Capítulo 4

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Elisa pov

Eu nasci em São Paulo. Meus pais, minha irmã e eu nos mudamos porque houve um "problema" comigo. Longa história.

A gente se mudou e veio pro Rio juntamente com a minha amiga, Camila. Que me ajudou bastante nessa mudança e se não tivesse com ela eu já taria enterrada. Camila tinha cabelo ruivo, olhos cinza-azuis, algumas sardas na região das bochechas, era mais alta que eu e a personalidade dela é incrivel. É uma das pessoas que mais admiro no mundo. Eu a considero como uma irmã mais velha, pois ela faz de tudo para me proteger, me ver feliz, mas também é desajeitada as vezes. Sempre que há uma festa, que ela sente que vai ser A Festa, como ela diz, meio que me arrasta pra ir. É uma espécie em via de extinção e que ainda tá sendo estudada.

Hoje a gente vai sair.

Eu já tava pronta. Camila e eu vamos numa festa no salão de festas do namorado dela, que é meu amigo, nome dele é Hugo. Eu estou exausta mas Camila é insistente e não aceitou um não como resposta.

Já havia pedido aos meus pais e a resposta foi: "sim pode sair, desde que não volte tarde". Difícil isso de acontecer, as vezes nem volto pra casa. É meio difícil não sair tarde de uma festa.

Fui até o quarto de Daniela e dei um beijo na bochecha da mesma que dormia. Minha relação com a minha irmã é tão boa, apesar de as vezes discutirmos, nós também temos os nossos momentos de bracinhos e noites de filmes. Lembro-me de quando era mais nova e que chegava em casa e ela vinha correndo, até mim, pra me abraçar e falar que tava com saudade. É bom saber que somos importantes para alguém.

Ela tem cabelos castanhos, um pouco mais claros que os meus, olhos verdes, é baixinha e tem 14 anos.

Assim que saí do quarto da minha irmãzinha, senti meu celular vibrando, com famoso toque de mensagem recebida. Era de Camila.

Guardei o celular na bolsa. Desci as escadas, fui até os meus pais e dei um beijo a um cada e saí de casa.

Olhei para um lado e nada de Camila, olhei para o outro e também nada.

Quando pego meu celular para ligar para ela, sinto alguém me puxando para trás, me fazendo chocar com seu corpo, minha respiração parou. Eu fiquei assustada, depois esse alguém me deu um beijo no pescoço, eu me arrepiei. E eu já tava pensando errado. Quando eu ia pra virar e gritar, essa pessoa virá o meu corpo.

Assim que meus olhos caíram sobre o corpo que havia me assustado, minha mão viajou para o rosto de Camila, dando um tapa na mesma.

- Sua puta, caralho, vaca de merda. - falei enchendo Camila de tapas. Instinto.

- Ai! Para. Epa, aprendeu com quem a chingar assim? - Camila falou rindo e segurando meus pulsos braços. - Para, isso dói.

- É pra aprender. - digo com raiva.

- Pronto, aprendido. - riu. - Vamos?

- Vamos! - falei ainda com raiva.

Camila não parava de rir o caminho até o carro. Chegando no mesmo, ela abriu a porta pra mim sorrindo, esperou eu entrar e depois fechou a porta. Deu a volta e foi para o lugar do motorista.

Eu ainda tava com raiva dela, e durante o caminho ela tentava me fazer rir. E por mais que eu tentava evitar ela, ela fazia algo e eu ria. Por fim acabei por perdoar ela e a mesma só sorria.

Quando chegamos, Camila parou o carro ao lado da casa. Ficamos olhando para a casa que tava completamente cheia de gente, luzes e uma música capaz de explodir tímpanos. Quando a pessoa bebe alguns copos esse tipo de som se torna uma música ambiental.

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