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Primeiramente, olá povos e povas, estou lançando uma atualização dessa história, hoje eu estou postando o primeiro capítulo, a história não irá mudar, eu irei apenas adicionar mais conteúdo e mais informações na mesma, porém a essência permanece, vou tentar postar um por dia, agradecida, até o próximo.
Ass: NaomiHayano

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Meus pais costumavam me dizer que se apresentar é a coisa mais educada, a se fazer para uma pessoa que acabou de conhecer, então vamos lá. Olá meu nome é Analu, tenho 17 anos, e a partir de agora vocês vão conhecer minha história, não é algo bonito, passei por muita coisa desde que me conheço por gente, meus pais também, porém, não mais. Uma coisa que tem que ficar claro a partir daqui, é que eu sou uma pessoa doente, e eu estou ciente disto, mas infelizmente não consigo parar, não consigo mudar, não, não consigo, e aprendi da maneira mais difícil que talvez estarei sempre sozinha, seja fisicamente ou psicologicamente. Mais chega de enrolar vamos logo com isso hein.

Eu odeio mudança, principalmente quando se trata de escola, odeio o fato de me mudar para um lugar diferente, com pessoas diferentes, onde sempre tenho que começar do zero, mas dessa vez não terei aqueles que sempre estiveram do meu lado, meus pais. "Não aguentamos mais, você não quer ajuda, você não se ajuda, não dá, não dá". Foi o que disseram, e também sei que eles estavam ansiosos para que eu fosse logo embora, afinal a gente sente quando não é bem-vindo em um lugar ou quando está apenas atrapalhando.
Sabe para onde me mandaram? Um colégio interno, chamado The House Purple (A casa Roxa), que clichê. Eles deveriam ter me deixado em qualquer lugar, na rua,em um hospital, em um hospício, qualquer lugar menos aqui, odeio o fato de terem milhares de olhares em uma menina que parece um esqueleto, é assim que me chamavam nas outras escolas, meus pais se recusavam em me por em escolas especiais, muito caras, era o que eles diziam.

Bem aqui estou eu, em um quarto, onde eu vou apodrecer, porque sei que quando as aulas aqui acabarem meus pais jamais vão me aceitar de novo. Minha colega de quarto parece legal, estou aqui a 3 dias, e as únicas palavras que trocamos foram, Oi, Bom dia, boa noite. Não a culpo, afinal ela nem me conhece, e nem eu conheço ela, a única coisa que sei dela é que se chama Julie, que tem 16 anos, e está aqui a 1 ano.

Hoje teve aula de artes, ótimo adoro artes, posso me expressar com ela e não sou nada mal com os desenhos. Estou sentada na cadeira perto das janelas, junto com os outros presos que chamamos de alunos.

–Que lindo desenho senhorita Criss, o que representa?.- Pergunta a professora de artes Luara.
–Significa paz, e liberdade.- Respondo baixo. Eu desenho um paisagem aberta com um pôr-do-sol destacado e alguns pássaros voando até ele.
– Incrível. Amei.

A professora continua passando pelas outras mesas, olhando e elogiando outros desenhos.

A garota Yara como sempre me encara, qual o problema com essa menina, ela me encara a aula toda parece que tem ódio apenas da minha existência, nunca nem falei com ela, estranha. Estou esperando o dia que ela vai dizer o que eu fiz para eu mesma poder rir na cara dela ou quem sabe lhe dar um bom tabefe, não tenho nada a perder mesmo e preciso descontar minha frustração em alguém ela parece ser a pessoa certa.

–Podem terminar amanhã, a aula acabou, está na hora do almoço podem ir.- Assim que a professora Luara termina de falar o sinal do almoço toca.

Sentada sozinha, de novo, e parece que isso incomoda alguém. Yara, veio na minha direção e parou na minha frente, ela me encarou de cima a baixo, e eu me segurei pra não rir.

–Hein você sabe que eu sento aqui né.- Ela diz me encarando com cara de nojo.
–Sério? Mas, seu nome não está em nenhum lugar.- Digo bufando.
–Haha muito engraçada, anda sai daí antes que eu arranque essa vassoura que você chama de cabelo.- Ela diz se aproximando
–O que vai fazer? Vai me bater? Bate pode bater.- Digo e ela bufa, porém antes que ela diga algo alguém atrás de mim me puxa pelo braço.
–Chega disso Yara.- Julie, minha colega de quarto, com uma mão no meu braço e a outra na cintura.
–Sai daqui Julie ninguém te chamou.– Yara encara Julie.
– Você não ouviu a Julie, já chega.– Diz um rapaz alto e moreno atrás de Yara. Assim que ela vê o garoto, ela revira os olhos e parece ficar mais irritada.
–Olha, teve que se intrometer também é Andrew. -Yara diz para o rapaz
–É melhor você não mexer mais com essa garota, se não você sabe o que acontece. -Andrew fala. –Vem Julie traz sua ela.
–Vamos.- Julie me chama e eu vou com ela.

Vou com eles até a escadaria do colégio. Eles param e me encaram.

–Ahm... Obrigada por me ajudarem, mas eu estava bem.- Digo olhando para os dois.
–Estava quase apanhando Analu.- Diz Julie.
–Eu sei, mais eu também ia bater e não me importo.
–Então tá bom garota valente, quer vir com a gente?- Pergunta o Andrew, sorrindo de lado. – Quero dizer, almoçar com a gente.
–Ah, tá pode ser.-Digo e eles riem.
– Ah sim, meu nome é Andrew.
–Eu sou Analu.

Eles me levam até uma sala que era no final do último andar do colégio. Jules me disse que essa sala não era ocupada, a não ser por eles agora. Ao entrar dou de cara com outros 3 meninos e uma menina.Dois deles eram loiros, tinham olhos claros, um tinha os cabelos lisos e o outro era mais ondulado e era até o ombro. O outro garoto era moreno, seus cabelos eram bem cacheados, e os olhos escuros.A menina era ruiva, tinha sardas e olhos castanhos claros, ao entrarmos ela deu um sorriso ao ver Julie e Andrew, todos me deram um olhar confuso.

–Pessoal essa é a Analu.- Diz Julie apontando para mim. Eu aceno com a cabeça.
– Olá -digo, sinto meu coração disparar, odeio conhecer gente nova fico muito nervosa.
– Olá, eu sou Breno. -Diz o moreno.
–E eu sou Nolan, esse é meu irmão Niel.-Diz o loiro de cabelos compridos.
–É um prazer.- Diz Niel.
–Oi, eu sou a Hayle.-Diz a menina.
–Prazer em conhecê-los. - Falo dando um sorriso.
–VAMOS COMER.- Grita Julie, eu dou um pulo de susto, e em seguida uma risada abafada.

O tempo do intervalo passamos ali também, foi divertido e bem animado, fazia tempo que não ria tanto.
Eles me trataram super bem, foram gentis, e legais, eu tomava susto de vez em quando, Julie e Hayle, eram bem animadas e disseram que eu era muito tímida, bem eu acabará de conhecê-los, eu sempre ria com os meninos quando elas soltavam alguns berros, principalmente Julie. Eles pediram para eu entrar em seu grupo de amigos, eles disseram que só tinham eles, e que me acharam legal, que eu era muito calma, mais iriam me fazer me soltar mais, eu disse que por mim estava tudo bem.
Bom talvez eu devesse dar uma chance a eles já que vou ficar aqui por um bom tempo.

  Continua...

Viver É Aprender. (REVISANDO)Where stories live. Discover now