Me retirei de lá e segui para o meu quarto. Eu estava tão irada e meu pai tão cego que faz tudo que a Fabelli manda.
Me deitei na cama e fiquei lá assistindo televisão até o sono chegar.
No outro dia acordei no horário do almoço, me vesti e fui para a mesa.
-Bom Dia. -Falei para a Lídia que estava perto da mesa e ignorei a Fabelli que estava sentada.
-Bom Diiia ! -Lídia responde .
-Boa Tarde Clarissa. -Fabelli responder logo em seguida.
-Podemos dizer que enquanto eu tiver que estar no mesmo cômodo que você ela não será boa. -Falo.
-Não sei como acorda todos os dias de mau humor, um dia ainda descobrirei como você consegue. -Ela fala.
-É fácil, tenta conviver com alguém igualzinho a você. -Respondo colocando minha comida.
-Eu irei amar. -Ela fala sorridente.
-Que bom né ? Alguém nesse mundo tinha que te aguentar. -Respondo.
-Não se preocupe, daqui a poucos dias você não terá mais que conviver comigo todos os dias. -Ela fala.
-Eu sei que você quer me afastar do meu pai, mas eu não sei se você sabe eu e ele somos a única família que temos e eu não vou deixa você estragar isso. -Terminei de colocar meu prato.
-Se liga peste, você é muito chatinha, ficar lá no internato vai ser maravilhoso bem longe de mim e do seu pai.-Ela fala.
-Eu não vou durar muito naquele inferninho, logo logo estarei de volta. -Falei e comecei a comer.
-É o que vamos ver, já passei umas orientações para a diretora, pode ter certeza que você vai pelo menos terminar o ano lá. -Ela sorri.
-Então, né? Pelo visto irei me divertir. -Falo e continuo a comer começando a ignorar a presença dela naquele cômodo.
(uns dias depois....)
Alguns dias se passaram e era hoje o dia de ir ao inferno interno. Eu havia me aproximado mais de Paul, ele apesar de ser um playboyzinho chato e mimado era a boa pessoa, nesse tempo que nos aproximamos ele havia mudado bastante.
-Clarissa. -Alguém me balançava na cama. Comecei a abrir o olho devagar por conta da Claridade e me surpreendi.
-Paul ? O que faz aqui a essa hora do dia ? -Perguntei.
-Vim me despedir, já que só irei te ver agora daqui a alguns meses. -Ele fala.
-Ah, não se iluda, se tudo o que é bom dura pouco, o que é ruim dura menos ainda. -Respondo ainda meio grog.
-Clara não faça nada que você possa se arrepender. -Já tínhamos mais intimidade então ele me chamava assim.
-Não me arrependo de muitas coisas, afinal temos que aproveitar as oportunidades que a vida dá. -Sorri.
-Quero só ouvir as histórias quando você voltar. -Ele fala.
Me levantei e fui para o banheiro, tomei um banho rápido, me vesti e Paul estava deitado assistindo TV.
-Vamos comer. -Falei fechando a porta do banheiro.
-Pode ser. -Ele fala com um pouco de preguiça.
-Aliás, deixa para lá, quanto mais demorar para eu chegar no inferninho, melhor será. -Me joguei na cama e peguei o controle.
Ficamos mais conversando do que assistindo até o meu pai em pessoa bater na porta do meu quarto.
-Tá aberta. -Meu pai abriu a porta com uma cara não muito boa.
ESTÁ A LER
Clarissa Hungria
Teen FictionClarissa uma garota de 16 anos que perdeu a mãe cedo e mora com seu pai e sua madrasta. Seu pai trabalha muito e normalmente passa o dia fora de casa, então a garota passa a maior parte do dia com a madrasta Fabelli que tenta a todo custo se livrar...