Apresentação

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Antes de começar a apresentação que escrevi lá em 2012 (poxa, 3 anos! Não acredito que O Orbe tem 3 anos!) Vou escrever esse paragrafozinho aqui para atualizar vocês e deixar umas coisinhas claras.

Vocês podem achar algumas coisas estranhas aqui, ou melhor, mal explicadas. Mas não é mal explicado, é que isso aqui é um spin-off. Há história antes disso, e é uma história bem longa, onde já publiquei o primeiro volume, chamado Ethernia. Nele eu falo sobre a geração da avó de Lyra, Pyro e Lílian. E é neles que eu explico toda a magia e todo o background da história.

Esse spin-off eu escrevi e publiquei religiosamente no meu blog, como fiz com os anteriores (que retirei por motivos de revisão). Como não tinha problema algum deixar a coisa pra qualquer um ler, deixei aqui e abandonei por esses três anos. Daí, do nada, bum! Um monte de votos e comentários ._. resolvi ajeitar as coisas por aqui, né? Nem sinopse tinha...

Muito obrigada por lerem, e saibam que estou morrendo de raiva de vocês por saberem os spoilers da trilogia principal que tem nesse livro. Se ficarem curiosos, no meu perfil tem a prévia do Livro I e onde comprar (sim, tem impresso!). Infelizmente, esse aqui só vai sair impresso daqui a alguns anos ainda. Mas vai sair, e quando sair, estará maravilhoso e bem melhor que esse rascunho.

Obrigada e fiquem com a apresentação antiga:



Esse livro veio simplesmente do nada. Assim: E no começo, havia o Nada, então veio o Caos. Bem assim.

Certo, não tão assim. Vou explicar. Em 2012 houve a greve dos professores das universidades federais, e veja só, essa autora estuda numa universidade federal! Então eu fiquei quatro meses em casa.

Fazendo nada.

E no começo havia o Nada.

 

Mas enfim, eu comprei minha mesa digitalizadora e comecei a desenhar, mas isso não importa agora. A greve acabou (sem aumento de salário, uma lástima por tudo ser em vão) e eu entrei em desespero, com provas e matéria que havia esquecido...

E então veio o Caos.

 

Um irresistível insight veio.

Se você é autor, sabe o que é um insight. Lida com eles sempre, está acostumado. Agora, se você não é, eu vou tentar explicar aqui. Insight é uma amante ingrata. Quando você quer, nunca vem. E quando você quer distância, chega do nada, rebolando e se oferecendo. Irresistível. Nem os anjos do céu e os demônios do inferno podem fazer você resistir àquela ideia. Você tem que usá-la, pegá-la, cheirá-la, senti-la, dar vida a ela.

Foi isso que aconteceu.

Presumo que você já tenha lido Profecia, e Phyreon citou duas garotas no epílogo. Lyra, a Tormenta; e sua prima, Lílian, a Calmaria. Além de Pyro, a Chama Negra, e seus parentes de primeiro grau.

Eu queria algo sobre eles. Queria escrever sobre os olhos azuis e o cabelo pretinho de Lyra. Pamella ainda me escreveu um e-mail pedindo muito – muito mesmo – que eu escrevesse sobre eles. Mas não escreveria nem tão cedo, eu não tinha sequer uma ideia...

Até aquele dia.

Eu estudava eletrônica digital (contadores, se não me engano) e sempre eu acabo divagando enquanto estudo coisas chatas coisas sem sentido coisas que eu não gosto coisas. E aí veio a ideia.

E se eu juntasse Magos Elementais e steampunk?

Eram duas coisas que eu amava, e sempre fui louca pra escrever steampunk. A questão seguinte foi como eu juntaria os dois, que foi respondida em dois segundos.

Pronto. Adeus contadores e registradores. Foi bom conhecer vocês.

Depois da ideia principal pronta, os periféricos eu resolvi com dois dias, tempo recorde. Os nomes vieram facilmente, apesar de que eu ainda revirei o babynames.com procurando algo melhor que Archibald, mas não achei. Lavender também me deu trabalho, e eu fiz até uma lista de possíveis nomes para ela e as meninas do Tracinhas me ajudaram (a eleger a tríade da desgraça nominal LYra, LÍlian e LIv). E dos nomes que sobraram saiu Amaranthe, aliás. Sou eternamente grata a todas elas, mas isso fica pro final.

Quanto à eletrônica, consegui trancar a cadeira.

Fui escrever. Meu semestre estava perdido mesmo... (na verdade não estava, só reprovei uma cadeira.)

O resultado foi cinco capítulos em cinco dias. Foi um surto, eu escrevia por horas a fio sem parar.

E detalhe, não fiz roteiro. As ideias estavam tão fortes que nem lembrei disso, então resolvi experimentar.

Senhores, este livro digital em suas telas é mais uma das minhas experimentações. Um livro todo escrito sem roteiros. Só a minha cabeça e as vozes estranhas que todo autor ouve.

Falta de roteiro traz consequências. Uma delas é o temido bloqueio criativo – bate na madeira – e a outra é aquela sensação. Aquele frio na barriga.

A impressão de que você está perdendo o controle e sua história está indo para as cucuias.

Não é uma boa sensação, hã hã. Passei por ela algumas vezes e tenho muito medo dela. Mas consegui contornar tudo depois de lavar uma pilha de louças ouvindo Florence. Louça faz bem para a imaginação, tente um dia. Florence também.

Fui obrigada a guardar segredo absoluto dos meus leitores, e isso me matava. E obrigada a parar a escrita por longos intervalos – meses – porque não podia perder semestres. E sempre que voltava, escrevia por uma semana direto, sem pausas, incansavelmente...

O que isso quer dizer? O que eu quero dizer com todo esse falatório?

É que eu amei escrever isso aqui, meus caros. Já li e reli esse texto mil vezes e eu ainda rio das mesmas piadas. Apaixonei-me, irreversivelmente, por aquela amante ingrata que acabou com meu semestre de eletrônica.

E eu quero que vocês se apaixonem também.

E sofram.

E chorem.

E esperneiem.

E venham me matar.

Abraços,

Kamila

 

"Eu odeio a chuva.

Neste mundo também chove.

Quando você enfrenta problemas, o céu se fecha.

Quando está triste, chove fácil.

Você compreende...

...o medo de se molhar pela chuva

em um mundo solitário desses?

Pra parar aquela chuva,

vou emprestar a você todo o poder que precisa.

Se você acreditar em mim, não vou deixar

cair um pingo de chuva neste mundo!

Acredite, você não é o único que está lutando."

— Zangetsu, Bleach

"You can't choose what stays and what fades away

And I'll do anything to make you stay"

 

—   No light, no light, Florence and The Machine

O Orbe de Reidhas - Legend of Raython, spin-off #1Where stories live. Discover now