Capítulo 6 - Um pesadelo real.

11.7K 1.3K 59
                                    

Aaron Prescott

Estou a observando enquanto dorme, resolvi tirar seu vestido apertado para que ficasse mais confortável, ela tem um corpo espetacular. Tudo tão natural, mas preferi colocar uma camiseta nela, para que fique menos brava na hora que acordar.

— O que eu vou fazer com você huh? — Sussurrei, como se ela escutasse. Tirei minha roupa e coloquei uma calça cinza de pijama. Normalmente eu durmo apenas de boxer, mas ela pode ter um ataque se acordar e me ver dormindo "pelado".

Me deitei e fiquei a fitar o teto, sentindo o gosto dela em minha boca. Minha garganta não está mais arranhando. Eu me sinto bem, com o pouco que provei dela eu me sinto saciado no quesito fome, porque no quesito sexo, porra, tá difícil ficar do lado dela. O fato de ela ser tão inocente não me incomoda em nada, pelo contrário, me deixa ainda mais instigado a corrompê-la. Qual será a reação dela ao acordar?

Senti a cama se mexer, mas não abri os olhos, escutei seu sobressalto quando me viu na cama com ela. Ela saiu da cama e a vi indo para o banheiro, sussurrou alguns palavrões e escovou os dentes? Com a minha escova, com certeza. Ouvi seus passos voltando e sentando na beirada da cama.

— Aaron. — Ela me cutucou. — Aaron! — Chamou um pouco mais alto. — Aaron! — Gritou irritada. Abri os olhos devagar.

— Oi?

— Porque eu estava dormindo na sua cama?

— Você não se lembra? — Sorri para fazê-la pensar outra coisa. E funcionou é claro.

— Não. Eu me lembro de ter bebido sua garrafa de vinho. — Ela colocou a mão na testa — E agora estou com dor de cabeça. Também me lembro de vir aqui e gritar com você. Ai eu tive um pesadelo estranho. — Ela falou confusa e colocou a mão no pescoço, pela cara que fez, doeu, eu segurei o riso.

— Não foi um pesadelo. — Ela falou assustada, se levantando da cama e se dando conta do que estava vestindo. Minha camisa parecia um vestido nela. Olhou para a poltrona perto da cama e viu que seu vestido estava ali.

— Droga Aaron! — Ela saiu correndo e eu pulei da cama, ficando de frente com dela.

— Você é muito rápido. — Ela falou derrotada.

— Muito.

— Porque não me mata logo de uma vez e acaba com a minha angústia?

— Eu não quero te matar amor.

— Não me chama de amor! — Ela rosnou.

— Tudo bem, amor. — Falei me aproximando dela e ela foi recuando.

— Se não vai me matar, vai fazer o que? — Ela estava tremendo de medo, coitada.

— Eu não vou fazer nada. Vamos continuar a ser o que sempre fomos. Chefe e estagiária.

— Eu não vou conseguir te olhar da mesma forma que antes. Na verdade, eu só quero ir embora e nunca mais olhar pra você!

Ela recuou tanto que bateu na cama. Agora ela começou a andar de lado, apenas para manter uma distância segura, mas eu continuo avançando até ela.

— Você não vai se lembrar de nada dessa noite...

— Como assim?

— Eu vou te fazer esquecer...

— O que você é?

— Um pesadelo real na sua vida. — Ela engoliu em seco. Ela já estava encurralada, de novo.

— Eu vou ficar igual a você?

— Não. — Falei a prensando na parede.

— Não faz isso Aaron, por favor. — Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, eu as limpei com as costas da minha mão, ela fechou os olhos com força.

DEGUSTAÇÃO! SEGREDOS MORTAIS - Renda-se a mim.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora