Capítulo 5 - Situações Inesperadas!

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O Gui conduzia até minha casa muito concentrado. Nós ainda não trocamos nenhuma palavra desde que entramos dentro do carro e isso já faz algum tempo. À medida que nos aproximamos da minha casa o meu coração parece bater ainda mais rápido. Eu sei que ele ficou desconfiado assim que viu os hematomas no meu corpo e também sei que ele não acreditou naquilo que eu lhe contei sobre a queda no banheiro. Se bem conheço o meu namorado, sei que ele não vai descansar enquanto não descobrir o que se passa comigo. Não sei se isso me deixa feliz, ou ainda mais preocupada.

- Chegámos! – Ele falou desligando o carro e eu suspirei.

- Obrigado pela boleia, Gui! Depois ligo-te mais tarde. - Eu falei tirando o cinto de segurança e inclinando-me para lhe dar um beijo, mas ele simplesmente afastou-se.

- Eu levo-te até à porta de casa! – Ele falou e saiu logo do carro deixando-me perplexa com a sua atitude. Eu saí do carro um pouco chateada e fechei a porta com alguma força.

- Eu sei o caminho até à porta da minha casa, Guilherme! – Eu falei irritada e ele ficou a olhar para mim durante um tempo, pois ele não gosta que eu o chame de Guilherme, na verdade ele não gosta que ninguém o chame assim.

- Primeiro não me chames de Guilherme, Beatriz. E segundo, eu simplesmente quero acompanhar a minha namorada até à porta de casa. - Ele falou decidido e eu contei até dez mentalmente.

- Gui, não há necessidade nenhuma. Tu vês-me a entrar daqui. - Eu tentei arranjar outra desculpa, mas ele está irredutível.

- Vamos? - Ele estendeu-me a mão e eu acabei por agarrar a mesma.

- Tu consegues ser muito chato quando queres. - Eu comentei e ele sorriu ligeiramente não dizendo nada.

Nós andamos até à porta de minha casa e reparei que ele olhava para todo o lado com cuidado, como se ele estivesse desconfiado de alguma coisa. Eu só espero que nada aconteça agora, eu não quero mesmo que ele se envolva nisto.

- Custou muito? - Ele perguntou-me assim que chegámos e eu suspirei.

- Obrigado, agora já podes ir. - Eu falei apressada e com receio. Ele ficou a olhar para mim profundamente e isso estava a começar-me a incomodar. - O que é que foi? - Eu perguntei-lhe.

- Não é nada! Apenas estou a tentar perceber porque é que a minha namorada quer tanto que eu me vá embora! – Ele falou e eu olhei para o chão sentindo-me culpada.

- Não é nada disso, amor! – Eu falei baixo e senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

- Então é o quê, princesa? – Eu senti ele chegar-se mais perto de mim e eu abracei-o com alguma força.

- Desculpa, eu não quero agir assim contigo. - Eu falei e ele depositou um pequeno beijo na minha testa.

- O que é que se está a passar, Bia? - Ele perguntou-me e deu-me uma imensa vontade de lhe contar tudo. Mas eu não posso.

- Eu tenho medo. - Eu falei baixinho e ele fez-me olhar para ele, levantando-me o queixo.

- Medo, do quê? - Ele perguntou-me e eu suspirei.

- De te perder, amor. - Eu falei e ele sorriu ligeiramente.

- Isso nunca vai acontecer, linda. Eu sei que temos discutido muito, mas tu és a minha miúda e eu adoro-te. - Ele falou e eu dei-lhe um selinho.

- Eu também, Gui. - Eu falei e ele sorriu. - Agora vou ter mesmo que entrar. Tenho que ajudar a minha mãe com umas coisas. - Eu falei e ele assentiu.

- Eu ligo-te mais tarde, então. - Ele falou e eu assenti.

- Até amanhã. - Eu dei-lhe outro beijo e ele retribuiu.

O Fruto do Nosso Amor 3Where stories live. Discover now