Capítulo 02

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As duas semanas passavam voando, e quando dei por mim estava acordando na manhã de sábado rumo ao Rio de janeiro para viver uma aventura com os meus colegas de trabalho. Devo confessar que ainda sinto um frio na barriga por estar indo me aventurar no mar, pois sem saber nadar fica complicado. Mas sei que teremos todos os equipamentos de segurança disponíveis, porque fiz questão de eu mesma me certificar que isso tudo faria parte do pacote que meu chefe havia adquirido.

— Você está levando tudo que precisa minha filha? – pergunta minha mãe pela milésima vez essa manhã – seus remédios, agasalho, seus cremes?

— Estou sim mamãe, tenho tudo que preciso em minha bolsa.

— Sei que você já é uma mulher minha filha, mas necessito de saber que nada vai faltar – essa dona Lurdes, minha mãe é a pessoa mais preocupada que eu conheço.

— Eu sei disso, e quer saber de uma coisa?

— O que? – pergunta ela enquanto eu a envolvo em meus braços

— Eu adoro isso – ela sorri e me beija a face – adoro ser paparicada por vocês.

— Deixa a menina ir Lurdes – ralha meu pai enquanto coloca minha bolsa em uma de suas mãos – assim ela vai ser a última a chegar.

— Você é um chato Silvio, eu preciso me despedir da minha filhote – ela me beija mais uma vez, e vou em direção ao carro juntamente com o meu pai.

— Quer que eu te leve meu amor? – meu pai passa os braços ao meu redor me acolhendo em um abraço gostoso.

— Sabia que isso é uma ótima idéia, assim o senhor traz o carro de volta – ele sorri – economizo em estacionamento.

— Você achou mesmo que eu deixaria você ir sozinha? E ainda deixar que você gaste dinheiro com estacionamento? – ele bagunça meus cabelos enquanto se dirige par o lado d motorista.

— Eu queria te poupar em ir me buscar no domingo a noite pai – deixo minha mão pousar em seu rosto – sei que o senhor gosta de dormir cedo, e não sei à hora em que vamos chegar.

— Eu irei te buscar com o maior prazer meu amor. Independente da hora eu estarei lá te esperando.

— Eu te amo!

— Eu também amo você minha filha.

Meu pai me deixou no aeroporto e voltou para casa. Minha amiga Úrsula já estava lá, e também vários outros funcionários. Felipe a me ver veio todo sorridente em minha direção. Como apenas uma terça parte dos funcionários iriam meu chefe comprou as passagens no mesmo vôo para que todos viajassem juntos e não atrasasse o restante da programação.

— Bom dia Lissa! – ele me beijou o rosto e manteve a mão em minhas costas como sempre. Úrsula mesmo de longe me lançou um de seus sorrisinhos bobos, e eu tive que revirar meus olhos por causa disso.

— Bom dia Felipe, onde está seu pai? – perguntei sentindo falta da presença do meu chefe. Eu tentava me esquivar das mãos de Felipe, mas realmente era inútil tentar fazer com que ele se afastasse.

— Ele foi na frente com Rodolfo, eles tinham que acertar com o rapaz da balsa que nos levará até Abraão – o simples fato da menção do nome daquele homem me deixava completamente gelada – saiu no primeiro vôo.

— Hum... – eu não disse nada, e agradeci por anunciarem nosso vôo.

***

Chegamos ao local onde tomaríamos a balsa bem mais rápido do que eu imaginei. Meu chefe estava nos esperando todo sorridente, e eu sabia que isso se dava ao fato de estarmos indo nos divertir. O senhor Góes era um ser que adorava agradar as pessoas, e principalmente seus funcionários. Ele sempre dizia que a empresa era a continuação de sua família.

Pedaços de Você (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now