Capítulo 6

3.6K 341 9
                                    

"Presenteia-me com teu sorriso Ensina-me a sonhar...".
- Solamente Tú (Pablo Alborán)

*****

Carolina

Assim que o Marcos pega às minhas malas, começa anda em direção ao estacionamento. Eu e a Renata o seguimos em silêncio, o que é estranho se tratando de nós duas.

Ele desativa o alarme do carro, e coloca às minhas bagagens no porta malas do mesmo.

Enquanto isto, a Renata se senta no banco de trás, me deixando a alternativa de sentar no banco do carona ao lado do Marcos. Ele faz à volta e entra no carro dando partida.

Permanecemos em silêncio por algum tempo, até que a Renata resolve quebrar o gelo.

- Me conta amiga, você ainda estava saindo com o gostosão do Alexandre?

Percebo o Marcos me olhar de relance, e grunir rapidamente.

- Não. O Alê é uma ótima pessoa, mas não era o cara certo pra mim.

- Ah que pena. Achaca vocês um casal tão fofo. Cheguei até pensar que sairia casamento dali.

Nesta hora o Marcos liga o rádio colocando a música, Solamente Tú do Pablo Alborán. Adoro está música, apesar de me trazer algumas lembranças que prefiro esquecer.

- E você Rê, está com algum carinha? - falo para afastar meus pensamentos.

- Não, ainda não inventaram o homem perfeito para mim - depois de uma dessas todos rimos.

- Ainda procurando o "príncipe encantado" maninha? - fala o Marcos com deboche somente para irritar a irmã, entrando na brincadeira dela.

- Antes procurar o "príncipe encantado", do que trepar com as Barbies cheias de ossos e mentes vazias, maninho.

- Mas bem que elas são gostosas - fala o idiota dando risada.

- Dá pra vocês trocarem de assunto? - tento amenizar já que não estou me sentido à vontade com o assunto. Além de quê, não preciso saber da vida amorosa do Marcos. Isso não me interessa nem um pouco.

- Ciúmes Carolzinha? - se eu pudesse rachava à cabeça deste bastardo, neste exato momento.

- De você querido? Hahahaha faça-me rir, nunca que sentiria ciúmes de ti - o deixo sem graça.

Mais um ponto pra mim.

- É maninho, está aí não cai no seu papinho não viu - a Renata rir.

- Isto veremos maninha - ele fala me encarando.

Agora eu que fiquei sem graça e toda vermelha.

- Vai sonhado bebê - respondo para não ficar por baixo. E viro o meu resto para rua desviando o meu olhar.

O resto do caminho foi tranquilo, tentamos manter uma conversa calma. Até que a Renata adormeceu, e então nos calamos por completo. Virei meu rosto para janela, e fiquei observando e admirando à bela paisagem ao meu redor. Agradeci mentalmente pelo Marcos não querer mais puxar conversa comigo. Dali só sairia faíscas, e consequentemente o fogo. Com todo o silêncio acabo dormindo.

Balanço Da Vida (Concluída)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora