- Ah, qual é? Quando a... - engoliu em seco antes de continuar - Quando a Victoria me falou que a bolsa tinha estourado eu nem sequer sabia do que ela estava falando. Li algumas coisas na internet, pelo ao menos dessa vez queria estar preparado. - senti que ele sorriu.

Me virei pra ele acariciando seu rosto com um amplo sorriso estampado em meu rosto.

- Nós te amamos. - dei-lhe um selinho.

- E eu amo vocês. - falou antes de me beijar de verdade.

[...]

- Eduardo. - chamei enquanto passava a mão em seu braço, minha voz saía em um fio, as contrações estavam muito fortes - Eduardo, acorda. - sem resultados - Ai. - reclamei, sentindo a contração que veio.

O balancei de um lado para o outro até que ele acordasse.

- O que foi? - me encarou assustado.

- Agora vai nascer.

Ele se levantou correndo da cama e procurou qualquer roupa no guarda-roupas, logo vestiu.

- Você consegue vestir uma roupa ou vai de camisola mesmo?

- A dor... está muito forte... não vou conseguir. - outra contração, ele fez uma careta.

- Você não pode sair de casa de camisola amor. - passou a mão nos cabelos.

- Eduardo, pelo ao amor de Deus, roupa é o que menos importa agora. Vamos logo para o hospital. - eu já suava.

Ele pegou a bolsa do nosso neném e me ajudou a ir para o carro que estava na porta de casa. Trancou a porta e logo deu partida rumo ao hospital enquanto eu reclamava de dor.

Chegamos no hospital - Eduardo parou o carro quase dentro do mesmo - e o Edu entrou correndo dizendo que precisava de uma maca. Ele estava tão nervoso que até parecia que era ele que ia ganhar o bebe.

Logo algumas enfermeiras vieram com uma maca e me ajudaram a me deitar. Entraram para o hospital me puxando, logo entraram em uma sala que havia uma médica. Ela fez o exame de toque e disse que ainda não estava na hora de nascer, a dilatação estava pouca, ligaram um soro na minha veia, enquanto eu ainda reclamava e chorava por conta das fortes contrações que a cada momento vinha mais rápido.

[...]

Já estava amanhecendo, a Nat já veio para o hospital. A médica fez o exame novamente, as contrações veem uma seguida da outra.

- Está na hora de conhecer o seu bebê mamãe. - a médica comentou sorrindo, tentei retribuir o sorriso mas acho que saiu mais como uma careta - Eu vou fazer o seu parto, tudo bem? - eu assenti.

Ela saiu da sala e logo voltou com algumas enfermeiras. Tiraram o soro da minha veia e me levaram para uma outra sala, que provavelmente era onde faziam os partos, nao sei. Estava tão nervosa e com um pouco de medo - confesso- que chegava à estar zonza. Minha cabeça girava. Eduardo entrou na sala com luvas em mãos e uma máscara, se pôs ao meu lado e segurou minha mão fortemente. A médica me colocou da posição correta.

- Olha, agora você vai fazer bastante força okay? Pode gritar se quiser. Faz força até onde conseguir, respira e tenta de novo, certo? - assenti - Vamos lá, um, dois, três.

- Aaaaaaaah. - gritei apertando a mão do Eduardo que chegou a fazer uma careta.

- Vamos amor, você consegue. - Edu disse sorrindo, seus olhos brilhavam.

- Aaaaaaah. - gritei novamente.

Respirei, tentei, respirei, tentei, respirei, tentei. Várias vezes, já estava sem forças.

O Destino Where stories live. Discover now