Capítulo 4 - Um primeiro dia de trabalho agitado!

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- É. Até que pra uma cidade pequena... Tudo muito bom!

- Bom dia!

- Ai! Meu Deus! - disse Inês assustando-se. - Quem é a senhora?

- Sou Margarida. Sua atendente.

- Sou a Dra. Inês Huerta. Muito prazer. - disse Inês se recobrando do susto e cumprimentando.

- É um grande prazer conhecê-la! A minha prima disse que você estava chegando. - disse Margarida.

- Sua prima?

- Sim. A Rosa. Você está morando na pensão dela, não é?

- A Rosa é sua prima? - surpreendeu-se Inês.

- Sim. Somos quase irmãs.

"Rosa. Margarida. É, tem a ver!" pensava Inês enquanto se divertia com a espontaneidade de Margarida.

As coisas corriam bem na clínica. Inês estava se adaptando muito bem. Até em como alguns moradores pagavam as consultas ou algum atendimento aos seus bichinhos.

- A senhora não precisa se preocupar. Foi só uma luxação na pata, seu cãozinho vai ficar bom. - disse Inês afagando o cachorrinho.

- Ai, Doutora! Muito obrigada! - disse a mulher. - Agradece a Doutora, garoto!

- "Brigado"! - disse o menino.

- Vai lá buscá o agrado da Doutora, menino! - ordenou a mulher.

- Imagina, senhora! Não precisa. - disse Inês.

- Faço questão, Doutora! - disse a mulher.

De repente, o garoto entra na sala com um saco enorme, e de dentro dele ele tira uma galinha.

- Uma galinha?! - disse Victória.

- Sim. Mas não é qualquer galinha, não senhora! É a melhor galinha do nosso galinheiro! Bota ovo que só ela! - disse mulher toda orgulhosa.

Inês achou aquilo um pouco estranho, mas não iria fazer desfeita com aquela senhora.

- Muito obrigada. Vou cuidar bem dela. - disse Inês.

Passou-se algum tempo quando Victoriano chega à clínica. Além de muito impaciente, digamos que Victoriano se achava no "direito" de passar na frente dos outros.

- Bom dia. - ele cumprimenta a todos de forma séria.

- Bom... Bom dia, Sr. Santos. - disse Margarida com certo receio.

- Diga para o Doutor que Victoriano Santos está aqui e quer vê-lo.

- Sim, senhor.

Margarida avisa para Inês que responde a seguinte coisa:

- Diga ao senhor Victoriano Santos que assim que eu terminar de atender as outras pessoas, eu o chamo.

Margarida arregalou os olhos.

- Com todo o respeito, Doutora... Mas a senhora ficou doida?! - exclamou Margarida.

- Por quê?

- Não se deixa um homem como Victoriano Santos esperando! - disse Margarida.

- E por que ele não pode esperar? - pergunta Inês.

- Ora! Por que se trata do Sr. Victoriano Santos. Uma das pessoas mais influentes de toda essa região.

- Quando você fala de influência, está se referindo ao dinheiro dele?

- Quer influência maior Doutora? - disse Margarida.

- Olha, Margarida, eu não sei como as coisas eram aqui com o Dr. Contreras. Mas enquanto eu for a responsável por essa clínica, o fato desse senhor ter ou não dinheiro, não vai ditar como as coisas vão funcionar por aqui. - disse Inês de forma enérgica. - Agora pode sair e dizer ao Sr. Santos que se ele quiser falar comigo, que espere como todos os outros. E faça o próximo entrar, por favor.

Margarida sai fazendo o sinal da cruz, pois sabia muito bem o que iria acontecer.

Fora da sala.

- A Doutora disse para o senhor entrar. - disse ela se referindo a outro senhor que estava sentado.

- Ei! - chamou Victoriano. - Você disse que eu estou aqui?!

- Sim, senhor. E ela disse que o senhor esperasse, pois ela vai atender as pessoas que chegaram primeiro. - disse Margarida com a voz trêmula.

- Espera um pouco!... Você disse "ela"?! É uma mulher que está atendo lá dentro?! - perguntou Victoriano.

- Sim, senhor. A Dra. Huerta.

- Pois saiba que ninguém diz a Victoriano Santos o que fazer! Principalmente uma mulher!

Tomado por uma indignação sem motivo, que se diga logo, Victoriano invade a sala de Inês.

- Quem você pensa que é pra deixar Victoriano Santos esperando?! - disse ele.

- Eu é que pergunto!... Quem o senhor pensa que é pra entrar na minha sala desse jeito?! Por acaso esqueceu sua educação em casa, ou nunca lhe deram?! - rebate Inês.

Os dois tinham fogo nos olhos. De cara Inês percebeu que Victoriano era um homem rude. E a primeira impressão de Victoriano sobre Inês, era que ela não era uma mulher como as outras.

Um Encontro Do DestinoWhere stories live. Discover now