4·Passagem para o inferno

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Agarrando meu dedo com força ele me empurrou contra a mesa.

- Não seja tão ótaria a ponto de apontar essa porra pra mim novamente,ou de se achar superior,a porra da merda que você nunca viveu. - disse ríspido,o empurrando suspirei tentando manter toda minhas forças.

- Que pelo visto,você vive a pouco tempo. - cruzei os braços o encarando.

- Como?

- Exatamente. - dei um passo a frente e vi que agora só havia nós ali. - bom,você simplesmente me aceitou na sua quadrilha - ri - sem ao menos perguntar meu nome.

- Kaya. - disse ele - Kaya Walker,filha do maior filho da puta de atlanta. - apoiando sua mão sobre a mesa ele me encarou com o maxilar travado.

Bingo,agora eu sei,do meu pai ele com certeza não gosta.

Lambi os lábios e me inclinei sobre a mesa frente a ele,nossos olhos travavam uma batalha inútil.

- Quantos anos?

- 18.

- O que eu sou?

- Um fantasma. - franzi o cenho o fazendo rir. - mas agora um fantasma rebelde. - raspando seu dedo em meu queixo me desviei de seu toque. - mudanças de planos. - disse.Simplesmente,me virei o encarando.- Você não vai apenas matar,vai torturar a garota. - gelei.

Como? Mas o que esse cara ta pensando,como eu simplesmente vou pega a garota e a sequestrar? Sem mais,nem menos,isso é completamente fodido,fora de cogitação.

- e agora não é pegar ou largar,é pegar ou pegar - ele agarrou meu braço. - e no fim eu vejo se poupo sua vida. - arregalei meus olhos enquanto ele me puxava pelo corredor. - aliás,sua amiguinha,Cladice, Clidice. - disse ele,abrindo a porta do carro e me jogando bruscamente dentro do mesmo,poderia socar essa sua cara de idiota gostoso.

- Candice. - o ajudei. - ela não é minha amiga.

- mas faz um ótimo boquete. - lambi meus lábios o olhando dar a volta no carro e entrar no mesmo. - pena que está morta! poderia sentir pena,mais acho que a morte era a única saída pra ver se ela aprende algo no quintos dos infernos. - disse friamente.

Que horror,a mulher fez um boquete e depois ele simplesmente paah,meteu a bala nela? O que esse cara tem no lugar do cérebro? Merda? Mas..pensando por outro lado,não vou ter que suportar seus comentarios idiotas,ou qualquer coisa do tipo.

- bom,espero que você. Não amarele na hora de matar. - disse ele,sem desviar o olhar da estrada.

- todas mulheres que você mete a rola,depois você mete bala? - perguntei,por que? A curiosidade foi maior,me olhando de relance ele riu.

- isso não é da sua conta.

- que se dane. Como é seu nome? - não dava mais pra o chamar de olhos intrigantes,patético.

- Justin. Justin Bieber. - foi tudo,o resto do trajeito. - não sei para onde - foi em total silêncio.

Depois de um tempo,eu já olhava pra estrada deserta e escura,estava tarde e eu só conseguia pensar na minha vó,ela ainda está dormindo? Ela está bem? Não queria pensar na possibilidade de a perder,ela é tudo que tenho e isso é uma das coisas na qual aquele verme - meu pai - não poderia me tirar,muito menos essa porra de Justin. Por que ele a mataria?

- aê. - chamei sua atenção,já eram quase onze da noite,eu sai de casa ás 17:00. - pra onde estamos indo?

- procurar sua garota. - me virei o encarando.

- hoje? - ele manobrou o carro parando.

- agora.

Ah não...

[...]

A garota gritou após eu passar a faca profundamente em seu braços,seus braços estavam cobertos de sangue,ela me olha com suplicás para manter a salva.

Isso era realmente o que eu mais queria,eu sei exatamente o que é ser uma suicida,isso meio que...ajuda o fato de a matar? Mais simplesmente poderia pegar uma arma e meter bala na sua testa,ao invés disso,estou a torturando ainda mais,olhei Justin que me observava de braços cruzados,sorrindo levemente ele lambeu os lábios,voltei a olhar a garota e resolvi acabar logo com tudo isso. Cravei a faca na sua coxa a fazendo gritar e arquear seu corpo,resolvi dar uma de realismo,por quê eu,não quero ver minha vó morta,eu não acredito que estou causando isso,que estou fazendo esta merda.

P.O.V JUSTIN

Isso simplesmente,é a coisa mais engraçada e sem sentido.

Felizmente,essa Karen deveria me agradecer,o pai nunca da bola,quando aparece espanca a garota,que sofre no colégio e vai se torturar em casa,que patético,morre logo,olhei bem para a garota implorando para não morrer.Mas porquê? Se ela mesma procura uma forma de se matar.

Vindo até mim,Kaya olho as mãos cobertas de sangues,seus olhos lacrimejavam,suspirei.

- caralho. - fechei minhas mãos em punhos. - da um jeito de arruma essa cara de vadia tristonha.

- cala boca babaca. - fechei meus olhos tentando mander a calma,essa garota é a porra de uma vadiazinha.

- olha - agarrei seu braço a trazendo pra mim,encarei seu rosto angelical. - acho melhor você fazer o que eu mando,você entendeu? - tirei a arma da minha cintura e apontei na sua cabeça.

Arregalando os olhos,seu corpo ficou rigido,bufei enfiando a arma na mão dela.

- acaba logo com essa porra. - murmurei,a empurrando pra longe.

Ela olhava a arma e andava lentamente,se virando ela me olho.

- VAI. CACETE.

Suspirando,ela parou na frente da garota.

P.O.V KAYA

eu estava ali,apontando uma arma para a cabeça de uma inocente,me olhando,ela chorou mais.

- por favor,por favor não me mata. - soluço. - eu não fiz nada,não me mata. - suspirando,destravei a arma.

O suor frio descia sobre a minha testa,reprimi meus lábios,porra,ela é inocente,pura. Ele está fazendo isso para me sacanear,só pode. Se fosse um filho da puta como ele séria mais fácil,puxei o gatilho ouvindo o estrondo. Seus miolos voaram para todo lado,estava tudo em silêncio,até palmas quebrarem o mesmo.

- parabéns,agora vamos. - passei pelo mesmo e joguei a arma para ele. - vadia. - me virei para encara-ló.

- eu já fiz o que você mandou. Agora. Você ver se poupa a merda da minha vida,ou me deixa entra na merda da sua quadrilha. Ótario! - entrei no carro o esperando . - vê se não demora,caralho. Tenho muita coisa pra fazer no inferno. Agora!

Rebel Ghost | J.B.Where stories live. Discover now