Capítulo 8

2.2K 216 23
                                    

Me retirei de lá e segui para o meu quarto. Eu estava tão irada e meu pai tão cego que faz tudo que a Fabelli manda.

Me deitei na cama e fiquei lá assistindo televisão até o sono chegar.

No outro dia acordei no horário do almoço, me vesti e fui para a mesa.

-Bom Dia. -Falei para a Lídia que estava perto da mesa e ignorei a Fabelli que estava sentada.

  -Bom Diiia ! -Lídia responde .

-Boa Tarde Clarissa. -Fabelli responder logo em seguida.

-Podemos dizer que enquanto eu tiver que estar no mesmo cômodo que você ela não será boa. -Falo.

-Não sei como acorda todos os dias de mau humor, um dia ainda descobrirei como você consegue. -Ela fala.

-É fácil, tenta conviver com alguém igualzinho a você. -Respondo colocando minha comida.

-Eu irei amar. -Ela fala sorridente.

-Que bom né ? Alguém nesse mundo tinha que te aguentar. -Respondo.

-Não se preocupe, daqui a poucos dias você não terá mais que conviver comigo todos os dias. -Ela fala.

-Eu sei que você quer me afastar do meu pai, mas eu não sei se você sabe eu e ele somos a única família que temos e eu não vou deixa você estragar isso. -Terminei de colocar meu prato.

-Se liga peste, você é muito chatinha, ficar lá no internato vai ser maravilhoso bem longe de mim e do seu pai.-Ela fala.

-Eu não vou durar muito naquele inferninho, logo logo estarei de volta. -Falei e comecei a comer.

-É o que vamos ver, já passei umas orientações para a diretora, pode ter certeza que você vai pelo menos terminar o ano lá. -Ela sorri.

-Então, né? Pelo visto irei me divertir. -Falo e continuo a comer começando a ignorar a presença dela naquele cômodo.

(uns dias depois....)

Alguns dias se passaram e era hoje o dia de ir ao inferno interno. Eu havia me aproximado mais de Paul, ele apesar de ser um playboyzinho chato e mimado era a boa pessoa, nesse tempo que nos aproximamos ele havia mudado bastante.

-Clarissa. -Alguém me balançava na cama. Comecei a abrir o olho devagar por conta da Claridade e me surpreendi.

-Paul ? O que faz aqui a essa hora do dia ? -Perguntei.

-Vim me despedir, já que só irei te ver agora daqui a alguns meses. -Ele fala.

-Ah, não se iluda, se tudo o que é bom dura pouco, o que é ruim dura menos ainda. -Respondo ainda meio grog.

-Clara não faça nada que você possa se arrepender. -Já tínhamos mais intimidade então ele me chamava assim.

-Não me arrependo de muitas coisas, afinal temos que aproveitar as oportunidades que a vida dá. -Sorri.

-Quero só ouvir as histórias quando você voltar. -Ele fala.

Me levantei e fui para o banheiro, tomei um banho rápido, me vesti e Paul estava deitado assistindo TV.

-Vamos comer. -Falei fechando a porta do banheiro.

-Pode ser. -Ele fala com um pouco de preguiça.

-Aliás, deixa para lá, quanto mais demorar para eu chegar no inferninho, melhor será. -Me joguei na cama e peguei o controle.

Ficamos mais conversando do que assistindo até o meu pai em pessoa bater na porta do meu quarto.

-Tá aberta. -Meu pai abriu a porta com uma cara não muito boa.

Clarissa HungriaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora