Depois Que Tudo Acabou

Cap 5 : Aviso

De repente tudo fica escuro, ninguém na rua, apenas aquela brisa fria no meu rosto, não era tão tarde, onde estava todo mundo? Aquela sensação ruim. "Nossa que estranho, já era pra Mily está aqui!"

(...)

- Jenna, Jenna! - Minha mãe me acorda, com uma voz acolhedora.

À tarde parecia já está acabando, aquele ventinho leve, já estava meio escuro lá fora. Dava para ouvir a Tv ligada, era meu pai assistindo futebol, como sempre.

Mais aquele sonho, era meio assustador, esquisito não consigo explicar. Estou sentindo um aperto no meu peito, uma sensação estranha.

- Acho que dormir de mais!! - Falo em voz alta, já levantando da cama.

- Filha, vem comer alguma coisa! - Gritou minha mãe da cozinha.

Até que é bom ser filha única, por uns motivos e outros não, as vezes fico imaginando o que seria se eu tivesse um irmão ou irmã mais velha. Como meus pais reagiriam, ou os tratariam.

Assim que terminei de comer fui assistir Tv com meu pai, o jogo ainda não terminara, e eu fiquei com ele até o encerramento do mesmo.

Meu pai é um tipo de homem, que não costuma mostrar seus sentimentos, ele é muito fechado, mais minha mãe e eu sabemos, o quanto ele nos ama incondicionalmente, e nós à ele.

- Jenna, você vai assistir alguma coisa? - Diz ele me entregando o controle remoto.

Gosto muito de músicas e naquele horário, estava passando na MTV uns clipes.

- Claro que sim pai! - Digo, pegando o controle remoto, e mudando diretamente para o canal.

Meu pai segue diretamente para a cozinha onde estava minha mãe, ouço os dois conversando bem baixinho, como se estivesse falando algo pra mim não ouvir.

A cozinha não ficava tão longe da sala de jantar e dava pra escutar um pouco do que os dois estavam conversando, também já como não era pra que eu ouvir. Aumento o volume da Tv, tinha acabado de começar uma música que não tinha escutado ainda mais que parecia que tinha sido feita para mim, sabe quando o compositor compõe uma musica que parece que esta contando sua história, te dando uma indireta, pois é, essa música hoje passou à ser uma das minhas preferidas.

- " A gente nem ficou, mesmo assim eu não tiro você da cabeça." - Comecei a cantar assim que o refrão da música começou a tocar novamente, cantar não, gritar.

Confesso que Deus não me deu esse dom de cantar surper bem mais, minha mãe gostava, e o que as outras pessoas pensava eu não ligava.

A música acaba e baixo um pouco o volume da Tv, sigo diretamente para a cozinha, minha mãe está com uma cara de quem está escondendo algo e eles encerram o assunto.

- Mãe o que foi? Do que vocês estão falando? Porque não querem que eu escute? - Falo curiosa.

E simplesmente ela responde.

- Nada não filha, nada que você possa se preocupar, tudo bem? - Minha mãe fala suavemente.

Meu pai sai, e eu o sigo logo atrás, após ter tomado água.

- Paii, Paii! O que o senhor e mamãe estavam conversando?

Meu pai não costuma mentir pra ninguém, mais só repete o que minha mãe falou. Creio que eles não estejam me escondendo nada, espero que não.

Ao chegar na sala, continuo à assistir, mais lembro que esse horário Mily já deveria ter me ligado. Desligo a Tv, Corro para o meu quarto, e ligo para ela, mais chama, chama e ninguém atende. Então desisto, talvez quando ela ver as chamadas perdidas ela me ligue, queria muito conversar com ela, falar sobre aquele sonho esquisito que tivera, ela saberia dizer ou que significa ou interpretá-lo, como ela diz.

Já era quase onze da noite, então me deito novamente e acabo dormindo.

(...)

Ainda tá escuro mais cadê a Mily? Tínhamos sair juntas, não gosto de ficar sozinha.
Ela nunca me enganou, nunca me deu um bolo, por que ela me deixou aqui sozinha?
Apareceu alguém longe, não da para saber quem é parece um pouco o Augusto. É ele! Se aproxima de mim, com uma cara meio triste o que será que aconteceu?
Agora apareceu muitas pessoas, será que estavam escondidas? Porque ele não me fala nada?
Nossa de onde apareceu tanta gente? já ta tarde. Cadê a Mily?
Estou com uma vontade enorme de chorar, um aperto no meu peito, e do nada todo mundo some novamente, inclusive Augusto. Ouço uma voz parece com a da Mily!! Mais não a vejo, está se aproximando mais.

(...)

- Filha acorda, vai se atrasar. - Minha mãe me acorda.

Nossa parece até a continuação do sonho que tive pela tarde. Corro para o banho, coloco o uniforme escolar, tomo café da manhã e corro para pegar o ônibus.

Olho para o lugar que sempre sento junto com a Mily, mais ela não veio hoje! Como ela não veio hoje?