Capítulo 4 - Conhecendo o meu pesadelo...

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"Por que você traz ainda mais tormentos a uma mente já atormentada?"

Senhor do Anéis – As Duas Torres


Entramos na mansão, é ainda mais linda. Uma escada enorme, de mármore, e um lustre gigante. O piso também de mármore, dá para dançar e escorregar de um lado para o outro, vários quadros espalhados pelas paredes, vasos sem flores. Uma casa elegante e chique. Quando percebo tem três mulheres me olhando, vestidas iguais, e um homem com um terno formal.

- Esses são os empregados da casa. Gilberto, o mordomo.

- Essa é Grazielle, a cozinheira, muito querida por todos nós - Grazielle dá um sorriso amigável e eu retribuo.

- Essa é Celina, irá te ajudar com tudo o que precisar – César aponta para ela, que por sua vez também dá um sorriso meigo.

- E, por último, essa é Sílvia, a governanta da casa - César termina as apresentações.

Logo depois descem quatro mulheres e duas jovens meninas, mais ou menos da minha idade, junto com um garoto que parece ter a idade de Peter.

- Essas são Cristina, minha irmã, tia de sua mãe e sua tia - aponta para uma mulher que aparenta ter 40 e tantos anos. Ela não me cumprimenta, apenas olha de cima a baixo e dá um sorriso forçado.

- E Marcela, minha outra irmã, sua tia - uma mulher que parece ser a mais rígida e a mais velha de todas elas, até mesmo de César. Aperta minha mão em um gesto bem nobre e sorri gentilmente.

- Rozangela, minha prima – essa mais amigável, sorri e estende a mão acariciando uma mecha do meu cabelo.

- Rose, filha de Marcela, a irmã mais nova de Margarida, sua prima de segundo grau - uma mulher bonita, como Margarida, aparenta ser bem mais nova do que as outras duas. Sorri simpaticamente e me abraça. Sinto cheiro de bebida alcoólica, mas disfarço.

Depois César se dirige às mais novas, provavelmente são minhas primas.

- Essa é Maria, filha de Rozangela, sua prima de quarto grau - uma loira tingida aparentando ser mais velha do que eu. Olhos castanhos, pele bronzeada e sardas ao redor do rosto.

– Carlota, filha de Cristina, também sua prima – Carlota faz o mesmo que a mãe, olha de cima a baixo e sem se dar ao trabalho de cumprimentar apenas mostra um sorriso falso. Muda a atenção para Peter deixando-me levemente irritada.

– E seu primo de terceiro grau, Márcio, filho de Rose - ele dá grande sorriso e me abraça, o que assusta um pouco. É bonito, alto, olhos castanhos, como a mãe, pele bronzeada e cabelos escuros na altura dos ombros.

Depois das apresentações Margarida me leva ao "meu quarto". Tem uma cama de casal bem no centro encostada à parede, uma porta de vidro grande coberta por uma cortina branca lisa que vai até o chão. O quarto é todo branco com uma parede pintada de azul, uma prateleira cheia de livros, um bidê com um abajur do lado da cama e um armário grande. O chão é liso, de um mármore quase branco. Vou até a varanda que tem uma vista linda. Adorei, apenas por alguns dias, não para morar. Respiro fundo e vou ver os livros.

Margarida me deixou a sós. Alguém entra no quarto tentando não fazer barulho e fecha a porta lentamente. Carlota, a garota dos cabelos castanhos lisos, alta e bronzeada. Tenho que admitir que ela é bonita.

- Oi Carlota!

- Oi coisinha – ela diz desviando o olhar de mim para o quarto.

- Como é? – pergunto cruzando os braços.

A Filha De Romeu e JulietaWhere stories live. Discover now