Uma visita indesejada

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1 X 0 Para Rebecca.

— Ué Gui, não vai me apresentar a sua amiguinha? – perguntou a loira ainda sem nome.

Essa garota estava atacando a minha gastrite.

— Desculpa Gaby, essa é a... – Guilherme ia dizendo mas eu o interrompi.

Ah então era Gabriela que essa coisa chamava.

— Eu sou a NAMORADA do Guilherme – disse bem alto namorada, para ver se a minha nova coleguinha sacava que o território já estava marcado.

Me senti um cão agora, mas tudo bem, acho que entenderam.

Ela me olhou com cara de desdém e eu fiz o mesmo. Se tem uma coisa que eu aprendi é que se uma pessoa quer te irritar faça um seguinte para sair por cima: o irrite primeiro.

E se fosse uma disputa de quem é mais irritante, afirmo que eu ganhava de latada.

Guilherme viu o climinha que havia se formado ali e em uma forma de apaziguar a situação começou a contar sobre Gabriela para eu a conhecer e vice e versa. Ela era uma prima dele, filha do seu Tio Aloísio, eu conhecia esse tio dele porém ele era tão simpático que eu nunca imaginei que ele pudesse ter ajudado a fazer uma coisa tão escrota e dada como essa que estava na minha frente.

Para resumo da ópera tivemos que dar carona para essa pessoa chamada Gaby, pois ela disse que estava andando por ali passeando e procurando por um táxi para ir para sua residência, porém já que ela encontrou o Guilherme no meio do caminho iria conosco.

Lembrando que a rua da Faculdade é repleta de Pet Shop.... bom acho que não preciso dizer mais nada, com o que eu quis comparar a prima do Guilherme.

No caminho todo ela foi tagarelando, nunca vi uma pessoa falando tanto. Falava mais que a Letícia e olha que ela fala pra mim, para você e para o mundo todo, então alguém conseguir bater o Record dela não é fácil.

Como eu não estava nem um pouco interessada no que ela dizia, apenas sorria com o fone enfiado no ouvido, sim, a minha música já estava no último volume, ( intencional é claro) , para ver se assim abafava a voz dela.

Algumas vezes dava umas olhadelas para o Guilherme e eu via o pateta sorrindo como um grande palhaço. Não eu não estou com raiva do Guilherme... ok! Talvez um pouco.

Mas também não é para menos, não sabia da existência dessa prima e olha que eu conheço a família do Gui de frente para trás e de trás para frente como diz mamãe, então como eu não sabia desse ser de outro mundo que mais caiu na nossa vida como se estivesse vindo de presente de Natal? Indesejado, diga-se de passagem.

Sei lá... ela não me passava confiança.

"Nossa Rebecca, mas você nem conversou com ela, credo! Você tira conclusões dos outros sem nem conhecer, me decepcionei!"

Só digo uma coisa: Você não precisa ter um minuto de diálogo para saber que uma mulher está afim de um homem( no caso o meu namorado). Não sei se você sabe mas nós mulheres dizemos muito com o olhar e com nossas atitudes. E pelo o que eu vi dela até agora, ela gosta do Guilherme.

" Nossa Rebecca, mas eles são primos, que maldosa você."

Concordo com vocês, sim eles são primos. Mas o único que parece respeitar esse grau de parentesco é o Gui, já a prima dele não!

Gui parou em frente ao meu apartamento, saiu do carro e abriu a porta para mim, quase que nesse instante esqueço a raiva que eu estava sentindo por lembrar que ele é tão fofo. Porém quando fui virar para pegar minha bolsa, vejo aquele pessoinha me dando tchau aí eu lembrei o porquê eu havia ficado com raiva dele.

— A linda dama está entregue- disse Gui, depois de me dar um selinho.

Eu sorri para ele, e lhe dei outro beijo. E fiquei o olhando.

— Amor, desculpa estar te deixando aqui e não te levando para almoçar ou ficar mais tempo comigo, mas é que a Gaby me ligou meia hora antes me dizendo que estava em São Paulo e falou na rua que estava e eu me convidei para levá-la em casa. Desculpa mesmo, mas é que tenho que deixar minha prima na casa da amiga dela onde ela está ficando e vai ficar morando. – finalizou.

Nessa hora eu arregalei os olhos e olhei abismada para ele. Como assim? Essa coisa ia morar em São Paulo também?

— Ah! Ela vai ficar morando na capital também? – perguntei controlando meu tom de voz.

— Sim meu amor! E eu adoraria que você se desse bem com ela – disse Guilherme.

Palavras infelizes as dele... caramba Guilherme! Não sacaneia o meu lado, tanta gente para você adorar que eu ficasse amiga e vai me pedir isso logo como a sua prima?

— Eu também espero que sim – foi a coisa mais tosca que eu consegui dizer.

Não queria magoá-lo e nem muito menos parecer que tenho 5 anos de idade e que detesto a prima dele mesmo sem nem ter conversado com ela. Não estou ficando louca sei que disse lá em cima que já não gostava dela mas ele não precisava saber disso.

Vou procurar conhecer ela, conversar, entender, conhecer o terreno onde estou pisando e ver se essa bisca... opa! Se a prima do Guilherme é uma pessoa com má intenções ou não.

Daí, depois disso, eu converso com ele.

** Rebecca com ciúmes hahahaha, agiriam como ela?**

** Pessoas lindas que leram, por favor comentem! Participem!**

Um grande beijo!!



20 PrimaverasWhere stories live. Discover now