Capítulo 5

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CAPÍTULO REVISADO. 

AUGUSTO ACIMA. BOA LEITURA! 







Anne narrando...

1 semana depois...

Minha semana passou rapidamente e quase nem deu pra perceber... Como eu queria que essa frase fosse verdade. Ao contrário disso, minha semana passou mais lenta que uma lesma tentando fugir do sal. Minha pobre e triste semana foi baseada em choros, livros, choros, humilhações, aguentar a Ana, choros, Letícia me alegrando, eu já disse choros? Pois então. Hoje era sábado e o que isso significa? NADA. Absolutamente nada. É mais um dia entendiante, no qual eu vou ficar em casa vendo algum programa ruim que passa na TV, fim. Olha que vida agitada, não é mesmo? Mas o bom disso, é que não vou ver a cara da Ana por DOIS DIAS! Isso pra mim já era o bastante.

Acordei e o silêncio predominava em meu quarto. Eram exatamente 08h30 da manhã, por que essa vida faz isso comigo? Acordar cedo em pleno sábado, que isso minha gente! Me arrastei para o banheiro, tomei um banho longo e quentinho, fiz minhas higienes matinais e me vesti. Calcei uma rasteirinha e desci.

-Bom dia mãe. -Falei a dando um beijo.

-Oi filha, bom dia. -Ela retribui o beijo.

Comemos em silêncio e eu resolvi dar uma volta pela cidade. Faz tempo que não ando por aqui e não conheço ninguém. Sim, eu moro aqui a 15 anos e não conheço nenhum vizinho ou nenhum ponto turístico da minha cidade. Nota-se claramente que eu sou uma pessoa muito sociável. 

Após sair de casa, resolvi ir em um parque que eu sempre ia com meu pai. Estava caminhando lentamente, sentindo a brisa do vento em meu rosto. Prestava atenção até nos mínimos detalhes, desde o ar até o cair das folhas das árvores. Logo a lembrança de meu pai veio em minha mente e assim caiu uma lágrima de um dos meus olhos e mas tratei de limpa-lá rápido. Peguei meu skate e fui em um lago que era próximo da onde eu estava. 

Famílias, pessoas felizes, crianças jogando bola e casais namorando, essa era as cenas que eu via nesse parque, um parque aonde me trás uma sensação boa e o único lugar em que os meus olhos brilham, o único lugar aonde eu posso andar sem ser julgada, o único lugar em que posso ter a sensação de que o meu pai está perto de mim mesmo estando longe e que ele vai me proteger a cada passo meu.

(...)

Estava fazendo o caminho de volta pra casa, lembrando do meu passado, da minha felicidade que um dia resolveu sair da minha vida e ir tirar férias em Nárnia. Senti o meu corpo indo ao chão, isso já tá virando costume pra mim. 

-Ei! Olhe por onde anda. -Um menino que aparentava ter a minha idade falou. Ele possuía olhos azuis e o cabelo castanho, parecidos com chocolate e também tinha uma pele parda, uma cor bonita e atraente.

-Ah, me desculpe, estava distraída. -Respondi me levantando e pegando meu skate.

-Percebi.

-Vou indo. -Estava saindo daquela rua em direção a minha casa e o garoto puxou meu braço.

-Qual o seu nome? -Perguntou com um olhar travesso e curioso. 

-Anne e o seu? -Ele continuava me encarando a cada palavra que eu dizia. 

-Augusto. Nos vemos por ai senhorita Anne. -Falou e vi ele sumir com seu skate. 

(...)

Depois de alguns minutos caminhando até em casa, tomei meu banho longo e desci pra almoçar, minha mãe e Gustavo já estavam se servindo.

-Nem iam me esperar? -Falei brincando.

-Claro que sim meu amor. -Minha mãe me respondeu me dando um beijo.

Sentei na mesa e me servi. Quando terminei subi para o meu quarto, como não tinha nada pra fazer, acabei pegando um livro. Nesse livro, eu guardo uma coisa que sempre uso. Abri na metade do livro e logo pude encontrar aquela lâmina ali. Já fazia um tempo que não me cortava e bem... Já tinha muitas cicatrizes em meus braços, novas não iriam fazer diferença. 

Balancei a cabeça para tirar aqueles pensamentos de mim. Eu não queria me auto-mutilar tão cedo. Só quando algo acontecer algo ou quando eu não aguentar mais, eu me prometi isso. Mas o vício falava mais alto naquele momento. Abri o livro de novo, peguei a lâmina e comecei os cortes.

Depois de muitos cortes, fiz um curativo e me deitei. Acabei chorando e pensando no por que de eu existir. No por que de está aqui nesse mundo e qual era a minha função nele, já que a metade da minha vida foi sofrimento. Acabei adormecendo com esses pensamentos.

(...)

Olá leitores,

Eai, o que estão achando do livro? Quem será esse Augusto? Será que ele vai fazer parte da vida de Anne? Muitas surpresas estão por vim ainda. Beijos.....

Além dos CortesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora