- Obrigado, você também está lindo, vamos?

- Sim. - ele disse dando partida no carro.

Chegamos na boate e todos já estavam lá, fui dançar com as meninas logo de cara enquanto os meninos foram buscar bebidas pra gente. Ficamos dançando como loucas até cansarmos, os meninos apareceram com as bebidas e nos entregaram. O Eduardo também estava lá, a Victoria também, mas ela não estava bebendo. Bebi minha caipirinha de uma vez só, cheguei a ficar um pouco zonza.

- Gente vou no banheiro retocar a maquiagem. - falei passando a mão na testa que estava puro suor.

- Vai lá. - Ana disse tomando um gole da sua bebida.

Fui até o banheiro e peguei a maquiagem dentro da minha pequena bolsa de mão e retoquei em frente ao enorme espelho que tinha ali, aproveitei pra usar o banheiro e saí dali.

- João, você por aqui? - perguntei no meio da multidão.

- Vim me divertir também. Não posso? - perguntou com a famosa voz de bêbado.

- João, você está bêbado.

- Ali, eu quero fazer uma coisa.

- Você tem é que ir pra casa agora. - falei autoritária com a mão na cintura.

- Não tenho não. - falou se aproximando de mim.

Passei seu braço pelo meu ombro pra ele se apoiar, já que o mesmo estava cambaleando de um lado pro outro, mas fui surpreendida com seus lábios nos meus. Por um momento não sabia o que fazer e não tive reação, no outro momento já estava empurrando o João e olhando pros lados. E em um dos lados vi o Fernando indo em direção a saída da boate.

- FERNANDO. - gritei e saí andando atrás dele sem me importar com o meu primo - Dá licença por favor. Licença. - pedia pras pessoas na minha frente.

Cheguei na porta da boate mas o carro do Fernando já estava saindo derrapando. Droga, droga e droga! Entrei novamente na boate e encontrei meus amigos.

- Gente, vocês sabem onde o Fernando foi?

- Não. - respondeu Maurício.

- Ele saiu atrás de você. Disse que estava demorando. - Eduardo comentou.

- Ah, claro. - falei preocupada, tinha que ir atrás do Fernando mais como?

- Aconteceu alguma coisa Ali? - Lena perguntou e eu balancei a cabeça negando.

Depois de alguns minutos ali ouvindo meus amigos conversarem senti meu celular vibrar dentro da bolsa. Saí da boate e fui atender o mesmo, era o Fernando.

- Alô. - falei após atender.

- Quem está falando? - perguntou uma voz grossa do outro lado da linha.

- Eu quem pergunto. Quem está falando?

- Olha só, esse é o celular de um homem que sofreu um acidente, e a senhorita foi o último número que ele ligou. Achei o celular dele no meio da pista e resolvi ligar pra avisar.

Meu coração parou ao ouvir aquilo. O Fernando sofreu um acidente? Como isso aconteceu em questão de minutos? E a culpa era toda minha.

- Isso é algum tipo de brincadeira? Porque se for sinceramente não tem nenhuma graça. - falei nervosa.

- Senhorita eu nao estou brincando. - o homem disse e eu ouvi um barulho de sirene do outro lado da linha - A ambulancia já chegou e eles vão levá-lo para o hospital central da cidade.

O Destino Where stories live. Discover now