-Bem, famílias apresentadas, vamos logo tratar de negócios, para depois partimos para algo mais divertido, possamos dizer, um conversa mais descontraída. -O cara lá, pai do Paul falou
-É, melhor, Clarissa, o que acha de sair para conhecer a casa com Paul ? -Meu pai perguntou, o olhei feio, fiz pequenos gestos, mas ele ignorou qualquer tipo de manifestação silenciosa vinda da minha pessoa.
-Vamos por aqui. -Paul força um sorriso e se levanta se dirigindo a uma outra porta. O sigo, já que dar um show logo no início não era o que eu pretendia.
Saímos por uma porta e demos de cara com um jardim.
-Que porra você faz aqui ? -Perguntei.
-Eu moro aqui. -Ele respondeu como algo óbvio.-Eu não sabia que o seu pai e o meu faziam negócios. -Ele continua.
-Se eu soubesse tinha cruzado o mundo, ido para outro país, mudava de cidade, até me escondia embaixo da cama, mas não iria vim. -Cruzo os braços.
-Você está muito nervosinha para uma noite que acabou de começar. -Ele fala.
-Não vem fazer o rottweiler manso não que não cola. -Respondo.
-Tá eu vou abrir jogo, já que pagar pau para uma patricinha não é o melhor papel que eu interpreto
-Não me chama de patricinha. -Me controlo.
-Tá, tá, mas olha só, eu trato você bem, me comporto, trato até a Karoline melhor do que nunca, mas eu só quero que você não arrume confusão hoje, deixe nossos pais se acertarem na paz de Deus. -Ele fala.
-Eu arrumar confusão ? Prometo não arrumar confusão se você ficar calado o resto da noite, só arrumo confusão com gente que fala merda, e da sua boca só sai isso. -Faço uma leve brincadeira, meu humor estava começando a melhorar, ter algo para suborná-lo era mais que uma carta na manga.
-Não dificulta tá ? Eu juro que me comporto se você deixar pelo menos por hoje, as coisas fluírem bem. -Ele fala.
-E qual o seu interesse nisso ? -Pergunto.
-Ãn ? Como assim ? -Ele responde com outra pergunta.
-O que você ganha por trás disso? Não existe a possibilidade de você me aguentar numa boa sem ganhar nada por isso. -Perguntei novamente.
-É porque assim, as empresas do meu pai e do seu pai são as melhores do ramo, e se der tudo certo hoje eles poderão ganhar 10 vezes mais que o normal juntos, e se eu, ou você fizer qualquer, nem que mínima confusão e tirar o humor deles todo esse dinheiro vai por água a baixo.
-Eu sei garoto, isso é o básico, e o óbvio, meu pai só se enfia em coisas grandes, inspirado no ego dele, eu quero saber desde quando você se preocupa com os negócios da família ? Desde quando me manter quieta e calada virou a sua ocupação da noite ? -Perguntei bastante interessada.
-É que.... Ele me prometeu um video game novo. -Ele responde.
-Qual é ? Tenho certeza que seu pai recompensa a falta de atenção com uma boa mesada, e com a sua mesada você comprava mais de 2 vídeos games. -Pergunto desconfiada.
-É que são importados, muito caros. -Ele responde.
-Tá zuando com a minha cara é ? Quer mentir para mentirosa ? Ah por favor né ? Me respeita.-Falo.
-Olha, não importa tá ? Não vou me abrir para uma patricinha egocêntrica. -Ele resmunga.
-JÁ DISSE PARA NÃO ME CHAMAR DE PATRICINHA. - O encurralo na parede.
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Clarissa Hungria
Teen FictionClarissa uma garota de 16 anos que perdeu a mãe cedo e mora com seu pai e sua madrasta. Seu pai trabalha muito e normalmente passa o dia fora de casa, então a garota passa a maior parte do dia com a madrasta Fabelli que tenta a todo custo se livrar...