Capítulo Oito - Fernando Serrano

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Atenção!

Essa história ficou disponível para leitura até 10/09, foi retirada para revisão, sendo deixado apenas alguns capítulos para degustação.


***



Olhei para ela sem acreditar no que tinha acabado de dizer.

Vinte.

Ela tinha vinte anos. Ela era pequena, e seu rosto angelical era quase infantil. Era muito bonita sim, mas não aparentava vinte... Deixei meu olhar descer por seu corpo. Bem, ela tinha curvas nos lugares certos e era bem agradável de olhar...

Becca limpou a garganta, chamando minha atenção.

- Desculpa, mas você realmente não aparenta ter vinte.

- Que conferir meu RG? - perguntou, com a sobrancelha erguida.

Sorri, e neguei a oferta.

- Você não tem cara dessas garotas que mentem a idade.

Ela acenou com a cabeça, então colocou o canudo na boca e sugou seu milk-shake.

Por uns bons minutos, o único barulho que preencheu o carro foi de nós dois comendo. Eu gostava da companhia de Rebecca, ela era tranquila e agradável. Olhei de soslaio para ela, que limpava a boca em um guardanapo. Ela olhou seu relógio, antes de se virar para mim.

- Eu preciso voltar para o café. - informou, se ajeitando no banco. Assenti, terminando rapidamente meu milk-shake.

- Sabe, eu ainda estou tentando digerir que você tem vinte anos! - olhei para ela, que revirou os olhos.

- Não vai deixar isso passar tão fácil, não é?

- Não mesmo. - ri. - Eu realmente fiquei com medo de ficar andando com você por ai e ser acusado de pedofilia.

- Isso não teve graça. - ela alertou. - Além do mais, não fizemos nada para você ser acusado de alguma coisa.

- Tem razão. - concordei. - Mas isso não quer dizer que eu não pensei...

Becca tossiu e corou ao mesmo tempo. Ri de sua reação.

- Estou brincando! - tentei fazê-la se acalmar.

Ela ainda estava vermelha quando me fulminou com o olhar.

Parei o carro no estacionamento do café, então desci do carro e o contornei, abrindo a porta para ela.

- E a cabeça? Está melhor?

Ela desceu do carro, e ajeitou a bolsa em seu ombro.

- Está sim, obrigada.

- Não fiz nada. - dei de ombros. - Então... Como você vai para casa?

Ela olhou seus pés, depois para mim e sorriu.

- Eu posso te dar uma carona até em casa, quando seu expediente acabar. - ofereci.

- Nem pensar. Já passamos tempo demais juntos hoje.

- Ok. - ergui as mãos. - Só estava tentando ser gentil, e também você não estava se sentindo muito bem até poucos minutos atrás...

- Estou bem agora. - garantiu.

Colidindo em Você (DEGUSTAÇÃO!)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora