epilogue

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Depois da sessão de amassos no parque, Steve encontrava-se nas nuvens. O loiro tomou banho feliz, jantou ainda mais animado e quando foi dormir, teve um de seus sonos mais leves, onde toda hora acordava para trocar algumas mensagens com o moreno — que fazia questão de dizer o quanto ele gostava de Steve. Ademais, isso explicava o motivo de Bucky sempre ter olheiras.

Então, sim, tudo estava indo bem.

Até o outro dia de escola.

Steve mais uma vez sentiu que precisaria de sua bombinha ao olhar a fachada do prédio, perguntando-se se era muito tarde para inventar um ataque asmático e ir embora.

Mas, sua mãe o mataria se descobrisse, então.

Suspirou. Agora que as coisas estavam tão diferentes, agora que estava com Bucky, como agiria?

O garoto iria querer ficar na sua volta como antigamente?

Praguejou mentalmente. Deveria ter feito esse tipo de pergunta antes.

Bufou, resolvendo que de nada adiantaria ficar se culpando ao invés de entrar logo no local. De cara, deparou-se com Sam, que o deu um sorriso malicioso.

— Não — precipitou-se em falar, já imaginando o que o moreno falaria. Na noite anterior, tinha mandado uma mensagem eufórica até demais para ele, pois, bem, Sam era seu melhor amigo afinal. A felicidade do moreno, naquele instante, logo foi substituída por uma mensagem de "finalmente cara, ninguém mais aguentava vocês dois & todo esse drama adolescente", o que foi, no mínimo, rude.

— Você não tem direito de reclamar — constatou Sam. — Só espero que vocês não sejam um casal tão meloso. Bucky tem toda aquela cara de mal, ok, é assustador, mas aposto que ele é grudento.

E oh, bem, Steve sentia que iria vomitar.

Pois tudo estava bem quando ele encontrava o moreno no parquinho e eles trocavam mensagem, mas a parte de se encontrar no outro dia pessoalmente? Deveria ser uma droga, Steve constatou ao se lembrar de filmes. Qual é, The Breakfast Club deveria ter uma boa razão para não ter outro filminho ou qualquer coisa mostrando como foi a readaptação da rotina de todos eles.

Steve piscou, pois mais uma vez, estava perdendo o ponto. Ah, pobre garoto! Achou que a pior parte tinha acabado, e agora ali estava ele...

— Ah, não — Sam suspirou resignado. — Você está com aquela cara.

Steve franziu o cenho.

— Que cara?

— Aquela de quem vai fugir. — E antes que Steve pudesse se defender, ele intrometeu-se: — E sim, você tem uma expressão facial para isso. É meio triste, parando 'pra pensar.

Steve suspirou derrotado. Às vezes, era melhor ignorar seu amigo e pensar em rotas de fugas, como o adolescente desajeitado que no fim das contas era.

Mas, seus planos logo foram por água abaixo: Steve sentiu uma mão forte em seu ombro e ao olhar para o lado, Bucky estava ali, sorrindo pequeno e quase não parecendo estranho com seus cabelos negros e um pouco de maquiagem borrada.

— Bom dia, Steebs — beijou a bochecha do garoto. — E Wilson. Se eu soubesse que você estava por aqui, teria te trago um copo de café também.

— Não teria — Sam constatou entediado, mas sorria de canto.

Bucky deu de ombros, dando-se por vencido. — Touché.

Steve, por outro lado, estava completamente encantado com aquela pequena demonstração de afeto, ignorando as implicações matinais dos dois.

57 → stucky PT-BR ✔ (REESCREVENDO)Where stories live. Discover now