Para, Kelsey, pare de pensar assim. Ele ainda é um assassino bipolar.
Eu me corrigi mentalmente.
Gemi.
Por que a vida tinha que ser tão confusa?
- Kelsey! – A voz irritante do meu irmão me chamou.
- O que?! – cuspi da pergunta. Não estava com humor para as suas besteiras.
- Carly está aqui! – Ele gritou de volta.
Fiquei imediatamente de pé, escancarando a porta e descendo as escadas, onde, de fato, Carly estava.
- Carly! – gritei, a puxando para um abraço apertado.
Carly era a perfeita distração de qualquer pensamento que envolvesse Justin.
Ela riu, me abraçando de volta.
- Hey, Kelsey.
- O que está fazendo aqui? – perguntei, lembrando que ela não sabe que eu estou de castigo.
- Por quê? Não posso visitar minha melhor amiga? – Ela me dirigiu um olhar surpreso com um sorriso divertido, me dizendo que só estava brincando.
Eu ri.
- Não, é claro que pode. Só… esqueça. – sacudi a cabeça.
Ela me olhou estranho.
- Ok? – Ela riu antes de entrar na sala de estar, onde Dennis jogava vídeo game.
- Vaza, perdedor. Carly e eu precisamos conversar. – apontei para atrás de mim, sinalizando a escada.
- Não. – Ele continuou jogando.
Eu ergui uma sobrancelha.
- Tem certeza? – caminhei até o seu Xbox, me abaixando até o botão – Vai dizer que eu não faria…
- Ok! – Ele pulou de pé, seus braços a sua frente, implorando para que eu não o fizesse.
Ele sabia que não deveria mexer comigo.
Sorri em vitória.
- Fora.
Ele revirou os olhos, pausando o jogo e subindo para o seu quarto. Eu me virei para Carly com um sorriso satisfeito.
- Sempre dá certo.
- Você é tão má com ele.
- Não, eu não sou. – me defendi. – Ou ele sai ou ele nos escuta. – dei de ombros, sentando ao seu lado no sofá.
- Tanto faz. – revirou os olhos para mim. Eu mexi nas unhas, esperando que ela começasse a conversa. Obviamente ela veio aqui por algum motivo, fora o fato de querer me ver.
Como esperado, ela começou a falar.
- Onde você foi depois da festa de ontem? Você, tipo, desapareceu!
- O que?! Eu estava procurando você! – a dirigi um olhar incrédulo. Eu podia jurar que meus olhos iam cair das órbitas.
- Quando?
- Exatamente! – joguei as mãos no ar. – Você nem sabe quando. Para onde você foi? Eu estava tentando encontrar você e você tinha me deixado.
- Eu não deixei você! Eu fui ao banheiro.
- Como você foi ao banheiro? Não estávamos em uma casa!
Ela congelou, fechando a boca antes de corar e olhar para baixo, envergonhada.
"You're crazy, you know that?"
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