Capítulo 42 - Natasha/Miguel

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Natasha

Viro-me para o lado dele e fico o olhando.

- Perdeu alguma coisa na minha cara? – pergunta de olhos fechado.

- Perdi sim. A cabeça. Não sei como não te matei até hoje.

- Primeiro você nunca teve cabeça pra perdê-la. Segundo você não mata nem mosca vara um cara como eu. – diz num tom de deboche. Juro que mato ele hoje.

- A é? – pergunto e ele só me responde com a cabeça.

Nós não estávamos muito perto em do outro, mas fui dar um soco nele e ele me agarra imobilizando meus braços e minhas pernas.

- Viu? Você jamais iria conseguir me matar e sabe o por quê? – não respondo e olho pra ele com raiva – Porque você está apaixonada por mim.

Não sei o que me deu mais começo a rir.

- Você só pode estar ficando louco maluco ou como quiser chamar as pessoas que ficam imaginando coisas que não existem. – digo tudo rápido demais em quanto tento me separar dele.

- Você mente muito mal Dona Natasha. – ele ri e me aberta ainda mais – Sabe como eu sei que você está louquinha por mim? – ele diz chegando, mas perto – Você está gostando de estar nos meus braços, sendo que eu nem te segurando mais estou. – ele fala sem deixar de me olhar nos olhos enquanto me debato.

Quando tais palavras saem de sua bora é que percebo que ele já havia me soltado e eu estava me debatendo atoa.

Fico possessa de raiva e dou um soco na barriga dele e começo a me levantar. Sinto algo me puxando para trás.

- Você acha que eu vou deixar esse soco barato? – diz ficando em cima de mim.

- Sai de cima de mim ou se não... – ele me interrompe.

- Ou se não o que? – ele pergunta com deboche.

- Ou se não você nunca terá filhos na sua vida. - digo a primeira coisa que passa pela minha cabeça.

- Você não teria coragem, ainda mais porque você quer ter filhos.

Como ele se atreve a dizer que eu quero ter filhos com ele. Quando penso em responder sou surpreendida por seu beijo.

Sabe quando dizem que o beijo é bom e que se rola um clima entre o casal tudo pode rolar. Pois é exatamente isso que eu sinto. O clima vai esquentando e a essa altura não reluto mais em me soltar dele.

Acordo no outro dia com uma dor no corpo e com um calar que chega explodir dentro de mim. Um aperto anormal, dois corpos colados uma no outro. Vejo-me na mesma cama que o Miguel. Ele está me abraçando sem camisa apenas o lençol cobre nossos corpos. Pera! Eu dormi com ele? Não.

Sim – meu subconsciente diz.

Não pode ter acontecido e muito menos com ele.

É mais aconteceu e você adorou – ele responde.

Cala a boca. – digo alto demais e o Miguel acaba acordando.

- O que foi? – ele diz com uma cara de sono pós foda... Não, não.

Olho pra ele sem resposta, o que eu vou dizer?

- Ei, eu estou falando com você. – ele diz novamente me tirando do meu devaneio.

- O que aconteceu aqui? – pergunto ainda não acreditando no que meu subconsciente havia dito.

- Como assim o que aconteceu? A gente transou. Você vai fingir que não lembra agora? – pergunta incrédulo. É isso.

Como Eu Te OdeioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora