Capítulo 18 - "Quase namorado".

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Naquele momento, Victoriano parecia estar um pouco relutante em conversar com Inês.

- Quando eu quis conversar com você, você disse que não era uma boa hora. - disse Victoriano. - Por que você acha que agora seria um bom momento, Inês?

- Bom, se você vai me tratar assim, então é melhor deixarmos pra outro momento. - disse Inês com a intenção de sair.

- Espere, Inês. - reconsiderou Victoriano. - Por favor, sente-se. - disse ele apontando o sofá.

Inês senta e Victoriano se senta quase ao seu lado.

- Bem, Victoriano, acho que você merece saber um pouco mais sobre mim. E eu preciso lhe explicar o que aconteceu mais cedo. - disse Inês.

- Inês, já disse que a mim não interessa se você estava se beijando com aquele... - disse Victoriano querendo se exaltar.

- Eu não estava me beijando com ninguém! Henrique me beijou a força! - disse Inês. - Será que não consegue diferenciar um beijo consentido de um beijo à força? - pergunta Inês se referindo ao beijo que tiveram e que ela correspondeu.

Victoriano fica em silêncio. Então Inês começa a lhe contar algumas coisas sobre sua vida. Coisas que ele não sabia e das quais não podia imaginar.

- E essa é toda história, Victoriano. Eu era tão feliz, pensava que era a mulher mais sortuda do mundo por ter um homem como Henrique ao meu lado. No entanto, o conto de fadas que eu vivia acabou no dia em que eu entrei naquele escritório e presenciei aquela cena deplorável! - disse Inês com os olhos marejados. - Eu me senti tão pequena, tão medíocre, sabe?... Me senti tão fraca por não não ter conseguido manter o amor do meu marido por mim!

- Inês, não diga isso. - disse Victoriano. - A culpa não foi sua. Aquele infeliz foi quem falhou! Como ele teve coragem de trair uma mulher como você?! - disse Victoriano indignado.

- Hoje, eu penso como você. Cheguei a conclusão, depois de muito chorar por causa do Henrique, que ele não merecia o meu amor. E que talvez...

- Talvez? - pergunta Victoriano.

- Talvez, o que eu sentia por ele, não fosse amor. Um deslumbre, quem sabe. Mas amor, não. - disse Inês.

Victoriano depois de ouvir tudo aquilo, entendeu a reação de Inês quando ele a beijara. Talvez o que Inês tivesse era medo de se decepcionar mais uma vez.

- Me desculpe, Inês. Por favor, me perdoe. Eu fui um idiota em ter te tratado daquela forma, mais cedo. - disse Victoriano. - Você tem toda razão em dizer que sou um grosseirão! Vivo "tropeçando nos cascos".

Inês esboça um leve sorriso.

- Eu vim aqui, Victoriano, porque estava me incomodando essa situação. Eu não queria que você pensasse mal de mim. - disse Inês.

- Eu nunca pensaria mal de você, Inês. - disse Victoriano. - É que o ciúme me cegou e...

- Ciúme? - disse Inês.

- Sim, Inês. - disse Victoriano segurando sua mão. - Fiquei com ciúme porque... Porque... - ele não sabia como dizer.

- Por que terminou o noivado com Carlota? - ela pergunta o interrompendo.

- Isso não é óbvio? - disse ele.

- Pra mim, não. - disse Inês.

- Terminei com ela porque não podia mais estar com outra mulher pensando em você. - disse ele.

Inês sentiu seu coração disparar.

- E eu fiquei com ciúmes porque gosto de você, Inês. Gosto muito. - disse Victoriano de uma vez.

Um Encontro Do DestinoWhere stories live. Discover now