10 Capítulo

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Passagem de tempo - 3 meses

Eu acordei e logo percebi que estava em um hospital, tinha um aparelho de monitoramento marcando minha pressão e meus batimentos cardíacos, tinha soro na minha veia do braço esquerdo na minha barriga tinha uns curativos, o quarto estava claro e vazio, eu não sentia dor e nem nada notei que minha barriga tinha uma pequena saliência e eu passei a mão por essa saliência e me veio na cabeça que ali poderia ter um bebe, mas depois pensei, nao isso não pode ser possível a gente usou camisinha em todas as vezes que nos fizemos amor, exceto pela vez no chuveiro bingo foi nesse dia só pode, cara o Felipe vai me matar ele....
Mauro: Juliana que bom que acordou - ele parecia surpreso e feliz - está sentindo algo?
Juliana: não, Mauro o Felipe sabe que eu estou aqui?
Mauro: claro que sabe, nesses últimos 3 meses ele vem aqui todos os dias duas vezes pra te ver
Juliana: três meses? Porque eu fiquei tanto tempo desacordada?
Mauro: você estava com apêndice inflamada, sentiu dores por dias e desmaio na sala de aula foi levada para um hospital e transferida pra cá, aqui nós fizemos uma bateria de exames e neles descobrimos que você estava gravida de um mês, e que estava com anemia, nós estamos tratando a sua anemia e sua gravidez iremos ver daqui a pouco assim que o Felipe chegar aqui.
Juliana: ele sabe que eu estou grávida?
Mauro: sabe sim, ele vem pagando tudo que você precisava até o momento
Juliana: tá bom, quando ele chegar eu posso falar com ele antes de ver o bebe?
Mauro: claro que sim a Doutora Marcela só chega as 14:00.

Ele saiu e eu fiquei deitada lá moscando até uma enfermeira chegar e me trazer uma comida, um suco, uma maçã e uma gelatina, na bandeja tinha um saquinho com sal e um com açúcar. Eu comi tudo que tinha lá fazia tempo que não tinha nada no meu estômago, eu senti um enjôo mas não vomitei, logo a porta se abriu e entrou o Felipe com um menino no colo, o menino era parecido com ele.
Felipe: que bom que acordou - ele falou serio - como esta se sentindo?
Juliana: enjoada, comi muito rapido - eu sorri e estiquei os braços pra pegar a criança e ele me passou - quem é esse bebe lindo? - eu falei rindo e brincando com ele
Felipe: esse é o Daniel meu filho, ele vai fazer um ano
Juliana: ah você ja tem um filho, que fofo ele é lindo e se parece muito com você
Felipe: sim eu descobri a pouco tempo que ele era meu filho, a mãe dele morreu um dia depois que me trouxe ele, e eu não podia deixa-lo a mercê desse mundo de hoje.
Juliana: que bom que pensa assim, são poucos hoje em dia que aceitam o filho
Felipe: fui homem pra fazer e estou sendo pra assumir.
Juliana: feeh, você ja sabe o sexo desse bebe? - falei baixinho e passei a mão na minha barriga
Felipe: não, eu falei que só saberia no dia que você estivesse junto, eu não queria ficar feliz sem você. - eu sorri e ficamos calados, ele estava distante de mim, parecia que não me queria mais, parecia que ele só estava ali por causa do bebê e eu fiquei triste mas também não falei nada.
Mauro: Juliana vamos tirar seu sangue e vamos fazer uns exames, enquanto vocês passam com a obstetra o exame fica pronto tá? - eu concordei e eles ficaram lá tirando meu sangue me apalpando e me perguntando algumas coisas, depois fui levada pra outra sala pra falar com a obstetra

Marcela: boa tarde papai e mamãe como estão?
Felipe: agora estamos bem a Juliana já acordou e tudo parece estar em seu devido lugar - ele falou com um leve sorriso no rosto
Marcela: então vamos aos exames, deite aqui Juliana - ela me apontou a maca e eu me deitei nela - esse gel é bem gelado mas tenta não se mexer muito - o Felipe veio até perto de mim e ficou olhando pra tela onde aparecia apenas borrões - ouçam esse é o coraçãozinho - eu ouvi o som e era lindo saber que tinha um bebe ali dentro - vocês querem saber o sexo?
Juliana: queremos sim, e a senhora poderia falar quantos meses eu estou?
Marcela: então vamos ver - ela mexeu mais um pouquinho e sorriu - vocês tem alguma preferência?

