Prólogo "Two hearts, one valve"

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"Algumas noites, eu penso em você. Revivendo o passado, desejando que tivesse durado. Desejando e sonhando. Estações, elas vão mudar. A vida vai fazer você crescer. A morte pode te deixar frio, frio, frio. Tudo é temporário. Tudo vai deslizar. O amor nunca morrerá, morrerá, morrerá"

Imagine Dragos, Birds.

★ 3 ANO DEPOIS ★Nightfall Club, Nova Iorque

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3 ANO DEPOIS
Nightfall Club, Nova Iorque

Suor pegando fogo escorre pelo meu corpo congelado. Automaticamente sinto um choque térmico mental e fico paralisado. Como um pássaro na beira da morte, meu coração bate devagar e sem fôlego. Sem acreditar no que vejo, pisco meus olhos e permito que algumas lágrimas escorram — não sei definir, realmente não sei se elas são de saudade ou se são de raiva. Talvez um misto de sentimentos que começa no amor da minha vida e termina no inferno da minha alma.

Ela.

Ela ainda não me viu. Está extremamente focada em movimentar-se, seguindo as batidas da música. Ela dança ao mesmo tempo que segura um copo sem se importar com o líquido azul caindo em seu vestido branco. Noto mudanças. Sua pele já não é mais tão pálida e seus cabelos que antes batiam na cintura agora pousam descansados em seus ombros. Posso dizer que não conheço esse corpo, afinal jamais percorri essas curvas. Jamais.

Observo seus lábios e me perco no passado. No nosso passado. Na primeira vez que a vi, seus lábios estavam pintados de vermelho assim como estão neste momento. Não posso negar, sua boca é minha pior ferida. Eu tenho vontade de tocá-la com minha língua somente para sentir o gosto do seu sangue.

Achei que estava curado, porém ao vê-la, continuo doente. E exatamente que nem um viciado dou alguns passos e caminho em sua direção. No entanto me esquivo da sua visão. Não quero que ela me veja, quero que Isabelle sofra as consequências sem poder enxergar as causas.

Assim que estou perto o suficiente das suas costas, retiro minha fiel arma do cós da calça e a pressiono no seu pescoço. Simultaneamente a seguro com a força do meu braço e tampo sua boca. Ela tenta escapar, então uso uma das minhas pernas para impedi-la. Aproximo meu rosto do seu ouvido e com a voz embargada, eu digo, alto e claro:

  —  Eu devia te matar, mas matar você é a mesma coisa que cometer um suicídio. E eu não quero acabar com sua dor assim como não quero acabar com a minha. Eu quero que a gente sinta, abelhinha.

Tradução do título:

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