Prologo

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5:30 é a hora que o meu relógio marca. A esta hora já as linhas dos carris chiam. É incrível como mesmo com estas divisões e guerras todas, os comboios continuem a funcionar.

Estiquei as pernas e ,com a ajuda da árvore a que eu estava encostada, levantei-me. Comecei a caminhar para junto da estação do comboio que apenas funcionava das 5 às 7 da manhã. Todos os dias era a mesma coisa. Acordava cedo para ir para um comboio cheio de gente à procura de uma vida melhor na próxima paragem, e eu procuro exatamente o mesmo que elas. Isto já é assim à quase 2 meses. Tudo isto começou com uma peste que surgiu em África que mata milhões de pessoas todos os dias, seguida de uma terceira guerra mundial, que felizmente se dá por terminada mas deixou claramente as suas marcas. Esta peste faz com que as pessoas fiquem com raiva, yah, tipo cães, e fome, o que faz com que elas comam tudo e todos que lhes apareçam à frente.E não, essas bestas não são imortais, basta um tiro e elas morrem, mas se o virus passar para ti através de um arranhão tu já estarás infetado.

Já estava agora dentro do comboio e comecei a olhar para as pessoas à minha volta. Maior parte delas da minha idade. As crianças e os idosos eram demasiado fracos para resistirem ao virús,e como os seus corpos eram muito frageis, nem chegavam a transformar-se,morriam quase instantaneamente.Por isso, maior parte da população falecida era composta por pessoas dentro dessas duas faixas etárias. Os adultos nunca saiam à rua, preferiam ficar num abrigo a olhar pelos filhos, e só saim quando fosse preciso ir buscar alimento. Como tal, só se via jovens cá fora, à procura de refugio.

Iria sair logo na primeira paragem e mal a porta enferrujada do comboio abriu, vi uma enorme floresta. Ao aproximar-me de tal comecei a ouvir os uivos dos lobos juntamente com alguns berros abafados.

Isto vai ser um longo, longo dia.

Apocalyptic storyWhere stories live. Discover now