajuda aqui. - gritei pro Eduardo que estava na sala.

- O que ? Já vai nascer? Calma, faz respiração de cachorrinho, inspira e expira. - falou aparecendo ofegante na porta do quarto, provavelmente veio correndo da sala.

Soltei uma gargalhada e ele me olhou sem entender.

- Do que você está rindo?

- Não vai nascer agora. Só quero ir no banheiro. - ri mais ainda, ele me olhou com raiva - Qual é amor? Me ajuda aqui, minhas costas estão doendo. - fiz uma careta de dor. É sério, minhas costas estão me matando.

Ele se aproximou e me ajudou a levantar da cama. A verdade é que estou parecendo uma baleia de tão gorda e inchada, mas só de lembrar que vou formar uma família com o homem que eu amo, a minha preocupação com beleza vira felicidade. Eu e Eduardo ainda não conversamos sobre onde vamos morar ou nada parecido, nem mesmo montamos o quarto do(a) nosso(a) filho(a) ainda, apenas o que ele me disse foi para não me preocupar com nada, que resolveriamos isso quando nascesse. A única coisa que compramos foi a bolsa e tudo - branco e amarelo - de necessário para levar para o hospital quando fosse para nascer, dá para acreditar?

A questão é que confio no meu noivo, se ele disse para eu nao me preocupar, eu nao me preocuparia.

Sobre o casamento combinamos de nos casarmos apenas quando os nossos filhos estiverem maiorzinhos, já que assim poderemos ter nossa lua de mel.

Fui ao banheiro e após fazer minhas necessidades voltei para o quarto, antes que eu pudesse me deitar novamente escutei a voz do Eduardo.

- Vem jantar.

Fiz o que ele disse e fui até a cozinha, terminamos de jantar e ele foi novamente para o sofá.

- Eduardo, vamos dormir, por favor. - chamei.

- Não estou com sono. - revirou os olhos.

- Edu, por favor amor, sem você não vou conseguir dormir. - e era verdade. Hormônios.

Ele se levantou do sofá e foi para o quarto, se deitou antes de mim. Fui até a cama e me deitei ao seu lado. Peguei o meu celular no criado e liguei pra Nat que até agora não havia voltado pra casa. Ela disse que iria passar essa noite com o Júnior, eu concordei, a mais velha da relação era ela né.

Me cobri e virei para o lado oposto do Eduardo.

- Apaga a luz. - falei autoritária.

Ele bufou e foi até o disjuntor e apagou a luz. Se deitou novamente do meu lado, dessa vez passando a mão pela minha cintura e a pousando na minha barriga, coloquei minha mão sobre a dele.

- Onde você aprendeu aquilo?

- Aquilo o que?

- Faz respiração de cachorrinho, inspira e expira? - ri um pouco.

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