>> 07 <<

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Sammy Pov

   Dean parou em um bar e eu fiquei responsável por cuidar da Vale, olhei para trás e ela dormia, parecia tão calma, tirei meu casaco e coloquei por cima dela cobrindo-a.

- O que pensa que está fazendo? - reconheci a voz do Dean.

- Está frio Dean, ela está sem casaco. - falei.

- Você está afim dela Sammy! - falou.

- Eu não quero ficar com a versão feminina do meu irmão! - falei - Prefiro continuar solteiro do que a namorar com ela!

- Não importa, falta pouco para chegarmos. - falou entrando no carro.

   Passamos o caminho todo até o Arizona em silêncio as vezes eu olhava para trás e Vale continuava do mesmo jeito.

- Acha que ela pode ser uma filha perdida do papai? - Dean perguntou.

- Por que os demônios iriam querer nosso pai? - perguntei - Ele já está morto.

- Temos um mistério para resolver. - falou - É o único que tem as respostas não quer colaborar.

   Quando chegamos ele pegou as coisas e foi pegar um quarto, sai do carro, peguei minha mochila e fui pra perto da janela onde a cabeça dela estava.

- Vale, chegamos. - falei e ela nem se mexeu - Vale, acorda!

- O que foi? - perguntou ainda sem se mexer.

- Chegamos, quer dormir em uma cama não? - perguntei.

- Aqui está tão confortável. - falou se ajeitando - Não me importo de ficar aqui.

- Você não pode ficar aqui. - falei.

Ela se sentou pegando a mochila e saiu do carro me encarando, ri e a segui indo pro quarto.

- Demoraram meninas. - Dean falou.

- Idiota! - eu e Vale falamos juntos.

- Comprei um hambúrguer pra você. - falou olhando para Vale que riu.

- Deixa ai, depois eu como. - falou - Quem vai investigar?

- Você fica pra pesquisar se precisarmos! - Dean falou e me olhou - Ela sabe se cuidar!

- Se precisarem, me ligue. - falou - Salvei meu número no celular se vocês.

- Como? - perguntamos olhado pra ela.

- Tenho meu jeitinho. - sorriu.

   Fizemos um mural e começamos a ver qual seria o próximo local onde aconteceria o próximo desaparecimento.

- Achei uma ligação entre os três. - Vale falou - Ambos foram para um bar aqui perto.

- Ótimo, precisamos fazer algumas visitas Sammy. - Dean falou.

- Vamos esperar mais um pouco. - falei - Tomar um banho, descansar.

- Meia hora! - falou.

   Ele entrou no banheiro e eu deitei na cama tentando dormir um pouco e ouvi a voz da Vale baixinho.

- O que foi, eu to ocupada. - abri meus olhos e ela estava perto na janela - Vou tentar, estou no Arizona, não vem, por favor!

   Quando ela ia se virar fechei meus olhos e continuei ouvindo sua conversa.

- Olha é perigoso, por favor. - falou - Tudo bem, onde você está, quando der eu vou.

   Ouvi ela bufar e quando abri meus olhos ela estava deitada na outra cama, me sentei e fiquei olhando-a.

Vale Pov

   Odeio ter que mentir para alguém que eu gosto, odeio mais ainda ter que falar a verdade para quem eu realmente amo, foi difícil explicar para o Tyler o que eu fazia, tinha colocado a vida dele em risco uma vez, prometi que não teria a segunda.

   Acordei com o Dean falando e o encarei, ele e Sam se olhavam e limpavam as armas, Sam passou a mão na testa limpando o suor e fiquei o olhando por um bom tempo.

- Vocês já vão? - perguntei olhando para Dean que riu - Eu dormi muito?

- Foi bom ter acordado. - Dean falou - Estamos indo visitar a casa dos desaparecidos.

- Boa sorte. - falei.

   Eles saíram e eu continuei deitada, fiquei olhando o quarto e o mural feito por eles, peguei minha arma e resolvi limpá-la.

   A desmontei e montei, fiz isso por um bom tempo até meu celular tocar, quando vi no visor era o Tyler, rejeitei e montei a arma de novo jogando-a em cima da outra cama.

   Fiquei andando de um lado para o outro e meu celular tocou de novo, o ignorei mas ele continuou tocando, tocando e tocando sem pensar duas vezes atendi já xingando.

- Tyler me esquece, por favor, eu já pedi! - falei quase gritando.

- Quem é Tyler? - reconheci a voz do Dean.

- Ninguém, o que quer? - perguntei.

- Preciso que compre umas coisinhas pra mim. - falou.

- Comprar o que Dean? - bufei.

- Não fica revoltada, acha que eu quero trabalhar com você? - perguntou - Não eu não quero, mas você precisa de proteção!

- Já falei que sei me cuidar! - falei.

- Você acha que sabe se cuidar, mas você ainda é jovem! - quase gritou - Você poderia estar levando uma vida normal, você teve a chance de ser normal!

- DEAN! - ouvi o grito do Sam.

   Ele falou a lista do que era pra comprar e eu anotei, peguei a carteira contanto o dinheiro e me preparei pra sair, peguei a lista e fui andando pela cidade.

   Perto de uma loja, vi dois carros da polícia e uma fita amarela fechando a entrada de um prédio, olhei para lá e peguei meu distintivo.

- Olá, sou a agente Collins! - falei mostrando o distintivo - O que houve aqui?

- Parece que o cara matou a mulher e a filha deles desapareceu. - o policial falou.

   Entrei no hall do prédio e fui até o aglomerado de policiais, entrei no apartamento e vi o sangue na sala, alguns caras me olharam e eu apenas ignorei.

- Onde o corpo foi encontrado? - perguntei mostrando meu distintivo.

- No quarto. - falou me levando até o mesmo.

   Procurei qualquer índice de que algum demônio ou fantasma teria aparecido por lá, mas não encontrei nada, ah não ser uma gosma, não sei como mais sorri e voltei pra sala.

- Aqui tem câmeras não tem? - perguntei.

- Só a do hall e da garagem. - falou.

- Quero ver, por favor. - pedi.

   Ele me olhou e me levou de volta para o hall mostrando as imagens, fiquei olhando por um tempo e reparei nos olhos do cara que matou a esposa, eles eram brancos.

   O agradeci e fui pro mercado tentar procurar o que Dean pediu pra comprar, peguei a maior parte da lista, fui pro caixa, paguei e resolvi ligar para ele.

- Dean? - perguntei.

- Comprou o que eu te pedi? - perguntou.

- Falta duas coisas só. - falei.

- Ótimo, volta pro hotel que já estamos indo. - falou e eu olhei em volta.

- Dean, o que mata um metamorfo? - perguntei.

- Pera, calma ai. - ele falou - Metamorfo?

- Eu acabei de achar um caso. - sorri fraco - Mas eu nunca enfrentei um metamorfo.

- Volta pro hotel! - falou e desligou na minha cara.

- Volta pro hotel, faz isso, faz aquilo! - falei tentando imitar a voz dele - Seu idiota!

"Sofro calada, mas sempre tento estar feliz, apesar de tudo."

Hunt Among Family • SpnWhere stories live. Discover now