Capítulo 16 - Se comportando como um cavalo.

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Victoriano olhava Loreto com um semblante de ódio e ressentimento.

- Mas como o mundo dá voltas, não é Victoriano? - disse Loreto.

- O que está fazendo aqui? O que quer? - perguntou Victoriano indo direto ao ponto.

- Calma, meu amigo! - disse Loreto com ironia. - Eu regressei à cidade, depois de alguns anos fora, e resolvi visitar velhos amigos acertar velhas contas.

- Não somos amigos, e sabe muito bem disso! - disse Victoriano com a voz alterada.

No carro, as meninas estranharam. Não podiam ouvir direito a conversa, mas perceberam que seu pai ficara agitado.

- Por que o papai tá tão bravo, Dianita? - perguntou Ana.

- Eu não sei, pequena. - disse Diana.

- E quem é esse homem, afinal? - pergunta Catarina.

No portão, Victoriano e Loreto ainda conversavam.

- Acho que devia ter ficado onde estava, Loreto. Não há nada pra você aqui. - disse Victoriano secamente.

- Engano seu, Victoriano. Você tem algo que me pertence, e você sabe. - disse Loreto.

O sangue de Victoriano ferveu. Como se ele já soubesse do que se tratava. Ele pensou em partir para cima de Loreto, mas nessa hora Diana sai do carro. E Victoriano se detém.

- Pai? Temos que ir. Tá ficando tarde. - disse ela.

- Olá, Diana. Como vai? - disse Loreto a cumprimentando - Você ficou tão bonita quanto sua mãe.

- O senhor conheceu a minha mãe? - ela estranha.

- Diana, entre no carro. Nós já vamos. - ordenou Victoriano.

- Sim, papai. - ela o obedece prontamente.

- E você, Loreto, fique longe da minha família, ou não respondo por mim! - disse Victoriano.

- Nunca tive medo de você, Victoriano. Por que começaria agora? - desafiou Loreto.

Victoriano se aproxima lentamente de Loreto.


- Porque pela minha família, pelas minhas filhas eu sou capaz de tudo, ouviu bem? De tudo! - disse Victoriano. - Agora, tire o seu carro da frente do meu portão antes que eu passe por cima dele com você dentro! - disse Victoriano se afastando.

Loreto sente que conseguiu desestabilizar emocionalmente Victoriano, então vai embora. Dentro do carro, as meninas ficaram curiosas.

- Quem era seu amigo, pai? - pergunta Diana.

- Ele não é meu amigo. - respondeu Victoriano com rispidez. - Ele não é ninguém.

- Então por que ficaram conversando tanto, se ele era ninguém?- pergunta Ana inocentemente.

- Eu já disse que ele não era ninguém! Pare de me fazer tantas perguntas, Ana! - disse Victoriano esbravejando.

Ana ficou assustada. Seu pai nunca havia falado daquele jeito com ela. Até suas irmãs estranharam a reação dele. Que permaneceu em silêncio todo o caminho.
Ao chegarem na cidade, Victoriano as deixou em frente à clínica veterinária.

- Querem que eu vá com vocês? - ele pergunta à Diana.

- Não precisa, conhecemos o caminho, não se preocupe. - disse Diana um pouco arredia.

Victoriano percebeu o jeito da filha, e sabia o porquê dela estar daquele jeito.

- Diana, eu sinto muito se fui grosseiro, eu...

Um Encontro Do DestinoWhere stories live. Discover now