Mir

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Olá pessoal, desculpem a demora, por causa das festividades né como avisei fiquei sem postar, mas voltando agora :D Vamos lá ótima leitura :*

Quatro meses e ele não conseguiu nenhum progresso em sua busca, não havia nenhuma anotação que indicasse ordens de remoção de profissão.

Nenhum relatório de fugas de crianças, nenhum relatório onde indicasse o paradeiro das três.

Era como se elas nunca tivessem existido nos papeis. Por quê? O que foi feito delas? Nenhum de seus superiores ou os mestres de outras profissões enviavam algo que ele pudesse interceptar.

Mir sabia que elas tinham sido transferidas para algum lugar e precisava saber onde.

E pelo que havia deduzido, apenas capitão Alaor sabia, mas ele não poderia simplesmente perguntar.

Não era parte de suas tarefas interferir entre os soldados da alta patente e isso o deixava irritado sempre.

Tinha se mudado, agora tinha uma pequena casa na rua nova.

Os construtores e seus aprendizes tinham feito um ótimo trabalho, a vila que rodeava o castelo estava crescendo.

Antes, enquanto não terminavam as construções, não se podia ir lá e Mir ficava observando pela janela da ala alta do castelo, durante seus anos de treinamento, o progresso daquelas ruas recém-abertas. No começo eram apenas três largas e amarelas estradas. Ele havia visto e sabia que no futuro a vila estaria maior. Naquela época não imaginou que uma das casas novas dali seria dele, ele poderia morar ali enquanto servisse ao reino.

Os Elementais eram inteligentes, e aquela extensão da cidade era importante. Torceu a boca em deboche, ainda mais agora com a nova rainha.

Já haviam recebido algumas cartas de líderes de pequenas vilas distantes que manifestavam o interesse de visitar o reino.

Logo teriam mais moradores e a cidade de Sanoar ficaria maior, então a cidade da sabedoria seria conhecida por outro titulo além desse antigo. Seria conhecida como a cidade mais poderosa de todos os reinos. Precisavam apenas que o outro sinal aparecesse, era um reino de poder por ter os quatro Elementais e sua sabedoria.

Não seria fácil abrigar os povos que viessem, esses teriam que prestar juramento à rainha, provar que viriam para somar com o reino e esperar para receber uma carta de cidadão provisório por um ano. Se nesse tempo não tivessem produzido nada de útil dentro do reino, seriam convidado a seguir caminho para outro lugar.

Uma parte preocupante era que com os bons vinham os maus, espiões, assassinos, mercenários, prostitutas, arruaceiros, bêbados. Por isso era muito complicado entrar em Sanoar como morador sem ter o passe de comerciante, mas era um crescimento necessário para que Sanoar virasse um reino poderoso e pudesse recuperar o que lhe foi tirado no passado.

Construir casas e abrir estradas era a parte mais fácil, depois disso cabia aos sábios do conselho e outros setores prepararem um plano de expansão, para, segundo as recomendações, que todos os que fossem recebidos tivessem meio de se sustentar. Assim poderiam pagar os impostos sem passar fome por isso.

Mir achava um exagero essa preocupação dos sábios do conselho sobre isso. Se eles viessem já bastaria os receber, o resto que se virassem para conseguir. Mir teria feito isso se fosse com ele, afinal, com o aumento da população, aumentaria grandemente a receita do tesouro e com isso poderiam aumentar os exércitos.

Muitos iriam se alistar para o quartel por livre vontade porque garantiriam o sustento de suas famílias com isso. Outros iriam abrir seus negócios ou mesmo comercializar algumas coisas, entretanto, os Elementais se preocupavam demais, queriam poder oferecer uma vida boa ao povo de Sanoar.

Mir revirou os olhos com desdém enquanto pensava nisso. E para ajudar, a rainha Bianca tinha esse mesmo sentimento de proteção com seu povo, outra tola.

Ele estava chegando a sua nova casa, entrou na sala pequena ainda se sentindo estranho com a mudança.

Havia ainda a cozinha, o banheiro, seu quarto e um pequeno quarto nos fundos ao lado da cozinha para um ou dois criados. Tinha mandado algumas encomendas para os marceneiros e eles tinham feito um bom trabalho.

Mas ainda faltava muito para terminar a decoração, todavia ele não se importava com isso, não comia ali e não voltava para casa a não ser para dormir.

Só havia pedido a casa para ter privacidade e poder usufruir de todos os direitos que sua patente oferecia, sem contar que ele parecia mais nobre ao não morar em uma ala comum no castelo. Guardava praticamente tudo o que recebia, tinha que ter posses, pois segundo já tinha observado, geralmente os homens perigosos eram os que conseguiam atrair a atenção dos espiões, e esses, eram sempre os homens de mais posse. Pois conseguiam comprar informações ou influencia. Mir não queria comprar influência, ele teria isso com seu talento.

Bastava aparecer a oportunidade, uma guerra, uma batalha, e ele sabia que seria um destaque, ainda tinha tempo.

Comprar informações também não o interessava no momento, a única informação que queria por hora, apenas um homem poderia lhe passar e ele com certeza não estava à venda, e nem Mir teria como pagar se ele estivesse.

Não importava, ele ainda descobriria sobre Lisse, uma hora chegaria alguma pista.

Por hora, com o que ele estava recebendo poderia se dar ao luxo de ir ao prostibulo, mas não queria ter que pagar para ter uma mulher.

Sempre poderia ficar no castelo trabalhando até mais tarde e usar a sala depois que os dois fossem embora. Ali havia um bom tapete, poderia chamar Rebeca e ficar ali mesmo. O problema é que já estava começando a enjoar dela, queria experimentar outra, ouvir um gemido diferente, mas agora é o que se tinha então...

Tomou um banho e logo deitou para dormir ainda pensando aonde Lisse poderia ter sido levada.

Espero que tenham gostado, para os meus leitores de Sanoar, espero que coração que suas festas tenham sido maravilhosas, e que esse ano seja repleto de alegrias para todos! Beijos e beijos.



Sanoar 2-Guerreiros Alados- (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now