Juliana: eu sempre sonhei com menina mas se vier um menino será amado do mesmo jeito - eu sorri igual idiota
Felipe: também quero menina ja tenho um menino, mas o que vier já é lucro sempre é bom ter mais uma criança em casa
Marcela: ja escolheram o nome pra princesa? - balancei a cabeça em sinal negativo - então pode pensar é uma menina e você esta com 5 meses, cuida dessa anemia para sua bebe nascer bem - ela me entregou um monte de papel e explicou o que eram e marcou o retorno, nós saímos da sala dela e voltamos para meu quarto uma enfermeira veio avisar que eu estava de alta e me entregou alguns papéis, um deles era a conta do hospital, eu fiquei pasma quando vi o valor, eu tinha sim o dinheiro pra pagar mas achei um exagero o valor, eu poderia ter ficado em um hospital mais barato mas tudo bem, eu troquei de roupa e saimos do quarto o Felipe saiu andando na minha frente, eu perguntei onde pagava a enfermeira me indicou e eu fui para o tal lugar, paguei e sai indo em direção a saída onde eu encontrei o Felipe de cara feia.
Juliana: ainda ta aqui? Achei que ja tivesse em casa - falei em tom inocente
Felipe: e deixar você ir embora sozinha? Piada né - ele abriu a porta do carona pra mim e eu entrei - toma segura ele porque ele chora o caminho todo se for lá atrás
Juliana: e como você dirige com ele assim?
Felipe: eu colico a cadeirinha dele aqui na frente.

Ele me deixou em casa e eu fui direto pro meu quarto tomar banho e ver minhas redes sociais e não tinha nada de interessante, fiquei o resto da semana moscando em casa o Felipe não atendia o telefone e eu comecei a ter certeza de que ele não me queria.

Alguns dias depois...

Eu fui liberada para voltar a dar aula expliquei aos meus alunos sobre a gravidez e eles compreenderam que nao poderiam mais me fazer passar nervoso, e as aulas influíram melhor, o Felipe disse que iria lá em casa hoje e eu estava um pouco ansiosa, eu queria muito perturbar ele pra saber o que está acontecendo entre nós e eu decidi que faria isso ainda hoje nem que fosse por telefone.

Assim que terminei minhas aulas fui correndo pra casa esperar o Felipe, mas nem precisei esperar porque quando eu cheguei ele já estava no portão brincando com o Daniel e um filhotinho de São Bernardo - eu amo esse cachorro vocês não tem noção - eu abri a garagem e estacionei

Juliana: vocês estão ai a muito tempo?
Felipe: não faz uns dez minutos que nós chegamos
Juliana: vem entrem - eles entraram comigo - fiquem a vontade eu vou só trocar de roupa e lavar as mãos - deixei eles lá e fui trocar de roupa voltei e fiz um café, o Dani ficou brincando com o cachorrinho
Felipe: Juh eu não quero brigar, e muito menos ficar longe de você, então casa camigo e venha viver Uma Vida Plena e Feliz comigo?
Juliana: eu quero passar o resto dos meus dias com você e com Daniel, eu te amo - nós nos beijamos por um tempo - Feeh será que agora tudo vai dar certo? Será que vamos conseguir viver feliz e em paz?
Felipe: Vamos sim amor, eu nao irei medir esforços para vivermos felizes.
Felipe...

E lá se foram mais quatro meses e a Juh pode entrar em trabalho de parto a qualquer momento, e o pior tem alguém querendo matar a Juh, eu coloquei seguranças em todos os lugares que a Juh frequenta, agora como ela só fica em casa eu deixei uns vinte homens meus em volta da casa e do bairro, dentro da casa tem umas cinquenta câmeras um quarto do panico e varios alarmes. Sim eu estou em panico, ela é minha mulher, ela está grávida e eu não sei viver sem ela.

Juh: Felipe tem alguém me seguindo, seus homens estavam mortos quando eu sai, a bolsa estourou eu não estou com dor por isso fugi pelos fundos de carro e estou indo pra Nel Natal.
Felipe: Juliana pelo amor de Deus não morre, vai direto pro hospital, toma muito cuidado, e quando chegar lá avisa que estão te seguindo.
Juh: ta bom mas vai pra lá também, quero que você esteja comigo quando o bebê nascer.
Felipe: fica tranquila estou indo pra lá... Eu te amo

Agora tudo ficou pior, minha mulher está quase dando a luz e eu no morro no meio de uma invasão, como eu vou pra maternidade agora?
Caveira: patrão ta tudo bem? Quase que toma um tiro ai
FB: A Juliana ta indo pra Nel Natal, tem alguém seguindo ela, mataram TODOS os nossos soldados que protegiam ela, invadiram o morro - eu gritava e atirava em todos que apareciam na minha frente - e por causa desses vermes eu não vou poder estar lá quando o bebe nascer.
Caveira: Patrão se quiser a gente faz uma escolta e te leva até o carro e despois até a saída.
FB: não, vamos acabar com eles e depois enquanto eu for lá você vai organizar tudo e preparar uma festa

Fiquei na invasão até o fim, ou seja, até as onze da noite, a Juh me ligou era duas da tarde, eu corri pro hospital.

Felipe: ooi a minha esposa falou que estava vindo pra ca era umas duas da tarde, ela deu entrada? Juliana Sanchez
Recepcionista: sim senhor, terceiro andar, fala com a moça no balcão que ela indica o quarto ou a sala do médico - ela parecia estranha quando eu disse o nome, mas não liguei, fui correndo pro terceiro andar e fui falar com a mulher do balcão
Felipe: Juliana Sanchez por favor?
Atendente: Doutora Marcela, ele está procurando pela paciente do 305 - ela falou pra medica que cuidou da Juh e que por conhecidencia estava vindo em nossa direção - que bom te ver Marcela, como esta a Juh? E o bebê?

A CariokiinhaWhere stories live. Discover now