>> 05 <<

385 33 2
                                    

Sammy Pov

   Ficamos dando voltas com o carro e Dean foi comprar alguma coisa pra comer, olhei em volta e tudo parecia normal.

- Viu alguma coisa? - Dean perguntou quando entrou no carro.

- Nada e você? - perguntei.

- O que eles querem aqui? - perguntou.

- Eles quem Dean? - o olhei.

- Os demônios Sammy! - falou.

- Atrás de algo? - continuei olhando-o.

- Quando que a garota chegou aqui? - me olhou.

- Bobby! - falamos juntos.

   Ele ligou para Bobby e tivemos a certeza, ela chegou um pouco antes da morte do garoto.

- Ele está atrás da Vale. - falei.

- Não podíamos ter deixado ela sozinha! - Dean falou.

   Voltamos o mais rápido que pudemos pro hotel e quando chegamos na porta ouvimos vozes.

- O que vocês querem aqui? - Vale perguntou.

- Você! - um homem falou e começou a gritar em seguida.

- Não Dean! - o segurei, impedindo-o de entrar.

- Por que vocês estão atrás de mim? - senti raiva em sua voz.

- Você sabe, você é especial para qualquer um de nós! - o demônio falou me fazendo olhar para Dean - Se você ser nossa, teremos o seu pai!

- Meu pai está morto! - ela falou e ele gritou de dor.

- A janela Sammy. - Dean sussurrou.

   Fomos para a janela e pela fresta vimos o demônio deitado em uma das camas e ela estava com uma faca.

- Queremos o seu pai de verdade! - ele falou sorrindo - Você sabe que aquele não era seu pai!

- Eu não sei do que você está falando! - ela falou encarando-o.

- Você sabe Vale, sabe quem é o seu pai de verdade! - ele falou e ela deu um soco em seu rosto fazendo-o rir - Você o odeia, odeia ele por ter te abandonado, abandonado sua mãe!

- CALA A BOCA, VOCÊ ESTÁ MENTINDO! - ela gritou.

- EU MATEI SEUS PAIS E EU VOU MATAR SEU PAI DE VERDADE! - gritou - A PRÓXIMA SERÁ VOCÊ VALE, VOCÊ VAI MORRER, EU VOU TE MATAR!

- Regna terrae, cantate deo, psallite dominio... Tribuite virtutem deo. Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incuriso infernalis adversarii, omnis legio, omnis congredatio et secta diabolica... - ela começou e o demônio gritava - Ergo... Perditionis venenum propinare. Vade, satana, inventor et magister omnis fallaciae. Hostis humanae salutis. Humiliare sub potenti manu dei. Contremisce et effuge. Invocato a nobis sancto et terribile nomine. Quem inferi tremunt...

   O demônio saiu do corpo do homem e Vale caiu na outra cama chorando, tentei entrar mais Dean me segurou.

- Ela está sofrendo! - o encarei.

- Deixa ela sofrer Sammy. - me olhou - Ela perdeu a família de uma só vez.

- Eles estão atrás do pai dela Dean! - falei - Do pai biológico dela, temos que ajudá-la!

- Não Sammy, já temos problemas demais! - falou - Não vamos ajudá-la, ela que se vire!

   Olhei pela fresta e ela tinha se levantado, pegou o corpo colocando no chão e pegou o celular, falou algumas coisas e meu celular tocou, o desliguei e esperamos um tempo pra entrar.

- O que aconteceu aqui? - Dean a olhou e apontou para o corpo.

- Ele não resistiu. - ela falou passando a toalha no rosto - Eu vou comprar umas cervejas, vão querer?

- Tem cerveja na geladeira. - Dean falou pegando o corpo - Eu vou dar um jeito nesse corpo.

- Eu resolvo Dean! - ela falou olhando-o.

- Você fica, não parece bem! - falou já saindo.

- Você está bem? - perguntei.

- Vou ficar. - falou.

- Se quiser conversar. - falei.

- Sabe quando você parece estar sozinho no mundo? - ela me olhou.

- Você está se sentindo assim? - perguntei.

- Estou, mas essa é a verdade. - falou - Perdi meus pais, estou sozinha.

- Você tem o Bobby. - falei - É agora tem eu e o Dean.

- Ele me odeia! - ela riu.

- Ele gosta de você, só precisa te conhecer melhor. - falei.

- Eu preciso descansar. - falou - Preciso to...

   Ela desmaiou do nada, a peguei no colo e a coloquei na cama, tentei ligar para o Dean e o mesmo não atendia.

- Vale, Vale acorda! - falei batendo em seu rosto.

   A balancei e ela despertou assustada, respirou fundo e ficou me olhando.

- Você está bem? - perguntei.

   Ela balançou a cabeça que sim e tentou se levantar mas não conseguiu, ri da cara que ela fez e recebi um soco no braço.

- Quer ajuda? - perguntei ainda sorrindo e ela apontou pro banheiro - Quer que eu te leve pra lá?

- O que acha? - me olhou.

   Dei de ombros e a peguei no colo levando-a pro banheiro, ela conseguiu tirar a roupa, mas ficou de calcinha e sutiã.

- Agora me segura. - falou enquanto entrava no box.

Vale Pov

   Ele olhou para o lado e começou a rir, como se fosse legal uma pessoa ter que te ajudar a tomar banho por que você não está conseguindo andar, joguei um pouco de água em seu rosto e ele me encarou surpreso.

   Deixei a água cair sobre meu corpo e joguei minha cabeça pra trás sentindo meu rosto molhar, fiquei assim um tempo e senti suas mãos apertando minha cintura e o barulho da porta batendo, ajeitei meu corpo e vi Sam me olhando, ri e joguei mais água nele.

- Pare de babar Sam! - falei.

- Não estou babando. - falou confuso.

- Está sim, olha. - passei a mão no canto de sua boca - Bem aqui no cantinho.

- Não provoca, termina logo esse banho. - falou virando o rosto.

- Tudo bem. - falei me rendendo.

   Peguei o shampoo e passei no cabelo logo depois de fazer bastante espuma e jogar um pouco no rosto de Sam eu o tirei e passei um pouco de condicionador tirando-o em seguida.

- Quer um pouco também, seu cabelo está precisando. - falei olhando-o.

- Quando eu tomar o meu banho, eu lavo ele. - falou nervoso.

- Você pode economizar água. - ri - Já está todo molhado mesmo.

   Ele riu mais continuou parado, peguei o sabonete, esfreguei na mão e passei pelos meus braços, pescoço e depois barriga, me virei com dificuldade e então tentei tomar um banho decente, já que eu sentia os olhos de Sam me fuzilando.

   Tirei o sabão do corpo e quando me virei Sam me prensou na parede gelada e ficou me olhando, ele aproximou seu rosto do meu e senti uma de suas mãos percorrer meu corpo, ele estava completamente molhado, eu apenas coloquei minhas mãos em seus ombros e ele me beijou.

   Na hora eu tentei separar, mas seu beijo era um misto de desejo e pressa, como se o que estivéssemos fazendo era algo muito errado, senti uma mão apertar minha cintura e a outra minha coxa, senti ser levantada e entrelacei minhas pernas em sua cintura, quando paramos o beijo ele apenas sorriu e eu coloquei minha cabeça no vão de seu pescoço ainda sentindo suas mãos em minhas coxas me segurando.

"Talvez devêssemos ir devagar, afinal ambos temos um passado, um lado obscuro."

Hunt Among Family • SpnWhere stories live. Discover now