Capítulo 13

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DANTE

A vida, em geral, é extremamente engraçada e eu tenho certeza que quem rege o destino e toda essa baboseira tem um senso de humor extremamente sarcástico. Estava em meio ao pessoal do time, não havia visto Aurora em lugar algum desde que havia chegado e segurava minha plaquinha de número cinquenta, a plaquinha premiada, bem firme nas mãos.

Estava distraído com uma conversa, Marck estava bem animado para o campeonato, assim como todos os outros, e nós sabíamos que esse era o último fim de semana em que poderíamos fazer corpo mole, logo os treinos intensos começariam.

— Número cinquenta, cadê você? — a voz de Sharon soou mais uma vez no microfone e, quando percebi que ela falava de mim, ergui minha plaquinha.

Assim que o fiz, todos na festa se calaram e, à medida que eu caminhava em direção a entrada do lugar eu percebi o porque e um riso enorme tomou conta do meu rosto. Aquele era o momento que eu esperei por um bom tempo e ele chegou da forma mais inusitada que eu poderia imaginar.

"Essa eu quero ver!"

"Tirou a sorte grande, cara!"

"Até que enfim, em!"

Eram as frases que eu ouvia enquanto caminhava em direção a ela todos gritavam mas, como mandavam as regras do jogo, tomavam cuidado o suficiente para não falar meu nome em momento algum, e isso era o melhor da brincadeira.

— Então, número cinquenta, está pronto? — Sharon perguntou, quando eu estava próximo o suficiente de Aurora.

Ela parecia inquieta e com certeza estava nervosa. Seus cabelos estavam soltos e as ondas desciam por seus ombros até o meio de suas costas, cobrindo parte de seus braços e se destacando sobre o vestido rosa e justo que ela usava. A olhei da cabeça aos pés, sentindo minha respiração falhar enquanto percebia o quão sexy ela estava.

Porra essa garota é perfeita de uma forma que eu não consigo descrever.

Ali, vendada e tão perto, mesmo sem me tocar ela fazia todo meu corpo se arrepiar e um desejo completamente incontrolável me tomar, mal podia esperar para cobrir sua boca carnuda e rosada com a minha e beijá-la como desejo há muito tempo.

As pessoas que estavam ali não significavam nada para mim, tudo o que eu queria era deixá-la sem fôlego.

Então, me aproximei um pouco mais e passei minha destra em sua cintura, sentindo-a ficar tensa em meus braços, então me aproximei, a olhando bem de perto e com atenção, gravando sua expressão em minha mente e segurando minha língua para não falar nada, não podia perder a oportunidade.

O cheiro de Aurora invadiu minhas narinas, tão doce e gostoso, podia passar horas assim, colado a ela e aproveitando seu cheiro, sentindo o calor do seu corpo, sentindo suas mãos me tocando. Mesmo que eu quisesse e eu não queria, ficar longe dela, eu não conseguiria, não conseguiria aguentar nem mais um segundo e, sem aviso colei meus lábios aos de Aurora, sentindo seu corpo inteiro tencionar com a surpresa e, pouco depois, relaxar em meus braços.

Eu não tinha pudor, não me importava com os espectadores, toquei seus lábios com minha língua e, para minha surpresa, Aurora abriu sua boca e o beijo se tornou ainda mais intenso, ainda mais voraz. Explorei sua boca com minha língua, senti o gosto adocicado do seu beijo, os arrepios que seu toque me provocavam e a excitação que fazia um desejo extremo explodir em todo meu corpo.

Ao contrário do que imaginei, Aurora subiu as mãos por meu peitoral puxando-me mais para si e colando ainda mais nossos corpos, desci minhas mãos pela lateral do seu corpo somente para subir a destra por suas costas e chegar aos seus cabelos, mergulhando os dedos nos fios macios e os puxando com certa firmeza, ouvindo-a arfar bem baixinho entre o beijo e, no mesmo instante, mergulhar as mãos nos meus cabelos e puxar os fios com vontade, o que me fez gemer descaradamente, mas baixo o bastante somente para que ela ouvisse.

A conselheira Amorosa Onde as histórias ganham vida. Descobre agora