Capítulo 7

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Elisa pov

O quê que eu faço, ham? Ela respirava contra o meu pescoço e isso me deixava arrepiada.

Com essa sensação, surgiu um flash. E nesse flash Grazy entrava. Não conseguia perceber, mas tive a impressão que de que já vi ela antes do dia da festa na casa do Hugo.

Ela apertou minha cintura de leve e depois a soltou resmungando, puxou o cobertor até a cabeça. Tem como dizer não a uma coisa que você quer tanto, mas sabe que não pode? Na verdade tem vezes que sim e tem outras que prefiro usar o silêncio.

Ela abraçou minha cintura de repende por alguns segundos e logo me soltou. Bruscamente.

Grazielle Pov

Nessa noite eu consegui lembrar de Elisa, não uma lembrança normal, mas sim uma que eu sempre tentei esquecer. Eu fui colega dela de escola. Eu sempre tive uma queda gigante por ela, desde que esbarramos no corredor.

FLASHBACK ON

Eu tava super atrasada pra um teste e nesse momento eu não pensava em nada a não ser chegar na sala.

Então comecei a correr, ao fazer a curva que me levava até minha sala, vi uma silhueta, senti meu corpo bater em algo, e só dei conta do que aconteceu quando cai e ouvi um gemido ao meu lado.

Levei minha mão a cabeça por causa da dor que se instalava naquela região. Olhei para o lado e vi uma garota com as mãos na cabeça. Fiquei preocupada então fui até ela e estendi a mão pra ela e logo ela pegou.

- Você tá bem? - ela perguntou com a mão na cabeça.

- Eu quem devia perguntar. - ri.- Mas estou bem. E você ?

- Também. Só tô um pouco tonta.

- Desculpa é que... eu tô atrasada e...- falei com os olhos presos nela. Pude reparar que ela tem olhos castanhos, cabelos castanhos quase preto, sua pele clara e brilhante.

- Não faz mal. - ela me interrompeu. - Como se chama?

- Grazielle. - estendi minha mão pra ela, e não conseguia parar de olhar pra ela.- Prazer.

- Elisa. - ela apertou minha mão. Ficamos um tempo nos fixando.

Ela sorriu e ai eu me lembrei que tava atrasada, mas não queria sair daqui. - Ah. - ela baixou e começou apanhar os livros.

Eu baixei também e de repente minha mão tocou na dela, suave e delicada. Eu sorri, ela corou.

- Obrigada. - ela disse ainda corada, um pouco nervosa com a situação, mas não deixou de sorrir.

- De nada. - sorri. Fiquei olhando pra ela outra vez, ela corou violentamente e sorriu nervosa.

- Humm... você não tava atrasada?

- Ah esqueci. - dei um tapa leve na testa. - Quando posso ver você?

- Basta ficar atrasada e correr pelos corredores. - rimos. - Minha sala é ao lado da sua.

- Ok. - sorri. - Então vamos. - Mas espera se a sala dela é ao lado da minha porque ela tava correndo em direção oposta?

- Não é que. - ela olhou pra trás, como se tivesse fugindo de alguém. - Eu... é que... a-a-a gente se vê depois. - falando isso ela se retirou.

A partir dai eu e ela ficamos próximas, eu comecei a gostar dela de verdade, duma forma louca que não conscidia com minha idade. Uma vez, eu e ela fomos ao cinema e eu tentei beijar ela e desde aí, ela parou de falar comigo, só falou comigo uma vez que foi pra dizer que ela não gostava de garotas e que sentia muito.

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