Capítulo 32 - #VEDANOWATTPAD15

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— Alison. — Ele me segurou em seus braços impedindo que eu tropeçasse. Os braços dele entrelaçaram o meu corpo. Apertei as minhas mãos contra o meu peito, o rosto dele estava perto de mais, eu conseguia sentir o seu hálito com cheiro de pipoca, e o seu perfume que era o mesmo daquela noite na roda gigante.

— Me solte — pedi a ele quase sem forças para escapar.

Ele me obedeceu e sorriu outra vez para mim.

— Eu sabia que você viria, só não pensei que...

— Somos vizinhos — finalmente consegui falar. — Vi a sua filha no elevador, estou surpresa também.

— Uau! — ele falou um tanto assustado. — O destino é muito estranho.

— Coincidência eu diria, não existe essa coisa de destino.

— Pois eu acredito em destino, não acha estranho sermos vizinhos?

— Não vai ser por muito tempo. Logo voltarei para a Califórnia.

Jace se aproximou mais uma vez de mim e me olhou com aquele olhar safado. Revirei os olhos tentando mostrar pra ele que aquilo não me afetava.

— Eu vou processar você — falei da forma mais fria que eu consegui.

— Não vai não. — Ele chegou ainda mais perto e mordeu o lábio inferior, eu dei um pulo para trás, pois eu sabia que se ele chegasse mais perto eu não conseguiria me controlar. Mesmo depois de tanto tempo ele ainda causava esse efeito em mim.

Dei a volta e encostei-me na parede perto da porta, assim eu poderia sair com mais facilidade.

Ele olhou para o meu rosto que já havia denunciado a minha angústia e colocou as duas mãos na cintura. Jace parecia estar mais alto e mais forte. O tecido da camisa estava grudado no seu corpo por causa do suor, era possível ver o quanto o abdômen dele era definido. O suor começou a descer do meu rosto. Eu devia estar brilhando, foi uma péssima ideia vestir aquele suéter preto que era muito quente para aquela situação.

— Você está bem? Quer uma água?

— Estou bem sim. Por que eu não estaria?

— Você está suando. — Ele apontou para o suor que escorria do meu pescoço o deixando úmido.

— Eu só preciso de um pouco de ar.

Coloquei a mão na maçaneta pronta para sair, entretanto antes que eu pudesse piscar, Jace Connor segurou o meu braço e me pressionou na parede. Ele me olhou fixamente e eu respirei fundo enquanto os meus olhos percorria cada centímetro da boca dele. Então ele beijou o meu pescoço, ou melhor, beijou cada gota de suor que teimava em descer pelo meu corpo. Uma de suas mãos segurava o meu cabelo enquanto a outra estava atrás da minha nuca. Os lábios deles contra a minha pele fizeram com que o meu corpo se desmanchasse por causa do seu toque. Acabei me derretendo nos braços dele enquanto o seu rosto estava enterrado no meu pescoço beijando cada centímetro da minha pele.

— Jace — gemi.

— Eu te amo — ele arfou ainda com os lábios pressionados na minha pele. —Senti saudades pimentinha.

Jace olhou para mim, seus cabelos estavam bagunçados e ele suava assim como eu. Aqueles olhos...

— Eu nunca te esqueci. Foram 1825 dias de agonia por não ter você. Foram dias pensando no que você estava fazendo, em como você estava se sentindo. E agora você está aqui. Se isso for um sonho, por favor, não me acorde.

Eu o olhei sem saber o que dizer. Ele observou os meus lábios e encostou seu rosto muito perto do meu, entretanto ele não me beijou. Ele arfava e respirava fundo assim como eu, tentando se controlar para não unir os nossos lábios que agora estavam muito próximos. Fechei os olhos porque eu queria que ele me beijasse, eu desejava os lábios dele grudados nos meus. Eu queria sentir o gosto da pipoca que ele havia comido, eu queria explorar a boca dele e eu queria que ele me apertasse em seus braços como antigamente. Entretanto, Jace se afastou de mim e colocou a mão na testa e depois a esfregou em seu rosto.

— Eu não vou te beijar, Alison. — As palavras dele me deixaram parada, completamente zonza. — Eu prometi para mim mesmo que nunca mais roubaria beijos seus, e que quando finalmente nos beijássemos iria ser porque você quis, porque você deixou e porque depois desse beijo haveria outros beijos e nós nunca mais iríamos nos separar. Se for para beijar você agora e daqui cinco minutos você brigar comigo e dizer que isso não devia ter acontecido eu prefiro não te beijar. Eu não quero sentir o gosto da sua boca e depois ser dispensado e sentir a agonia que eu senti durante todos esses anos. Eu quero os seus lábios só para mim, quero beijá-la todos os dias da minha vida e não somente quando você estiver entediada.

Engoli em seco e limpei o suor que descia do meu rosto.

— Eu preciso ir — falei decepcionada.

— Sim, amanhã é o lançamento do livro, você pode ir se quiser...

Eu dei as costas para ele e abri a porta no exato momento que a babá ia abrindo a porta com o cachorro nos braços.

— Sua filha é adorável — eu falei para ele assim que ia saindo do apartamento.

Minhas pernas ainda estavam bambas por causa daquele encontro. Ele não quis me beijar! E eu não sabia se ficava contente com isso ou completamente infeliz. Eu precisava de uma bebida caso contrário eu não iria sobreviver a isso.

 Eu precisava de uma bebida caso contrário eu não iria sobreviver a isso

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Bom o que será vai acontecer com esses dois? Até amanhã ;)

A GAROTA QUE VOCÊ NÃO QUISOnde histórias criam vida. Descubra agora