A MENINA DA MESA AO LADO

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#NO VIDEO ACIMA FALO SOBRE MINHA MANIA DE IMAGINAR HISTÓRIAS PARA AS CENAS E SITUAÇÕES QUE VEJO POR AÍ. FOI ASSIM QUE NASCEU O TEXTO DESTE CAPÍTULO

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Eu estava à toa, no intervalo entre uma aula e outra. Fazia um calor terrível e a lanchonete tinha pouca gente. Pedi um suco e sentei à mesa junto às três amigas que me acompanhavam.

O papo estava divertido. Era fofoca que não acabava mais. Ríamos bastante, as quatro, naquela mesa. Cada uma contando como tinha sido o dia anterior e reclamando do clima quente da cidade. Entretanto, enquanto as meninas falavam, acabei me distraindo com a mesa ao lado.

A garota devia ter uns 15 anos. Nem magra nem gorda, baixa, loira, olhos negros... Era bonita, mas estava chorando. Usava um vestido florido de cores claras e tênis que combinavam. Sentada sozinha a uma mesa de quatro lugares. Enquanto deixava as lágrimas caírem e mordia o lábio numa angústia sem fim, não cansava de checar o celular.

Ela desbloqueava, olhava por um tempo para a tela iluminada e logo bloqueava novamente o aparelho que tinha nas mãos. E, cada vez que terminava o ciclo, deixava um soluço escapar. Chegou até a apoiar o rosto em uma das mãos e olhar para o nada com uma expressão vazia...

Seu olhar na verdade era meio perdido... Não consegui deixar de especular sobre os possíveis motivos de seu pranto. Talvez tivesse brigado com o namorado e terminado o relacionamento. Não... Que tipo de babaca termina com a namorada por mensagem? Seria muita maldade.

Podia ter recebido uma notícia muito triste. Perdera alguém da família... Mas quem nessa situação entraria numa lanchonete, num lugar público para se derreter em lágrimas? Bom, eu não...

Não sei exatamente o porquê. Porém a agonia daquela garota me tocou. Queria ajudar de alguma forma. Entretanto era óbvio que não podia fazer nada. Levantar de onde estava e perguntar o que havia acontecido? Com a menina naquele estado? Talvez fosse o correto a se fazer. Mas não tive coragem...

Àquela altura eu já tinha até perdido o assunto da conversa em minha mesa.

— Vamos, Bru? – minhas amigas me chamaram e eu levantei. Mas, antes de sair, arrisquei olhar pra trás. A garota ainda estava lá, e observava nossa saída.

Olhei nos olhos dela e dei um sorriso, como quem diz que "vai ficar tudo bem". Com o rosto inchado e os olhos vermelhos ela tentou sorrir de volta. E então checou o celular mais uma vez voltando a soluçar...

Bruna Paiva

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Bjs da Bru e até o próximo domingo, com vídeo e texto novo!


Adolescente DemaisWhere stories live. Discover now