Capítulo 28 - 4 de outubro de 2015

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4 de outubro de 2015.

Eu ainda estava com os olhos fechados, esparramada de bruços na cama espaçosa e confortável, quando senti um cheiro de café forte invadir o quarto. Já tinha amanhecido e eu sabia que Camila já teria levantado, mas era domingo e eu estava com aquela típica preguiça matinal. Eu senti um peso ao meu lado no colchão e logo depois lábios quentes percorrendo minha nuca, junto com mãos suaves percorrendo minhas costas, por debaixo da minha blusa.

Cariño...- Camila me chamou entre os beijos, mas eu preferi continuar deitada. – Lo... – Ela insistiu e eu apenas soltei um suspiro pesado, afundando mais meu rosto no travesseiro. – Eu sei que você já está acordada, mi amor. – Ela disse deixando mais um beijo em minha pele.

—Não estou não. – Eu murmurei e ela soltou uma leve risada.

―Estou vendo, preguiçosa. – Ela brincou e eu sorri levemente, antes de me virar na cama.

—Bom dia, amor. – Eu disse me sentando na cama, enquanto esfregava levemente meus olhos.

Buenos dias, cariño. – Ela rebateu deixando um breve beijo em meus lábios.

—Acordou a muito tempo? – Eu perguntei calma, percebendo que ela ainda estava de pijama, mas tinha preparado uma bandeja de café-da-manhã.

―Não muito, fui fazer nosso café-da-manhã. – Ela disse dando de ombros.

—É disso que eu gosto... eficiência. – Eu brinquei pegando uma torrada para comer.

―Amo como você é sutil... e não precisava agradecer por eu ter feito o café, amor. – Ela disse irônica e eu soltei uma risada, deixando um breve beijo em seu rosto.

—Meu agradecimento eu posso deixar para mais tarde. – Eu argumentei perto do seu ouvido e ela soltou uma risada.

―Não tem nem dez minutos que você acordou e já está nesse fogo. – Ela brincou negando com a cabeça, enquanto tomava um gole de suco.

—É bom você se acostumar, ainda temos muitos anos de fogo pela frente ainda. – Eu brinquei de volta, continuando a comer.

―Mesmo? – Ela perguntou arqueando a sobrancelha e eu ri.

—Absoluta... pelo menos até quando eu não estiver precisando usar dentadura e bengala. – Eu falei torcendo a cara e foi a ver dela rir.

―Idiota... – Ela disse negando a cabeça.

—Eu estava pensando... como você imagina nosso casamento? – Eu perguntei naturalmente e ela desviou a atenção da bandeja com comida para mim.

―Não sei... quer dizer, nada muito extravagante, porque? – Ela devolveu a pergunta calma.

—Por nada, só quero que seja perfeito para você. – Eu disse dando de ombros e ela sorriu.

―Sabe que não me importo com festas ou nada do tipo... só de estar com você eu já estou mais do que feliz. – Ela afirmou deixando um beijo em meus lábios.

—Eu sinto o mesmo, mas uma comemoração pequena seria bom... É um passo importante nas nossas vidas e quero ter esse momento de recordação. – Eu disse calma, enquanto a puxava para mais perto de mim.

―Bem, uma cerimônia na praia seria interessante, foi onde tudo começou e podemos chamar nossos amigos mais próximos. – Ela comentou acariciando levemente minha nuca.

—Eu concordo, mas e a igreja que seus pais se casaram? – Eu perguntei interessada.

―Você sabe que nosso caso é diferente, amor... infelizmente. – Ela disse soltando um suspiro.

Mi Ojos Verdes - Camren -Onde as histórias ganham vida. Descobre agora