CAPÍTULO REVISADO.
AUGUSTO ACIMA. BOA LEITURA!
Anne narrando...
1 semana depois...
Minha semana passou rapidamente e quase nem deu pra perceber... Como eu queria que essa frase fosse verdade. Ao contrário disso, minha semana passou mais lenta que uma lesma tentando fugir do sal. Minha pobre e triste semana foi baseada em choros, livros, choros, humilhações, aguentar a Ana, choros, Letícia me alegrando, eu já disse choros? Pois então. Hoje era sábado e o que isso significa? NADA. Absolutamente nada. É mais um dia entendiante, no qual eu vou ficar em casa vendo algum programa ruim que passa na TV, fim. Olha que vida agitada, não é mesmo? Mas o bom disso, é que não vou ver a cara da Ana por DOIS DIAS! Isso pra mim já era o bastante.
Acordei e o silêncio predominava em meu quarto. Eram exatamente 08h30 da manhã, por que essa vida faz isso comigo? Acordar cedo em pleno sábado, que isso minha gente! Me arrastei para o banheiro, tomei um banho longo e quentinho, fiz minhas higienes matinais e me vesti. Calcei uma rasteirinha e desci.
-Bom dia mãe. -Falei a dando um beijo.
-Oi filha, bom dia. -Ela retribui o beijo.
Comemos em silêncio e eu resolvi dar uma volta pela cidade. Faz tempo que não ando por aqui e não conheço ninguém. Sim, eu moro aqui a 15 anos e não conheço nenhum vizinho ou nenhum ponto turístico da minha cidade. Nota-se claramente que eu sou uma pessoa muito sociável.
Após sair de casa, resolvi ir em um parque que eu sempre ia com meu pai. Estava caminhando lentamente, sentindo a brisa do vento em meu rosto. Prestava atenção até nos mínimos detalhes, desde o ar até o cair das folhas das árvores. Logo a lembrança de meu pai veio em minha mente e assim caiu uma lágrima de um dos meus olhos e mas tratei de limpa-lá rápido. Peguei meu skate e fui em um lago que era próximo da onde eu estava.
Famílias, pessoas felizes, crianças jogando bola e casais namorando, essa era as cenas que eu via nesse parque, um parque aonde me trás uma sensação boa e o único lugar em que os meus olhos brilham, o único lugar aonde eu posso andar sem ser julgada, o único lugar em que posso ter a sensação de que o meu pai está perto de mim mesmo estando longe e que ele vai me proteger a cada passo meu.
(...)
Estava fazendo o caminho de volta pra casa, lembrando do meu passado, da minha felicidade que um dia resolveu sair da minha vida e ir tirar férias em Nárnia. Senti o meu corpo indo ao chão, isso já tá virando costume pra mim.
-Ei! Olhe por onde anda. -Um menino que aparentava ter a minha idade falou. Ele possuía olhos azuis e o cabelo castanho, parecidos com chocolate e também tinha uma pele parda, uma cor bonita e atraente.
-Ah, me desculpe, estava distraída. -Respondi me levantando e pegando meu skate.
-Percebi.
-Vou indo. -Estava saindo daquela rua em direção a minha casa e o garoto puxou meu braço.
-Qual o seu nome? -Perguntou com um olhar travesso e curioso.
-Anne e o seu? -Ele continuava me encarando a cada palavra que eu dizia.
-Augusto. Nos vemos por ai senhorita Anne. -Falou e vi ele sumir com seu skate.
(...)
Depois de alguns minutos caminhando até em casa, tomei meu banho longo e desci pra almoçar, minha mãe e Gustavo já estavam se servindo.
-Nem iam me esperar? -Falei brincando.
-Claro que sim meu amor. -Minha mãe me respondeu me dando um beijo.
Sentei na mesa e me servi. Quando terminei subi para o meu quarto, como não tinha nada pra fazer, acabei pegando um livro. Nesse livro, eu guardo uma coisa que sempre uso. Abri na metade do livro e logo pude encontrar aquela lâmina ali. Já fazia um tempo que não me cortava e bem... Já tinha muitas cicatrizes em meus braços, novas não iriam fazer diferença.
Balancei a cabeça para tirar aqueles pensamentos de mim. Eu não queria me auto-mutilar tão cedo. Só quando algo acontecer algo ou quando eu não aguentar mais, eu me prometi isso. Mas o vício falava mais alto naquele momento. Abri o livro de novo, peguei a lâmina e comecei os cortes.
Depois de muitos cortes, fiz um curativo e me deitei. Acabei chorando e pensando no por que de eu existir. No por que de está aqui nesse mundo e qual era a minha função nele, já que a metade da minha vida foi sofrimento. Acabei adormecendo com esses pensamentos.
(...)
Olá leitores,
Eai, o que estão achando do livro? Quem será esse Augusto? Será que ele vai fazer parte da vida de Anne? Muitas surpresas estão por vim ainda. Beijos.....
ESTÁ A LER
Além dos Cortes
Teen FictionA vida tem dessas não é? Mudar quando menos esperamos e quando nos damos conta o nosso mundo está de cabeça pra baixo. A típica adolecente de quinze anos solitária, Anne Stonne, possuí olhos verdes e cabelos vermelhos como o fogo. Também denominada...