Capítulo 17 - Coisas que as pessoas costumam perder

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Coisas que as pessoas costumam perder:

· Prendedores de cabelo

· Óculos escuros

· CDs que insistem em sumir da capinha

· A dignidade, em uma festa, aos dezoito anos. (Nem todo mundo, talvez)

Coisas que as pessoas NÃO costumam perder:

· O cachorrinho fofo que o melhor amigo acabou de ganhar.

Como eu já esperava, Andy entrou em pânico quando imaginou seu novo bibelô perdido por aí, no meio do central park, com a possibilidade de ir parar para sempre nas mãos de uma garotinha um pouco perversa de seis anos, mais ou menos.

— Ah, Andy! Fique calmo, o.k? Ele está aqui agora, olhe. — Sacudi o cachorrinho com as duas mãos, enquanto ele babava o tapete de entrada do apartamento de Andrew.

Nandy sumiu de minhas mãos no segundo seguinte.

— Andy, me desculpe. — Choraminguei.

— Não foi culpa sua, Ellenzita. — Ele olhou por cima dos meus ombros. — Onde está aquela desnaturada?

— Shhh. Não fale assim. Ela entrou no apartamento e se trancou no quarto, acho. Brenda ficou muito sentida ao perder o cachorro, Andy.

— Por quê?

— Ela acha que se perdeu o cachorro, irá perder o filho também, quando ele estiver andando e correndo como um capetinha por aí.

Andy riu.

— Isso é normal. Esse medo é constante nas mães de primeira viagem, ainda mais para ela, que está sensível.

— Eu não a vejo sensível. — Rebati.

— Mas ela está. É porque ela nunca vai admitir, mas podemos perceber em suas atitudes. Ela esconde o medo e só o libera quando está sozinha. Pode ter certeza que em sua cabeça agora estão rondando pensamentos infelizes. — Andy parou para respirar e então continuou — Vamos até lá. Ela precisa de companhia.

— Ahhhh. — Resmunguei — Eu já passo o dia inteiro com ela, será que você não pode ir sozinho? — Arregalei os olhos e diminuí a boca num traço.

Andy espalmou a mão em minhas costas e me empurrou para fora do apartamento, direcionando meu corpo rígido até a porta do apartamento ao lado, o meu.

— Vamos!

Agora, enquanto observo Nandy correr para lá e para cá, indo da sala até a porta do meu quarto, sentada no corredor, Andy está batendo na porta de quarto de Brenda, chamando seu nome.

— Vamos. Você vai se sentir muito melhor. Ellen prometeu fazer Cookies.

— O quê? — Sussurrei, desesperada. — Não vou fazer cookies.

A porta se abriu e Brenda apareceu, com o contorno dos olhos manchado de preto. Levei a mão à boca, prendendo o riso. Andy chutou-me delicadamente, se é que isso é possível.

— Cookies? De baunilha com chocolate?

— Hã... Com certeza. — Levanto o dedão num sinal positivo. O sorriso de Andy está largo e assustador.

— Agora saia daí — Ele ordena. — Não faz bem nenhum ficar reclusa. Que tal um filme de terror com Cookies e cerveja?

— YAY. Ótima combinação. — Comemorei, querendoenroscar minhas mãos no pescoço de Andy e vê-lo cair duro no chão.     

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Amanhã (domingo) tem mais, só para compensar o capítulo MINÚSCULO!

As Listas de Ellen [versão wattpad]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora