2° Ele voltou

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Eu prestava atenção em tudo que eles faziam,poderia fugir mais estava com um puta medo. Se eu fugir irei levar um tiro na cabeça,mas e dai? Vivo minha vida como um fantasma e ninguém nunca me notou,se morrer agora poderei poupar meus braços.

Ele andava de uma lado para o outro,a impaciência era clara,segurando sua arma por dentro da calça,sinto um arrepio ao percorrer meu corpo quando seus olhos cor de mel encontraram os meus azuis por um segundo.

Voltando a andar de um lado para o outro,ele bufou revirando os olhos e puxando seu cabelo loiro-tingido para trás.

-porra Chaz - gritou -porque tanta demora,caralho! -olhou para um de seus capangas.

-precisamos da combinação do cofre -ele chutou o mesmo -merda,precisamos e logo,temos poucas horas.

Ele se virou para mim e Candice,não é o que podemos chamar de amiga e sim uma vadia oferecida.

Ele venho em passos largos até nós,calafrios se passava por todo meu corpo,morrer não deveria ser um medo para mim,mas morrer por mim mesmo deve ser melhor que ser morta pelo meu ladrão gato de olhos intrigantes. Será?! Eu não sei,mais medo se passa por todo meu corpo juntamente com adrenalina.

- vocês -ele disse apontando com seu dedo indicador para eu e Candice- quem tem a porra da combinação?-arregalei meus olhos

Eu cuido do mesmo,eu e Candice nos entreolhamos e a mesma ergueu uma sobrancelha para mim,não de onde,arrumei forças para me levantar do chão onde o criminoso tinha nos mandado ficar

-ótimo -agarrando meu braço com brutalidade ele me puxou até o cofre,olhei para as portas grandes de vidro do banco,não havia ninguém,os seguranças estavam na puta que pariu,senti seus olhos pousados em mim enquanto andávamos,parecia séculos até chegarmos ao cofre

Me culpo mentalmente por sempre vir antes do meu horário para deixar tudo preparado e organizado,me culpo por ser tão idiota a ponto de vir horas mais cedo,agora estou aqui,com uma arma apontada em minha cabeça soando frio enquanto tento colocar a merda da combinação

- vai logo porra! -ele gritou empurrando a ponta da arma em minha cabeça,suspirei profundamente não querendo meus miolos explodidos.

O cofre abriu.

Voltando para onde estava com Candice,mordi meu lábio inferior,o mesmo se virou e veio até nós,seu olhar fixo no meu,chegando mais perto ele apontou um dedo para mim.

- você...-dei um passo para trás sentindo minhas costas se encostarem contra a parede-boa garota baby-ele ergueu sua arma em meio seio esquerdo fazendo pequenos círculos no mesmo,senti minha respiração falhar e meu corpo gelar

Tô fodida.

- heey cara,vamos -um de seus capangas gritou e eu já podia sentir minhas pernas bambas.

Mordendo o lóbulo da minha orelha,senti arrepios por todo meu corpo-até a próxima baby-ele saiu correndo com um sorriso vitorioso e divertido em seus lábios finos e rosados

-se deu bem hein...-Candice disse olhando o mesmo sair correndo,a olhei indignada.

Surgiu da puta. Só pode!

- você é maluca.-foi tudo que eu disse,pegando meu celular.

-pra quem vai ligar?

-polícia.

[...]

Tínhamos falado tudo que tinha que ser dito,cheguei em casa e minha vozinha estava sentada tomando seu chá,sorri e lhe dei um beijo na testa

-tomou os remédios? -a olhei enquanto pegava uma jarra de água na geladeira

-sim minha filha -sorri despejando a água em meu copo -como foi no serviço hoje? -me olhou.

Engoli meu gole de água em seco.

-ah...bem vó -sorri na maior cara de pau.

Não poderia contar o que ouve mais cedo no banco,ela já está mal de saúde

-Kaya? -disse ela com sua voz doce em forma de sussurro me tirando dos meus pensamentos

-sim? - a olhei.

-vocês jovens vivem no mundo da lua -ela riu fraco-queria saber se ainda tem falado com seu pai?

Neguei com cabeça guardando a jarra de água novamente na geladeira

- sabe vó...desde que minha mãe morreu,ele não tem mais ligado como no começo-a olhei e a mesma levantou com dificuldade alisando meu rosto.

- a morte de sua mãe foi uma coisa muito forte para todos nós,mais seu pai não pode fugir de você a vida inteira-disse ela,alisei seu rosto logo a abraçando

-está tudo bem minha vozinha-agora vamos para seu quarto-beijei sua testa a guiando para o mesmo

-tão boa minha menina -disse se deitando -não merece todo o sofrimento que a vida trás.

Sorri e alisei seu rosto -não merecemos muitas coisas vozinha,mais a vida é assim,injusta. -a cobri lhe dando um beijo molhado apaguei a luz saindo do mesmo.

Me joguei no sofá tirando meus sapatos,soltei meus cabelos e balancei um pouco a cabeça,não estava com fome,meus pensamentos estavam complicados,seus olhos cor de mel não saiam da minha cabeça,o assalto também,eu poderia ter morrido,mas Deus me quis viva. Poderia acreditar que algo,um dia, pudesse sair bem,mas minha esperança foi levada junto com ela

Kassie Clark -Minha mãe.

Suspirei profundamente lembrando sua morte,o câncer tomou todo espaço,limpei a lágrima,meu pai era bom,ele se.importa ,ele nos amava acima de tudo,até mesmo seu emprego,no qual ele guardava e preservava.

"Quero apenas protege-las,não quero vocês envolvidas nisso". As palavras que ele sempre falava para nós,ele nos amava. Eu sei.

Estava escrito em seu olhar.

Levantei coçando a parte de trás da minha cabeças,mordi meu lábio enquanto lágrimas e mais lágrimas vinham,sofria em silêncio,sofria sozinha,guardava tudo pra mim,todas as noites.

Meu celular tocou e limpei minhas lágrimas mordendo meu lábio inferior peguei meu celular da bolsa. Olhei no visor e vi "Número privado" atende o mesmo.

-Alô?! -suspirei tentando controla minha voz.

-Kaya?. -a voz era grossa,arregalei um pouco meus olhos.

-pai?! -falei um pouco mais alto pelo espanto.

Ele voltou.

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WHAT'S UP GUYS

-Escrito por Jess

Até a próxima o/





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