Cap. 5

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Renato*

Se passaram dois anos desde que Renato havia visto Lívia pela última vez. Dois anos estudando na Itália. Era a hora de voltar ao seu país e procurar por sua amada, esta que ele nunca esqueceu. Começou com um namoro de verão e se distanciaram quando a relação iria tomar um rumo certo. O tempo só fez Renato pensar cada vez mais em Lívia.

Mais por onde começar? Até onde ele sabia Lívia cursava Faculdade de Publicidade e Marketing no Rio de Janeiro e morava com seus pais. Iria começar por sua casa então. Pensou Renato. Ele não sabia que algumas coisas haviam mudado na vida de Lívia.

Aos 19 anos Renato (foto acima) voltou para o Brasil, conversou muito com seus pais e avós e iria fazer Administração por hora e mais tarde com o tempo viria à estudar e se ater aos negócios da família. No entanto para Renato a vinícola era algo que não lhe prendia a atenção.

*Lívia*

Lívia agora com 18 anos, vivia com seu pai, sua irmã e sua avó. Desde a separação de seus pais a vida de Lívia mudou de rumo. Resolveu que já não gostava de Publicidade e Marketing, não queria a mesma profissão que seu primo Fernando. Mais seu pai à convenceu de retomar este curso posteriormente.

Lívia agora fazia Faculdade de Cinema e Fotografia.
Pensava em Renato de vez em quando... de que tudo poderia ter sido diferente.

Quanto à Fernando, Lívia nunca disse o que ocorreu à ninguém. Ele iria pagar mais cedo ou mais tarde. Ela acreditava nisso, porém nunca desejou o seu mal.

*Fernando*

Fernando continuava vivendo sua vida intensamente. Porém já sentia um leve arrependimento com o que fez com sua prima, que agora o evitava ao máximo. Lívia se fechou para o mundo e ele sabia qual era a causa disso.

As vezes se pegava à olhar o mar batendo nas pedras com força como se estivessem batendo nele para a realidade. Lembrava de quando a pegou no colo pela primeira vez, quando à levava à pracinha para brincar, das festinhas das irmãs(ãos. ) de seus amigos na qual sempre à levava como se fosse sua própria irmã, quando jurou protege-la de todos que tentassem fazer mal à sua linda priminha. Iriam se ver com ele.
Agora ele era um monstro; aquele que ela tanto confiou e à fez tanto mal. Como iria protege-la de si próprio? Agora somente respeitando seu espaço.

Fernando descobriu que estava com um problema sério de saúde (Leucemia), não tinha irmãos... agora era esperar na fila de transplantes por um doador compatível, o que o fez repensar seus atos, agora já não importava mais chorar pelo leite derramado. Sentia ódio de si próprio. Sua linda menina não falava com ele nem por telefone, sempre achava um meio de fugir dele. Sentia que estava começando à pagar.

Lívia *

'Que semana puxada - Pensou Lívia.
Agora só preciso de descanso.'

Estou deitada em minha cama quando ouço vozes vindas da sala, até aí tudo bem... Mais tem choro também e conheço bem a dona deste choro. É minha avó! O que será que aconteceu para a Dona Laís estar chorando?

Decido ir até a sala, quando estou chegando lá ouço o desabafo e choro de minha tia. Decido não entrar na sala, vai que a peste do meu primo está por aí... Não quero encontrar com ele, e se encontrar que seja breve, pois não tenho estômago para ouvir sua voz, quem dirá olhar para ele.

Permaneço ali por alguns minutos o suficiente para saber que a peste do Fernando não está na minha casa. Mais pelo o que entendi o motivo do choro tem haver com ele, decido me interar do assunto sem me aprofundar no mesmo.

Entro na sala e vejo meu pai consolando minha tia e minha irmã fazendo o mesmo com minha avó.
Tá bom agora fiquei realmente preocupada. Não sei o que se passa, mais deve ser grave pois meu tio não está no local. Não queria me envolver, no entanto é a minha família sofrendo ali e preciso saber o que se passa.

Lívia : - O que está acontecendo aqui?
Todos me olham, mais ninguém fala nada.

Caminho até minha tia e à beijo na face. Vejo que está nervosa, acaricia meu rosto e meus cabelos e volta à chorar.
Decido ir até a cozinha e trazer um copo de água com açúcar para todos. Volto com uma bandeja com copos e uma jarra com açucareiro e colher. Sirvo à todos. Até papai bebe um pouco. O assunto deve ser sério mesmo. E aposto que tem o dedo podre do Fernando aí.

Com mais calma meu pai e minha tia me relatam que Fernando foi diagnosticado com Leucemia e que não está aceitando o diagnóstico. Saiu do consultório e meu tio foi atrás dele com medo que ele faça alguma loucura. É que por ser filho único as chances de um transplante são menores.

Agora entendo toda angústia deles. Embora ele tenha acabado comigo não desejo o seu mal. É tão confuso... afinal ele é um ser humano (monstro mais é um ser humano). Claro que quero que ele pague pelo que fez comigo. Não consigo levar nem um namoro à sério por mais de duas  semanas, pois quando passa a fase do amaço, sei que os rapazes irão querer sexo e não estou pronta para isso ainda. Que ódio que sinto!
'Ninguém nunca soube nada, mais o castigo veio à cavalo.'

Depois de muito ouvir, vou para o meu quarto e decido dar uma volta pelo shopping e pela praia. O mar sempre me acalmou.

Tomo um banho, cabelos soltos, visto uma bermuda jeans, uma blusa branca por cima, coloco uma bota, um chapéu e pego minha bolsa ( meu estilo de se vestir decido eu, tô nem aí para quem me olha torto, amo meu visual ).

E assim saio de casa em direção à praia, depois vou ao shopping e almoço por lá mesmo. Não quero ver o Fernando, sei que ele vai lá pra casa.

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Mais uma indicação de livro top.
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Ondas de Emoções (PAUSA INDETERMINADA)Where stories live. Discover now