Capítulo 17 - Ciúmes.

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Era inegável que Inês e Victoriano sentiam alguma coisa um pelo outro. Os olhares, as respirações, os batimentos cardíacos... Tudo. Seus corpos respondiam a presença um do outro, suas mentes pensavam um no outro, e seus corações aceleravam cada vez que estavam próximos.

- Inês, eu sei que você não veio aqui pra isso, mas... - disse Victoriano se aproximando de Inês. - Não acha mesmo que devemos conversar sobre o que houve?

- Victoriano... - disse Inês se afastando um pouco e ficando de costas para ele.

- Desde que te beijei, não consigo pensar em outra coisa. - disse Victoriano quase que cuspindo as palavras.

Inês se vira. A surpresa foi grande. Ele se aproxima novamente dela.

- E você? - ele pergunta. - Não pensa no que aconteceu?

- Penso, Victoriano. - disse Inês. - Só acho que... - ela faz uma pausa.

- O quê? - ele pergunta.

- Victoriano, você tem razão. Temos que conversar, mas não agora. Lembre-se de qual é a sua prioridade nesse momento. - disse Inês.

- Tem razão. Primeiro, preciso me desculpar com as minhas filhas. - disse Victoriano.

- Exatamente. - disse Inês.

- Mas promete que vamos conversar depois? - disse ele.

- Eu prometo. - disse ela com um leve sorriso.

Os dois foram onde as meninas estavam.

- Olá, meninas. - disse Victoriano sério.

- O pai. - disse Diana.

- Oi papai. - disse Catarina.

As duas responderam sérias, enquanto Ana ficava perto de Inês.

- Ana, querida, seu pai tem uma coisa pra falar com você. - disse Inês. - Com todas vocês, não é Victoriano?

- É. É sim. - disse ele se abaixando e ficando à altura de Ana. - Ana, princesa, eu quero lhe pedir desculpas pelo que aconteceu hoje de manhã. A todas vocês. - disse Victoriano olhando para as filhas. - Eu não devia ter descontado a minha frustração em vocês. - disse ele também olhando para Inês. - Vocês me perdoam?

Diana e Catarina abraçam seu pai.

- É claro que te perdoamos, paizinho! - disse Diana.

- Sim, papai. - disse Catarina.

Ana ainda estava calada.

- E você, pequena? - pergunta ele à Ana. - Perdoa esse seu pai ranzinza?

Ela abre um lindo sorriso e abraça seu pai.

- É claro que eu te perdôo, papai. - disse Ana. - Eu te amo.

- Eu também te amo, minha pequena. - disse Victoriano.

Inês fica muito tocada com a cena. O que a deixa ainda mais confusa sobre Victoriano. Como um homem pode se dividir dessa forma? Um homem durão, e até grosseiro, às vezes; porém, amável e carinhoso com as filhas. Era como se Inês tivesse conhecido dois homens completamente diferentes.

- O senhor também foi grosseiro com a Inês papai? - pergunta Ana.

- Sim, meu anjo. Mas ela já me perdoou, eu espero. - disse ele olhando para Inês.

Inês sorri.

Porém, aquele belo momento familiar é interrompido pela presença de Carlota.

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