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Acordei já passando mal, ontem eu não comi basicamente nada, só experimentei o tal sushi que Breno me ofereceu. Eu sei porque tô assim, mas não pretendo contar a nenhum deles, vou tomar uma das minhas vitaminas e já estarei melhor.
Meus pais, antes de me deixarem me deram um tipo de vitamina em comprimido, mas já está no finalzinho.Assim que eu encontrar uma farmácia vou ver se consigo pegar mais.

A casa da árvore dos meninos é grande, fica entre duas amores e está suspensa por cordas também, ela está cheia de pó, nada que uma faxina não resolva, Hayle parece enjoada com tanto pó espalhado, Hayle é perfeccionista. Andrew sussurra. Mesmo estando do jeito que estamos ela ainda se preocupar com limpeza, chega a ser engraçado. Mais é bom uma pessoa que se preocupa com nosso bem estar

-Bem, aqui não tem quartos, então vamos arrumar alguns colchões edredons na casa da minha tia se tiver algo lá dentro na verdade. -Niel diz já descendo a escada de cordas.
-Espera, onde vamos arrumar colchão? -Pergunto antes do mesmo descer.
-Tem uma loja de colchão aqui perto, eles costumavam a doar os que estavam estragados ou não eram comprados para os moradores de rua, se derem sorte eles ainda fazem isso. -Niel sai disparado pela floresta, a caminho da casa de sua tia.
- Ainda não entendi. -Falo me virando para os outros.
-Venha comigo, Analu, Andrew, você também. - Chamou Nolan descendo da casa da árvore.

Niel tava certo, eles ainda estavam doando, só que envés de sair distribuindo, eles deixavam uma pilha na parte da frente. Niel disse que antigamente eles saiam a procura dos moradores de rua, mas agora pararam, pelo jeito. Pegamos 4 coxão de solteiro e 1 de casal. Já vai ajudar.

Quando chegamos na casa estava tudo diferente, Hayle e Julie, tinham limpado o que podiam com uma vassoura velha que tinha ali, Breno as ajudou movendo uma mesinha e algumas cadeiras que tinha ali.
Colocamos os coxão em cantos da casinha, vamos usar como sofá também.

-Como foi que vocês construíram tudo isso? - Andrew Pergunta.
-Nosso pai nos ajudou quando éramos mais novos. -Nolan fala com calma, Nilo tinha 18 anos e Nolan 16, mal sabia eu que ele era mais novo que eu, ele tinha um jeito de dominante, ou seja, parecia mais velho.
-Quanto tempo demorou para arrumar tudo. -Breno pergunta.
-Demorou 2 anos para ela ficar como tá agora. Ah sim, se vocês subirem no telhado e escaparem um pouco mais a árvore chegam no nosso mini forte.- Nolan responde rindo.
-Nossa, quanta força de vontade para ter essa casa em. - Falo dando um sorriso e Nolan também ri.
-Realmente, é a única memória ainda viva que tenho com meu pai. - Ele diz se sentando em um dos coxão.
- O que houve com seus pais? - Pergunto e Nolan me encara. -Desculpe, não precisa responder.
- Ah, tudo bem, uma hora você vai descobrir. Meus pais se separaram quando eu tinha 5 anos, ficamos com nosso pai, quando tinha 13 ele morreu, então eu e Nilo fomos para a escola interna, que parece mais um orfanato. -Ele diz e dá uma risada forçada.
-CHEGUEI. -Nilo entra na casa aos berros.
-Bem-vindo, seu gueludo.- Julie fala com uma cara de 'Cala a boca'.

Tem uma praia aqui na cidade, Nilo e Nolan estavam animados em ir ver, já fui em praias artificiais, nunca vi o mar, e se for o mar, com certeza irei ficar ipnotzada.
Minha barriga dói, não de fome, ou caganeira, mais de cólica, merda. Agora?

-Julie. -A chamo e ela me olha.
- que foi? - Ela diz se aproximando de mim.
-Estou com cólica, você têm remédio e absorvente? - Pergunto meio envergonhada.
-Ah, remédio eu não tenho, mas absorvente podemos ir comprar. -Ela fala pegando um pouco de dinheiro.
-Ta bom, você vai comigo?
-Vou sim, não se preocupe. Quer que eu chame a Hayley?
-Se ela quiser ir. - Falo e Julie assentiu, Hayley não quis ir então fomos só nos duas mesmo.

Tinha uma mercearia uma quadra depois da pequena reserva. Pegamos o que precisávamos. Logo eu pensei. E o banheiro, eu não tinha visto um banheiro lá não, e não quero fazer nada no mato.

Nilo fez um tipo de chuveiro com uma garrafa pet, realmente na casa tinha tudo, o banheiro era no tal forte, eles fizeram lá para que a casinha não ficasse fedendo. Achei inteligente e engraçado. Estamos entrando na camionete, vamos para a tal praia que o Nolan falou mais cedo.

Ansiosa estou.




Viver É Aprender. (REVISANDO)Where stories live. Discover now