Dean colocou o embrulho em cima da mesa e se apoiou na mesma olhando para Sam que abria o dele, quando viu o mini palhaço apenas me encarou e eu sorri.
- Valeu! - falou ainda me encarando.
- Acho que o presente não é o palhaço. - Dean apontou - Ele está vendado.
- O que é isso? - perguntou pegando a pulseira e riu - Bela ideia Vale.
- Eu sei, eu sei. - sorri - Se não quiser o palhaço, não tem problema eu fico com ele.
- Todo seu. - jogou pra mim me fazendo rir - Não vai abrir o seu Dean?
- Estou com medo. - ele me olhou - Não tem nada de estranho ali dentro não ne?
- Eu precisava disfarçar para a Lauren, comprei algo que você vai gostar. - falei - Não tem nada de estranho, não tem pegadinha, não tem nada.
Ele pegou a caixa dando uma sacudida e eu quase o matei, ele tirou o embrulho e quando abriu a caixa vi um sorriso se formar em seus lábios.
- Meu bebê só que em miniatura. - falou pegando o mini impala - Me surpreendeu, obrigado.
- Não é nada. - falei - Eu só tenho trabalho as dez.
- Vou tentar falar com a tia misteriosa. - Sam falou.
- Eu vou... - Dean nos olhou e olhou para a cama.
- Trouxe cerveja, está na geladeira! - falei apontando pra mesma.
- Vou ficar aqui fazendo companhia para ela! - ele apontou pra mim.
- Tentem não se matar! - falou.
Quando ele saiu eu peguei meu celular e fui pra cama onde me sentei e fiquei mexendo no celular.
- Pra você. - Dean me deu uma cerveja já aberta.
- Obrigada. - falei.
Dei um gole na cerveja e vi as mensagens ignoradas de Tyler e apenas ri, como ele conseguia ser escroto e fofo ao mesmo tempo?
- O que você está fazendo? - ouvi a voz do Dean.
- Nada de interessante. - falei.
- Por que o sorriso? - perguntou.
- Posso fazer uma pergunta? - ele assentiu - Como conseguiu ficar um ano vivendo uma vida normal?
- Fiz uma promessa. - falou dando um gole em sua cerveja - Mas acontece, você sempre acaba voltando pra essa vida.
- Você gostou? - perguntei.
- Foi bom, passei um tempo bom com quem amava. - falou e eu sorri - Por que está perguntando?
- Prometi pro Tyler. - falei e ele me encarou - Tyler é o meu namorado, prometi voltar pra casa e esquecer essa vida.
- O que te impede de esquecer e viver a sua vida? - perguntou.
- Primeiro eu quero matar a coisa que matou os meus pais! - falei e ele riu - Depois de matar, eu vou, mas não sei se vou conseguir.
- Olha, você é nova só tem dezenove anos. - falou se sentando na minha frente - Eu perdi pessoas importantes por causa dessa vida, agora eu só tenho o Sammy.
- Não precisa contar. - falei.
- Eu to falando! - falou levantando o dedo me fazendo rir - Você pode ter uma vida normal, ter uma família, um bom estudo, um bom trabalho, o principal de tudo, pode ter uma casa!
- É o que o Tyler fala, mas não sei se vou conseguir. - falei.
Dean Pov
Ela me olhava com um olhar de desespero, bebi o resto da minha cerveja e a olhei.
- Quando eu fui viver com a Lisa, eu deixei meu bebê na garagem e tentei deixar o máximo das minhas coisas e lembranças dentro dela. - falei - Eu entrei para aquela vida em família, cuidar da Lisa e do Ben era o mais importante pra mim, deixar eles seguros era importante.
- Não consegui proteger meus pais. - falou - Quanto mais eu e o Tyler.
- Se você quiser, você consegue. - falei.
O celular dela começou a tocar e ela se levantou atendendo, falou soltava alguns sorrisos que me fez lembrar alguém que conheci a muito tempo.
- Outro morto, o Sam está atrás da tia cruel. - falou me olhando - Então parceiro vamos?
- Fica aqui, eu vou. - falei.
- Nada disso, também quero ir. - falou rindo.
- Vamos parceira. - falei colocando as mãos em seu ombro e saímos.
No carro ela sentou ao meu lado e fomos pro necrotério, ela ficava me olhando e olhando para os outros, acompanhamos o policial e logo ficamos sozinhos.
- Vê se ele tem alguma marca. - falei abrindo a gaveta.
- Não é ele. - ela falou abrindo a "bolsa" - É ela.
- Então podemos descartar a tia cruel? - perguntei.
- Ela não tem marca nenhuma. - falou e eu a olhei.
Abri a boca da mulher e vimos o dente descer, Vale me olhou e fechou a bolsa de novo fechando a gaveta em seguida.
- Então o que vamos fazer? - perguntou.
- Eu não sei. - falei - Qual foi a causa da morte?
- Foi encontrada em casa. - falou - Pensei que vampiros andassem em bandos.
- Andam, sabe o nome dela? - perguntei.
- Não tem aqui. - falou.
- Ótimo, vamos beber alguma coisa e ligar pro Sammy. - falei.
- Espero que ele tenha achado algo. - falou.
Entramos no primeiro bar, pedi uma bebida e a mulher do bar ficou encarando Vale quando ela pediu tequila.
- Ela é maior de idade. - falei - Minha irmã.
Pegou as nossas bebidas, liguei para o Sammy avisando onde estávamos e fomos para uma mesa, quando ele apareceu estava sorrindo.
- Descobriu algo? - Vale perguntou.
- Sim, a mulher do Christopher Rhode morreu a quatro anos. - falou - Então a tia misteriosa ou é uma zumbi ou...
- Uma vampira. - eu e Vale falamos.
- Quando você se transforma, é "obrigado" a largar tudo. - ela falou - Ela pode ser a esposa dele.
- Por que ela voltaria? - olhamos pra ela.
- Por causa da família? - olhou para nos.
- Com o marido e o cunhado mortos? - perguntei.
- Vou falar com a Lauren. - falou - Tenho certeza que com três ou dois copos ela fala as coisas.
Assenti e Sammy pediu uma bebida e quando chegou ele ficou olhando para o copo, ficar em silêncio é bom, mas esse silêncio estava começando a ficar torturante.
- Você não está usando a pulseira. - Vale quebrou o silêncio olhando para Sammy.
- É pra mim usar? - perguntou.
- Não. - ela riu nervosa - É pra você deixar jogada na mochila!
"Quando ganhar algo, use ou se não finja que gostou."
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Hunt Among Family • Spn
Fanfiction"O destino não pode ser mudado. Existem vários caminhos, mas todos eles levam ao mesmo lugar. E doi né? Quando você sente algo te matar por dentro, mas você tem que agir como se isso nem afetasse você, então respeite a minha solidão, ela também teve...