Safe & Sound/ 1

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"-Rainha Elsa, não sejais o monstro que eles pensam que sois."
Ao ouvir aquelas palavras, Elsa parou de atacar os guardas do duque e tomou finalmente consciência do que estava prestes a fazer. Ele tinha razão, ela era vista como um monstro e agora estava a agir como um.
Entretanto, um dos guardas agarrou na sua arma e apontou-lha ao peito. Ao ver isto, Hans correu rapidamente para o guarda e apontou a arma para cima. Mas por que é ele a salvou se o seu objetivo era tê-la morta? Afinal, se ele não a tivesse salvado, o seu objetivo estava cumprido e ele nem tinha sujado as mãos, para além de que aquele inverno acabaria e ele podia finalmente ser rei. No perciso momento em que a seta foi para cima, atingiu um grande candelabro de gelo, que estava prestes a cair em cima de Elsa.
Ao tentar fugir, Elsa reparou que o outro guarda lhe tinha lançado uma seta à sua capa, fazendo-a ficar presa ao chão.
Ao ver que Elsa estava incapacitada de fugir, Hans reagiu por impulso e correu até ela, empurrando-a para o lado o que fez que os dois caíssem no chão. De repente, um grande estrondo foi ouvido e ao abrir os olhos, Elsa vira que quando a candelabro caíu, formou-se uma espeça camada de gelo que os separava dos guardas do duque.
-Estás bem?- perguntou Hans a Elsa ajudando-a a levantar-se.
-O teu braço!- exclamou Elsa, vendo sangue escorrer pelo braço direito de Hans- Porque é que me salvaste? Eu sou um monstro e um perigo para Arendelle, como tu próprio disseste.
-Eu não podia apenas deixá-los matar-te.- admitiu Hans, não percebendo porque tinha voltado a salvá-la, acabando ainda por cima a sangrar.
-Desculpa pelo teu braço.- desculpou-se ela arrependida por o ter magoado.
-Não te preocupes com isso.- disse ele, limpando o pouco sangue que ainda escorria pelo seu braço. Para ele, aquilo era só mais uma cicatriz numa centena de outras que tinham sido feitas pelos seus irmãos, e algumas delas por ele próprio.
De repente, o silêncio fora interrompido por armas a cravar no gelo. Os guardas do duque estavam a tentar desbloquear o caminho para poderem finalmente matar Elsa e prender Hans por ter traído Arendelle ao salvá-la.
-CORRE!!!- comandou Hans, agarrando na mão de Elsa e correndo com ela para fora do castelo.
-Nós vamos apanhar-vos!!- gritaram os guardas ao vê-los fugir.
Ao fugirem pela parte de trás do castelo de gelo, Hans e Elsa acabaram por ir ter ao lado de trás da montanha que era completamente desconhecido para os dois.
-O que é que vamos fazer agora?- perguntou Elsa quando os dois já se tinham afastado suficientemente do castelo.
-Nós temos de voltar a Arendelle.- afirmou Hans.
-Como é que podemos voltar?! Todo o reino me vê como um monstro!- retorquiu Elsa com medo de voltar.
-Rainha Elsa, porque é que não trazes de volta o verão? Por favor.- pediu Hans.
-Não vês? Não consigo.- respondeu Elsa com lágrimas nos olhos.
-Nós precisamos de alguém que te ensine a controlar os teus poderes.- afirmou Hans determinado. Mas por que é que ele continuava a ajudá-la?
-Não existe ninguém que me possa ensinar. A única solução que tive para os controlar nos últimos anos eram as minhas luvas, que me foram dadas pelos trolls.- disse Elsa.
-Trolls?- questionou ele sem acreditar que tais criaturas existissem.
-Sim, trolls.-repetiu Elsa -A sério, estás num reino em que a rainha tem poderes de gelo mas não acreditas em trolls?
-Bem, admite é difícil acreditar nisso, mas também eu já devia estar à espera.- admitiu Hans coçando a parte de trás de seu pescoço- Enfim... onde é que eles vivem?- perguntou ele.
-Numa clareira, mas eu só conheço o caminho de Arendelle até lá. E agora nem sei onde estamos.- disse Elsa.
-Bem, temos de encontar um caminho que nos leve até à clareira dos trolls.-afirmou Hans- E depois de eles te dizerem como acabar com este inverno, voltamos para Arendelle e salvamos o reino.
-E se eles não souberem o que fazer?- perguntou ela nervosa.
-A esperança é a última a morrer.- disse Hans.
-No meu caso já morreu à anos.- contradizeu Elsa, fazendo-o revirar os olhos.

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