Capítulo 4

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-Bem, famílias apresentadas, vamos logo tratar de negócios, para depois partimos para algo mais divertido, possamos dizer, um conversa mais descontraída. -O cara lá, pai do Paul falou

-É, melhor, Clarissa, o que acha de sair para conhecer a casa com Paul ? -Meu pai perguntou, o olhei feio, fiz pequenos gestos, mas ele ignorou qualquer tipo de manifestação silenciosa vinda da minha pessoa.

-Vamos por aqui. -Paul força um sorriso e se levanta se dirigindo a uma outra porta. O sigo, já que dar um show logo no início não era o que eu pretendia.

Saímos por uma porta e demos de  cara com um jardim.

-Que porra você faz aqui ? -Perguntei.

-Eu moro aqui. -Ele respondeu como algo óbvio.-Eu não sabia que o seu pai e o meu faziam negócios. -Ele continua.

-Se eu soubesse tinha cruzado o mundo, ido para outro país, mudava de cidade, até me escondia embaixo da cama, mas não iria vim. -Cruzo os braços.

-Você está muito nervosinha para uma noite que acabou de começar. -Ele fala.

-Não vem fazer o rottweiler manso não que não cola. -Respondo.

-Tá eu vou abrir  jogo, já que pagar pau para uma patricinha não é o melhor papel que eu interpreto

-Não me chama de patricinha. -Me controlo.

-Tá, tá, mas olha só, eu trato você bem, me comporto, trato até a Karoline melhor do que nunca, mas eu só quero que você não arrume confusão hoje, deixe nossos pais se acertarem na paz de Deus. -Ele fala.

-Eu arrumar confusão ? Prometo não arrumar confusão se você ficar calado o resto da noite, só arrumo confusão com gente que fala merda, e da sua boca só sai isso. -Faço uma leve brincadeira, meu humor estava começando a melhorar, ter algo para suborná-lo era mais que uma carta na manga.

-Não dificulta tá ? Eu juro que me comporto se você deixar pelo menos por hoje, as coisas fluírem bem. -Ele fala.

-E qual o seu interesse nisso ? -Pergunto.

-Ãn ? Como assim ? -Ele responde com outra pergunta.

-O que você ganha por trás disso? Não existe a possibilidade de você me aguentar numa boa sem ganhar nada por isso. -Perguntei novamente.

-É porque assim, as empresas do meu pai e do seu pai são as melhores do ramo, e se der tudo certo hoje eles poderão ganhar 10 vezes mais que o normal juntos, e se eu, ou você fizer qualquer, nem que mínima confusão e tirar o humor deles todo esse dinheiro vai por água a baixo.

-Eu sei garoto, isso é o básico, e o óbvio, meu pai só se enfia em coisas grandes, inspirado no ego dele, eu quero saber desde quando você se preocupa com os negócios da família ? Desde quando me manter quieta e calada virou a sua ocupação da noite ? -Perguntei bastante interessada.

-É que.... Ele me prometeu um video game novo. -Ele responde.

-Qual é ? Tenho certeza que seu pai recompensa a falta de atenção com uma boa mesada, e com a sua mesada você comprava mais de 2 vídeos games. -Pergunto desconfiada.

-É que são importados, muito caros. -Ele responde.

-Tá zuando com a minha cara é ? Quer mentir para mentirosa ? Ah por favor né ? Me respeita.-Falo.

-Olha, não importa tá ? Não vou me abrir para uma patricinha egocêntrica. -Ele resmunga.

-JÁ DISSE PARA NÃO ME CHAMAR DE PATRICINHA. - O encurralo na parede.

Clarissa HungriaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora