Mas mando logo uma carta
por vocês neste momento
onde meu filho verá
que em grande tormento
por saber que minha nora
está nesse sofrimento.Quando a carta estava feita
Rosa estava preparada
e acompanhava o mano
partiu em marcha apressada
pretendendo tomar a barca
às quatro da madrugada.
Assim que os dois embarcaram
o remador que sabia
remou para Mamanguape
com prazer e alegria
aonde chegaram em paz
na manhã do outro dia.
Quando no ponto saltaram
Rosa com o irmão dela
encontraram dois cavalos
um pro Mano e outro pra ela
e um para o bagageiro
com cangalha e não com sela.
O irmão montando Rosa
ela disse: eu entendia
que por porto a Mamanguape
meia légua não seria!
lhe disse o irmão: é longe...
e montou sem mais porfia.
A cavalo em Mamanguape
chegaram ligeiramente
disse o irmão para Rosa:
isso aqui e S. Vicente
o bagageiro afirmou
e logo tomou a frente.
Da cidade Mamanguape
Rosa nada conhecia
e por isso acreditou
no que o irmão lhe dizia
e açoitando o cavalo
caminhou com alegria.Às dez horas se serviram
de doce com queijo e vinho
e ao pôr do sol, o irmão
a Rosa disse baixinho
Rosa, alviçares, chegamos
na casa de teu padrinho!
Rosa bastante espantada
lhe respondeu: é mentira
meu padrinho aqui não mora
e se mora me admira
eu ter vindo à Mamanguape
e me achar em Guarabira.Mas logo no mesmo instante
ouviu a voz do padrinho
que dizia duma porta:
viva! Chegou meu sobrinho
trazendo minha afilhada
pra sossego de agostinho!
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Literatura de Cordel
PoetryEsta história é uma literatura de cordel que conta sobre um lindo amor que vem desde a infância é muito muito linda essa história e nos ensina que nada é capaz de vencer o amor verdadeiro. Esta obra é de: José Camelo Melo