Capítulo 18

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- Irmã?! – Dissemos ao mesmo tempo.

O médico então tomou a frente.

- Heiley, eu sou o Dr. Henrique. Qual é a ultima coisa que você se lembra?

- De jantar com meus pais.

- Qual é o seu nome completo? – Ele pergunta.

- Heiley Hernandes Cardoso.

- Qual o nome dos seus pais?

- Valter e Eduarda.

- Do que mais você se lembra?

- Especifico só dos meus pais.

- Você não se lembra de mais nada?

- Não. Tudo é um borrão. – Ela franziu a testa.

- Tudo bem. Você precisa descansar.

Ela assentiu com a cabeça.

Eu estava paralisada, encarando ela, me segurando para não chorar. De repente sinto alguém me levando para fora.

- Tudo bem Alana? – O Valter me pergunta.

- Ela... ela... – Gaguejei. – Ela não se lembra de nada?

- É o que parece, mas é temporário e com a sua ajuda ela vai lembrar.

Eu sorri, mas um sorriso triste.

- Agora vamos, vou te levar para casa.

Concordei.

Quando cheguei em casa todos estavam na sala. Assim que entrei, acho que pela cara que eu estava, eles ficaram preocupados.

- Ela ainda não acordou? – Minha avó perguntou.

- Acordou. – Respondi.

Eles ficaram felizes.

- E por que você esta com essa cara?

- Ela acordou, mas só se lembra dos pais dela.

- Meu Deus! – Minha vó e minha mãe disseram juntas.

- Mas é só uma questão de tempo filha. – Meu pai disse me abraçando. – Logo, logo ela estará aqui contando suas "aventuras" de quando eram pequenas.

- É. – Tentei abrir um sorriso. – Vou para o meu quarto.

- Não quer comer nada? – Minha mãe perguntou.

- Não. Estou sem fome.

- Tudo bem.

Todos me deram um abraço e eu subi para o quarto. Ouvi eles murmurando algo sobre mim, mas não quis voltar para ouvir.

Quando entrei no quarto fechei a porta e me joguei na cama. A cena do hospital ia e vinha na minha mente. Tentei me distrair com várias coisas, mas uma vez ou outra e me pegava com a cena do hospital na minha cabeça.

Olhei no relógio e já era dez da noite. Eu estava cansada e resolvi dormir. Mas por mais que eu estivesse com sono não consegui dormir.

Era meia-noite e pouca quando meu celular acendeu. Era uma mensagem do Soren.

Soren: Eu estou ficando louco sem noticias. Dê um sinal de vida.

Eu: Ela acordou.

Soren: :) Finalmente, já estava na hora.

Eu: Mas...

Soren: "Mas..." o que? Eu não gostei de "mas..."

Eu: Ela só se lembra dos pais dela.

Você se lembra de mim?Where stories live. Discover now